Avaliação da ação leishmanicida de inibidores de enzimas modificadoras de histonas em Leishmania braziliensis e na infecção de macrófagos
Ano de defesa: | 2016 |
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Resumo: | As leishmanioses são uma das mais significantes doenças tropicais negligenciadas em todo o mundo, apresentando cerca de 1,3 milhão de novos casos anualmente e 20.000 a 30.000 mortes no mesmo período. Leishmania braziliensis é a principal espécie responsável pela Leishmaniose Tegumentar no Novo Mundo, sendo o Brasil o país com a maior incidência da doença frente a outros países da América do Sul. O arsenal terapêutico contra a Leishmaniose Tegumentar é ainda bastante restrito, e mesmo quando eficazes, as drogas de escolha causam efeitos colaterais graves. Dessa forma, este trabalho é parte de um esforço de várias instituições nacionais e internacionais, financiado pela Comunidade Europeia através do consórcio A- ParaDDisE (http://a-paraddise.cebio.org/), cujo objetivo é a descoberta de novas drogas para o tratamento de doenças parasitárias negligenciadas, incluindo as Leishmanioses. Enzimas modificadoras de Histonas (HMEs), como as histonas deacetilases (HDACs), estão envolvidas em processos celulares cruciais, como a ativação e inibição da expressão gênica. Inibidores dessas enzimas têm sido investigados como drogas candidatas para aplicação na quimioterapia de uma variedade de doenças, incluindo o câncer e doenças parasitárias, uma vez que eles inibem a progressão do ciclo celular e/ou induzem a apoptose. Neste trabalho foram testados compostos inibidores de HMEs (iHMEs), enviados por pesquisadores parceiros do consórcio A-ParaDDisE, em formas promastigotas axênicas e amastigotas intracelulares de L. braziliensis em infeção de células hospedeiras (macrófagos da linhagem Raw 264.7). Os resultados mostram diferentes efeitos para esses iHMEs em promastigotas e amastigotas, como observado para os compostos BSF38 e BSF39, que apresentaram efeito significante em promastigotas, mas não em amastigotas. Já o composto BSF2 foi eficaz em matar tanto as formas promastigotas axênicas quanto as amastigotas intracelulares, atingindo cerca de 95% de ação leishmanicida, similar à droga controle Anfotericina B. Além disto, a toxicidade destes compostos para macrófagos foi mínima ou não existiu. Sendo assim, o BSF2 pode ser considerado um bom alvo para continuidade do desenvolvimento de novas drogas leishmanicidas com ação sobre L. braziliensis. |
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Bastos, Matheus Silva eBressan, Gustavo CostaLamêgo, Márcia Rogéria de AlmeidaSouza, Luciana Ângelo dehttp://lattes.cnpq.br/2523192310356059Fietto, Juliana Lopes Rangel2016-09-01T16:28:46Z2016-09-01T16:28:46Z2016-02-19SOUZA, Luciana Ângelo de. Avaliação da ação leishmanicida de inibidores de enzimas modificadoras de histonas em Leishmania braziliensis e na infecção de macrófagos. 2016. 77f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Estrutural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8441As leishmanioses são uma das mais significantes doenças tropicais negligenciadas em todo o mundo, apresentando cerca de 1,3 milhão de novos casos anualmente e 20.000 a 30.000 mortes no mesmo período. Leishmania braziliensis é a principal espécie responsável pela Leishmaniose Tegumentar no Novo Mundo, sendo o Brasil o país com a maior incidência da doença frente a outros países da América do Sul. O arsenal terapêutico contra a Leishmaniose Tegumentar é ainda bastante restrito, e mesmo quando eficazes, as drogas de escolha causam efeitos colaterais graves. Dessa forma, este trabalho é parte de um esforço de várias instituições nacionais e internacionais, financiado pela Comunidade Europeia através do consórcio A- ParaDDisE (http://a-paraddise.cebio.org/), cujo objetivo é a descoberta de novas drogas para o tratamento de doenças parasitárias negligenciadas, incluindo as Leishmanioses. Enzimas modificadoras de Histonas (HMEs), como as histonas deacetilases (HDACs), estão envolvidas em processos celulares cruciais, como a ativação e inibição da expressão gênica. Inibidores dessas enzimas têm sido investigados como drogas candidatas para aplicação na quimioterapia de uma variedade de doenças, incluindo o câncer e doenças parasitárias, uma vez que eles inibem a progressão do ciclo celular e/ou induzem a apoptose. Neste trabalho foram testados compostos inibidores de HMEs (iHMEs), enviados por pesquisadores parceiros do consórcio A-ParaDDisE, em formas promastigotas axênicas e amastigotas intracelulares de L. braziliensis em infeção de células hospedeiras (macrófagos da linhagem Raw 264.7). Os resultados mostram diferentes efeitos para esses iHMEs em promastigotas e amastigotas, como observado para os compostos BSF38 e BSF39, que apresentaram efeito significante em promastigotas, mas não em amastigotas. Já o composto BSF2 foi eficaz em matar tanto as formas promastigotas axênicas quanto as amastigotas intracelulares, atingindo cerca de 95% de ação leishmanicida, similar à droga controle Anfotericina B. Além disto, a toxicidade destes compostos para macrófagos foi mínima ou não existiu. Sendo assim, o BSF2 pode ser considerado um bom alvo para continuidade do desenvolvimento de novas drogas leishmanicidas com ação sobre L. braziliensis.Leishmaniasis is one of the major neglected tropical diseases worldwide, featuring about 1.3 million new cases annually and 20.000 - 30.000 deaths in the same period. Leishmania braziliensis is the main species responsible for cutaneous leishmaniasis in New World, and Brazil is the country with the highest incidence of the front disease to other countries in South America. The therapeutic arsenal against cutaneous leishmaniasis is still quite limited, and even when effective, the choice drugs cause serious side effects. Thus, this work is part of an effort of several national and international institutions, financed by the European Community by the consortium A-ParaDDisE (http://a-paraddise.cebio.org/), whose objective is the discovery of new drugs for the treatment of neglected parasitic diseases, including leishmaniasis. Histone modifying enzymes (HMEs), such as histone deacetylases (HDACs), are involved in key cellular processes such as activation and inhibition of gene expression. Inhibitors of these enzymes have been studied as candidate drugs for use in the chemotherapy of a variety of diseases, including cancer and parasitic diseases since they inhibit cell cycle progression and / or induce apoptosis. In this study we tested HMEs compounds inhibitors (iHMEs), submitted by A-ParaDDisE research partners, in promastigotes and intracellular amastigotes of L. braziliensis infection in host cells (macrophages of Raw 264.7 lineage). The results show different effects of these iHMEs in promastigotes and amastigotes, as observed for compounds BSF38 and BSF39, which showed significant effect in promastigotes, but not in amastigotes. BSF2 compound was effective in killing both promastigotes axenic forms as intracellular amastigotes, reaching about 95% of leishmanicidal action, similar to drug control Amphotericin B. In addition, the toxicity of these compounds to macrophages was minimal or did not exist. Thus, the BSF2 can be considered a good target for continued development of new drugs acting against L. braziliensis.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaLeishmania braziliensisInibidores enzimáticosProteínasBiologia GeralAvaliação da ação leishmanicida de inibidores de enzimas modificadoras de histonas em Leishmania braziliensis e na infecção de macrófagosEvaluation of histone modifying enzymes inhibitors leishmanicidal activity in Leishmania braziliensis and in macrophages infectioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia GeralMestre em Biologia Celular e EstruturalViçosa - MG2016-02-19Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2181156https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8441/1/texto%20completo.pdf1a75ca604e9d172abff343dcc414bc44MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8441/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3628https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8441/3/texto%20completo.pdf.jpgafb374a5de78268333a9923564a72957MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain180325https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8441/4/texto%20completo.pdf.txtc97f411012fcf49fc2a31e873a6dac33MD54123456789/84412016-09-02 07:26:28.48oai:locus.ufv.br:123456789/8441Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-09-02T10:26:28LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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