Caracterização de populações naturais de Licuri, Syagrus coronata (Mart.) Becc. (Areacaceae): Pré-melhoramento e conservação da espécie

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Neves, Geís Ferreira
• Orientador(a): Motoike, Sérgio Yoshimitsu
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Área do conhecimento CNPq: Fitotecnia
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28248

O Licuri (Syagrus coronata) é uma palmeira oleaginosa proveniente da porção semiárida do Brasil. Sua característica oleaginosa associada a adaptação climática faz desta espécie uma importante fonte de óleo vegetal. Por se tratar de uma espécie não domesticada, trabalhos que visem sua caracterização e identificação de seu potencial genético são importantes para sua exploração racional e sustentável. Este trabalho objetivou estimar a variabilidade genética de Licuri (Syagrus coronata) provenientes do norte de Minas Gerais, estimar o número de medições necessárias (frutos) para avaliação dos genótipos e identificar matrizes superiores pelo índice de rank médio, adaptado de MULAMBA & MOCK (1978). Objetivou-se também realizar a quantificação do teor de óleo e estudar o perfil de ácidos graxos de alguns genótipos. O trabalho foi desenvolvido no Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal de Viçosa, analisando-se 57 matrizes localizadas ao longo dos municípios de Jaíba, Janaúba, Capitão Enéas e Rio Pardo de Minas. Os diferentes Métodos de Agrupamentos indicam alta variabilidade existente entre genótipos, principalmente dentro das procedências estudadas. As variáveis que se mostraram mais importantes para discriminação dos genótipos pelo método dos componentes principais foram: largura da folha (LF), altura da planta (H), peso do cacho (PC) e número de cachos (NC). Para a biometria dos frutos, de acordo com a estatística de SINGH (1981), as variáveis que mais contribuíram para a discriminação dos genótipos foram: peso seco do pirênio (PPS), diâmetro longitudinal da amêndoa (DLA), diâmetro longitudinal do fruto (DLF) e diâmetro transversal da amêndoa (DTA).O estudo de repetibilidade mostrou que, com exceção da característica espessura da amêndoa (EA) e espessura do endocarpo (EE), 3 frutos são suficientes para estimar os coeficientes de variância genética da população, com R2 de 90%. As 12 matrizes selecionadas pelo método dos “ranks”, adaptado de MULAMBA & MOCK (1978), foram as matrizes: 8, 9, 10, 12, 15, 36, 38, 40, 42, 48, 49 e 57. Os teores médios de óleo na polpa (TOP) em massa seca variaram entre 6,24% e 33,18%. Os teores médios de óleo da amêndoa (TOA) variaram entre 47,1% a 70,3%. O estudo de perfil de ácidos graxos indicou predominância de ácido láurico na amêndoa e ácido oléico e palmítico na polpa. Os resultados indicam grande potencial do germoplasma de Licuri da região norte de Minas Gerais, quanto à produção de óleo na amêndoa e na polpa, podendo ser uma alternativa ao cultivo do dendê para na produção de óleos vegetais. A estimativa de diversidade genética mostrou possibilidade de melhoramento genético da espécie. Palavras-chave: Pré-Melhoramento. Palmeiras nativas. Diversidade genética.