Mudança tecnológica e uso de fatores de produção na agricultura de Minas Gerais, 1985 a 1995

• Ano de defesa: 2003
• Autor(a) principal: Chinelatto Neto, Armando
• Orientador(a): Gomes, Adriano Provezano
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Área do conhecimento CNPq: Ciências Sociais Aplicadas
• Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8966

A modernização do setor agropecuário brasileiro foi iniciada na década de 60 e caracterizada pela participação ativa do estado e crescimento da produção devido ao crescimento da área cultivada. Com a crise fiscal e aprofundamento da abertura econômica, ocorridos na transição das décadas de 80 e 90, intensificam- se os progressos técnicos associados à mecanização, uso de insumos modernos e aumento da produtividade, alterando a relação entre capital, terra e trabalho. Neste sentido, foi identificada a relação entre a intensidade de uso dos fatores de produção e a mudança tecnológica na agricultura de Minas Gerais, no período de 1985 a 1995, baseando-se no referencial teórico de Inovação Induzida proposto por HAYAMI e RUTTAN (1988). Com o objetivo de identificar se há diferenças regionais nesta relação, foram construídos dois grupos de microrregiões em Minas Gerais. Para atingir estes objetivos foram utilizadas a Análise Fatorial, Análise de Cluster, Análise Envoltória de Dados, Índice de Malmquist e Análise de Regressão. Verificou-se que a mudança tecnológica foi importante para determinar o desenvolvimento regional diferenciado, pois foi maior no grupo onde houve maior ganho de produtividade total dos fatores. Foram criadas duas variáveis representativas do uso de fatores de produção para identificar como a intensidade de uso dos fatores de produção condicionou a mudança tecnológica. A primeira variável representa o “uso de máquinas e insumos modernos” e a segunda variável representa a “intensidade de uso da terra”. Concluiu-se que as mudanças tecnológicas ocorreram no sentido de poupar relativamente mais trabalho do que terra pois estiveram associadas à redução do emprego de mão- de-obra e aumento do uso de máquinas e insumos modernos, permitindo cultivar maior área por trabalhador em microrregiões de maior área média por estabelecimentos.