Gradientes ambientais implicam em gradientes vegetacionais nos cerrados amazônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Candido, Hugo Galvão
Orientador(a): Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21502
Resumo: Dentre os diferentes tipos de vegetação compreendidas dentro do domínio Amazônico, os cerrados intra-amazônicos se destacam como segundo tipo de vegetação mais extensa e sua origem e vem sendo extensamente debatida. Os poucos estudos existentes sobre esses encraves, em sua maioria, são meramente descritivos e poucos dados foram coletados sistematicamente afim de possibilitar uma comparação. Os cerrados intra-amazônicos estão também sob influência de variáveis edáficas e climáticas diferentes das encontradas para a área core do bioma, o que significa que fatores desconhecidos podem estar agindo sobre essa vegetação influenciando sua dinâmica, sua composição e distribuição de espécies e suas relações ecológicas. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar duas áreas de cerrados intra- amazônicos, a relação existente entre os tipos de vegetação e as características edáficas, bem como investigar como o clima influência na diferenciação entre as fitofisionomias abertas e as florestadas. Foram escolhidas diferentes áreas em Santarém e Monte alegre, Pará, que compreendessem as mais diferentes fitofisionomias abertas e os mais diferentes tipos de solo. Tais áreas foram comparadas entre si e com áreas florestadas. Perfis de solo foram abertos e solos superficiais foram coletados em todas as áreas. Dados climáticos foram obtidos para cada parcela e a paisagem foi descrita em cada área para fins de comparação. Apesar de já haverem estudos de levantamentos florísticos para a região, esse é o primeiro estudo a, não só investigar a relação solo-vegetação nessas áreas, como também a estudar uma sequência de fitofisionomias abertas de cerrado intra- amazônico. Encontramos padrões altos de riqueza de espécies não só para um cerrado intra-amazônico, como que para o bioma como um todo. Além desses resultados, nenhum trabalho havia antes citato as formações abertas de Monte Alegre como alta detentora de biodiversidade, como foi constatado por nós. Nossos resultados vão contra estudos clássicos que classificam as savanas amazônicas como pobres em diversidade, revelando que a falta de estudos na região levam a uma generalização errônea e perigosa em termos conservacionistas. Nós observamos que em todas as áreas os solos se apresentaram ácidos e distróficos e não se diferem fortemente dos solos sob floresta. A diferença encontrada reside na concentração de nutrientes presentes na biomassa sobre o solo, tornando-o mais fértil. A sazonalidade climática, por sua vez se mostrou como um forte filtro ambiental, diferenciando os ambientes abertos de florestados. A CTC foi um dos principais fatores no aumento da riqueza, biomassa entre as áreas abertas de cerrado, contribuindo também para a estruturação e composição das comunidades. Analisando apenas as áreas abertas, os padrões encontrados que explicam a variação entre as áreas foram semelhantes aos encontrados em trabalhos para regiões do cerrado do Brasil Central. Desse modo, em se tratando de cerrado, o solo é o filtro ambiental que mais influência na diferenciação das fitofisionomias desse bioma. Então, se por um lado a sazonalidade climática permite a diferenciação entre biomas florestados e abertos, é o solo quem explica a variação encontrada entre as fitofisionomias abertas. Dessa maneira, clima e solos andam juntos, indissociáveis, moldando e transformando a paisagem.
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spelling Candido, Hugo Galvãohttp://lattes.cnpq.br/3454224907107589Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud2018-08-29T13:21:15Z2018-08-29T13:21:15Z2016-11-21CANDIDO, Hugo Galvão. Gradientes ambientais implicam em gradientes vegetacionais nos cerrados amazônicos. 2016. 233 f. Tese (Doutorado em Botânica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21502Dentre os diferentes tipos de vegetação compreendidas dentro do domínio Amazônico, os cerrados intra-amazônicos se destacam como segundo tipo de vegetação mais extensa e sua origem e vem sendo extensamente debatida. Os poucos estudos existentes sobre esses encraves, em sua maioria, são meramente descritivos e poucos dados foram coletados sistematicamente afim de possibilitar uma comparação. Os cerrados intra-amazônicos estão também sob influência de variáveis edáficas e climáticas diferentes das encontradas para a área core do bioma, o que significa que fatores desconhecidos podem estar agindo sobre essa vegetação influenciando sua dinâmica, sua composição e distribuição de espécies e suas relações ecológicas. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar duas áreas de cerrados intra- amazônicos, a relação existente entre os tipos de vegetação e as características edáficas, bem como investigar como o clima influência na diferenciação entre as fitofisionomias abertas e as florestadas. Foram escolhidas diferentes áreas em Santarém e Monte alegre, Pará, que compreendessem as mais diferentes fitofisionomias abertas e os mais diferentes tipos de solo. Tais áreas foram comparadas entre si e com áreas florestadas. Perfis de solo foram abertos e solos superficiais foram coletados em todas as áreas. Dados climáticos foram obtidos para cada parcela e a paisagem foi descrita em cada área para fins de comparação. Apesar de já haverem estudos de levantamentos florísticos para a região, esse é o primeiro estudo a, não só investigar a relação solo-vegetação nessas áreas, como também a estudar uma sequência de fitofisionomias abertas de cerrado intra- amazônico. Encontramos padrões altos de riqueza de espécies não só para um cerrado intra-amazônico, como que para o bioma como um todo. Além desses resultados, nenhum trabalho havia antes citato as formações abertas de Monte Alegre como alta detentora de biodiversidade, como foi constatado por nós. Nossos resultados vão contra estudos clássicos que classificam as savanas amazônicas como pobres em diversidade, revelando que a falta de estudos na região levam a uma generalização errônea e perigosa em termos conservacionistas. Nós observamos que em todas as áreas os solos se apresentaram ácidos e distróficos e não se diferem fortemente dos solos sob floresta. A diferença encontrada reside na concentração de nutrientes presentes na biomassa sobre o solo, tornando-o mais fértil. A sazonalidade climática, por sua vez se mostrou como um forte filtro ambiental, diferenciando os ambientes abertos de florestados. A CTC foi um dos principais fatores no aumento da riqueza, biomassa entre as áreas abertas de cerrado, contribuindo também para a estruturação e composição das comunidades. Analisando apenas as áreas abertas, os padrões encontrados que explicam a variação entre as áreas foram semelhantes aos encontrados em trabalhos para regiões do cerrado do Brasil Central. Desse modo, em se tratando de cerrado, o solo é o filtro ambiental que mais influência na diferenciação das fitofisionomias desse bioma. Então, se por um lado a sazonalidade climática permite a diferenciação entre biomas florestados e abertos, é o solo quem explica a variação encontrada entre as fitofisionomias abertas. Dessa maneira, clima e solos andam juntos, indissociáveis, moldando e transformando a paisagem.Among the different types of vegetation within the Amazonian domain, the intra- Amazonian savannas stand out as the second most extensive type of vegetation and their origin and has been extensively debated. The few existing studies on these enclaves, for the most part, are merely descriptive and few data were systematically collected in order to make a comparison. Intra- Amazonian savannas are also influenced by edaphic and climatic variables different from those found for the core area of the biome, which means that unknown factors may be acting on this vegetation influencing their dynamics, their composition and distribution of species and their ecological relations. The objective of this work was to characterize two intra-Amazonian cerrado areas, the relationship between vegetation types and soil characteristics, as well as to investigate how the climate influences the differentiation between open and forested vegetation. Different areas were chosen in Santarém and Monte Alegre, Pará, that included the most different open phytophysiognomies and the most different soil types. These areas were compared among themselves and with forested areas. Soil profiles were opened and surface soils were collected in all areas. Climatic data were obtained for each plot and the landscape was described in each area for comparison purposes. Although there are already studies of floristic surveys for the region, this is the first study to not only investigate the relationship between soil and vegetation in these areas, but also to study a sequence of open phytophysiognomies of intra-Amazonian cerrado. We found high patterns of species richness not only for an intra-Amazonian cerrado, but also for the biome as a whole. In addition to these results, no work had previously cited the open formations of Monte Alegre as a high biodiversity holder, as we have seen. Our results go against classical studies that classify Amazonian savannas as poor in diversity, revealing that the lack of studies in the region leads to a dangerous generalization in conservationist terms. We observed that in all areas the soils were acidic and dystrophic and did not differ strongly from the soils under forest. The difference found lies in the concentration of nutrients present in the biomass on the soil, making it more fertile. Climatic seasonality, in turn, proved to be a strong environmental filter, differentiating the open forest environments. The CTC was one of the main factors in the increase of the biomass richness among the cerrado open areas, also contributing to the structuring and composition of the communities. Analyzing only the open areas, the patterns found that explain the variation between the areas were similar to those found in works for cerrado regions of Central Brazil. Thus, in the case of cerrado, the soil is the environmental filter that most influences the differentiation of the phytophysiognomies of this biome. So, if on the one hand climatic seasonality allows the differentiation between forest and open biomes, it is the soil that explains the variation found among the open phytophysiognomies. In this way, climate and soils go together, inseparable, shaping and transforming the landscape.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaCerrados intra-amazônicosRelação solo-vegetaçãoGradientes ambientaisGradientes vegetacionaisEcologia de paisagensBotânicaGradientes ambientais implicam em gradientes vegetacionais nos cerrados amazônicosEnvironmental filters imply in vegetacional gradientes in Amazonian savanasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia VegetalDoutor em BotânicaViçosa - MG2016-02-21Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf4693510https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21502/1/texto%20completo.pdf0b5520b35c79e74c6893eee64fc6b5f9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21502/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3838https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21502/3/texto%20completo.pdf.jpg5a203c86a68780eee4dfbc62a8fd9361MD53123456789/215022018-08-30 10:40:35.768oai:locus.ufv.br:123456789/21502Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-08-30T13:40:35LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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