Cenário e condições da relação trabalho-família no contexto da realidade de servidores públicos

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Pinto, Maria José Paes Roque
• Orientador(a): Loreto, Maria das Dores Saraiva de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Programa de Pós-Graduação: Economia Doméstica
• Área do conhecimento CNPq: Economia Doméstica
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30442; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.617

O texto constitucional coloca a família e o trabalho como base do Estado. No provimento das unidades familiares, independente do gênero, é imposta ao trabalhador uma jornada dupla de trabalho quando se considera as rotinas domésticas. Diante desse contexto, este estudo, especificamente, objetivou compreender o cenário da relação trabalho-família, por meio da caracterização da incidência das faltas ao trabalho por justificativa médica; identificar as representações dos gestores sobre o processo de equilíbrio da relação trabalho-família; e analisar as relações entre a vida laboral, pessoal e familiar dos servidores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), considerando os fatores pessoais/familiares e do ambiente, o grau de envolvimento, o nível de satisfação, o estado psicológico e a qualidade de vida. Para atender aos objetivos propostos utilizou-se abordagem metodológica qualitativa-quantitativa. A unidade empírica de análise foi a UFV, Campus Viçosa, e o público envolvido os servidores docentes e técnico-administrativos que possuem dependentes. Para a coleta de dados, foram utilizadas as pesquisas documental e bibliográfica, um questionário eletrônico e uma entrevista semiestruturada, cujos dados foram analisados pela Estatística Descritiva e Análise de Conteúdo, com apoio do software SPSS, Iramuteq e software livre QGis 3.2.1. Os resultados evidenciaram que as doenças que geraram faltas ao trabalho por longos períodos foram as do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (CID = M), bem como aquelas derivadas de transtornos mentais e comportamentais (CID = F). Constatou-se para alguns gestores dificuldade em conciliar trabalho e família, já para outros, equilíbrio e satisfação. Observou-se, ainda, que a sobrecarga para a mulher é um fenômeno recorrente, visto que a divisão do trabalho doméstico não ocorre de forma equânime, inferindo-se que as mulheres continuam responsáveis em maior parte pelo trabalho reprodutivo, o que demonstra a necessidade de políticas e ações que promovam o equilíbrio entre trabalho e vida familiar. Palavras-chave: Trabalho-Família. Equilíbrio. Conflito.