Árvores gomíferas escarificadas por Callithrix penicillata, caracterização anatômica dos orifícios e composição química de exsudações de Tapirira guianensis em fragmentos urbanos sob Domínio Cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lamoglia, Juliane Martins
Orientador(a): Silva, Ita de Oliveira e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6736
Resumo: A exsudativoria constitui um dos fenômenos ecológicos mais importantes para primatas do gênero Callithrix. A capacidade de utilizar exsudatos vegetais como um dos principais itens da dieta, podendo compor até 70% no caso do sagui­de­tufos­pretos, Callithrix penicillata, requer especializações anatômicas, fisiológicas e comportamentais para obtenção, consumo e digestão. A adaptação alimentar extrema a este recurso peculiar, possibilita a ocupação de ambientes sujeitos à limitação de recursos e sazonalidade marcante, como o Domínio Cerrado. Assim, é importante o conhecimento dos fatores chave da árvore e do sagui que direcionam essa interação animal­planta. Os objetivos deste trabalho foram identificar e caracterizar as espécies arbóreas utilizadas por C. penicillata para obtenção de exsudatos, verificar padrões relacionados às variáveis dendrométricas, fatores da árvore (densidade e espessura da casca) e distribuição desse recurso nas áreas, bem como, no que se refere à principal espécie utilizada, Tapirira guianensis, caracterizar e comparar anatômica e histoquímicamente e através de parâmetros quantitativos as estruturas secretoras constitutivas e resultantes da defesa da planta (ductos traumáticos) ao estímulo da injúria mecânica realizada pelos saguis na casca da árvore das quais esses animais se beneficiam com fins alimentares e analisar a composição do exsudato em relação ao percentual de água, cinza e elementos minerais (cálcio, magnésio, cobre, manganês, ferro, zinco e fósforo). O estudo foi conduzido no período de julho de 2013 a janeiro de 2015, em três fragmentos urbanos no município de Goiânia­GO sob Domínio Cerrado. Foram identificadas como fontes de exsudatos por C. penicillata um total de 109 indivíduos, 15 espécies arbóreas, pertencentes a 10 famílias. Tapirira guianensis (Anacardiaceae) e Croton urucurana (Euphorbiaceae) foram as espécies mais utilizadas pelos saguis (75%), sendo também as mais abundantes nas áreas. A intensidade e local de exploração variaram entre as espécies utilizadas. Os saguis também fizeram uso das espécies não endêmicas Terminalia catappa e Swietenia macrophylla. O alto grau de exsudativoria dessa espécie configura a principal resposta adaptativa às condições adversas do habitat, bem como a flexibilidade na dieta, onde as plantas mais abundantes são as principais fontes de alimento. Tapirira guianensis apresenta naturalmente um grande potencial para a exsudativoria, possuindo na casca além dos ductos secretores de ocorrência constitutiva, ductos de origem traumática subsequentes às injúrias realizadas pelos saguis. Os ductos traumáticos são maiores, mais numerosos e concentrados na região cambial, formando a maior fonte de exsudação de goma da qual os saguis se beneficiam com fins alimentares. Outras respostas defensivas da árvore à injúria incluem o aumento da formação de tilos e esclerificação dos mesmos, regeneração da periderme na casca, formação de tecido cicatricial e obstrução de vasos por goma no xilema. A partir da análise mineral observou­se que o exsudato apresenta elevados teores de água e cálcio, que possuem importância nutricional e fisiológica para o sagui.
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spelling Picoli, Edgard Augusto de ToledoOliveira, Juraci Alves deLamoglia, Juliane Martinshttp://lattes.cnpq.br/0568286389730427Silva, Ita de Oliveira e2015-11-18T10:16:35Z2015-11-18T10:16:35Z2015-04-01LAMOGLIA, Juliane Martins. Árvores gomíferas escarificadas por Callithrix penicillata, caracterização anatômica dos orifícios e composição química de exsudações de Tapirira guianensis em fragmentos urbanos sob Domínio Cerrado. 2015. 63 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2015.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6736A exsudativoria constitui um dos fenômenos ecológicos mais importantes para primatas do gênero Callithrix. A capacidade de utilizar exsudatos vegetais como um dos principais itens da dieta, podendo compor até 70% no caso do sagui­de­tufos­pretos, Callithrix penicillata, requer especializações anatômicas, fisiológicas e comportamentais para obtenção, consumo e digestão. A adaptação alimentar extrema a este recurso peculiar, possibilita a ocupação de ambientes sujeitos à limitação de recursos e sazonalidade marcante, como o Domínio Cerrado. Assim, é importante o conhecimento dos fatores chave da árvore e do sagui que direcionam essa interação animal­planta. Os objetivos deste trabalho foram identificar e caracterizar as espécies arbóreas utilizadas por C. penicillata para obtenção de exsudatos, verificar padrões relacionados às variáveis dendrométricas, fatores da árvore (densidade e espessura da casca) e distribuição desse recurso nas áreas, bem como, no que se refere à principal espécie utilizada, Tapirira guianensis, caracterizar e comparar anatômica e histoquímicamente e através de parâmetros quantitativos as estruturas secretoras constitutivas e resultantes da defesa da planta (ductos traumáticos) ao estímulo da injúria mecânica realizada pelos saguis na casca da árvore das quais esses animais se beneficiam com fins alimentares e analisar a composição do exsudato em relação ao percentual de água, cinza e elementos minerais (cálcio, magnésio, cobre, manganês, ferro, zinco e fósforo). O estudo foi conduzido no período de julho de 2013 a janeiro de 2015, em três fragmentos urbanos no município de Goiânia­GO sob Domínio Cerrado. Foram identificadas como fontes de exsudatos por C. penicillata um total de 109 indivíduos, 15 espécies arbóreas, pertencentes a 10 famílias. Tapirira guianensis (Anacardiaceae) e Croton urucurana (Euphorbiaceae) foram as espécies mais utilizadas pelos saguis (75%), sendo também as mais abundantes nas áreas. A intensidade e local de exploração variaram entre as espécies utilizadas. Os saguis também fizeram uso das espécies não endêmicas Terminalia catappa e Swietenia macrophylla. O alto grau de exsudativoria dessa espécie configura a principal resposta adaptativa às condições adversas do habitat, bem como a flexibilidade na dieta, onde as plantas mais abundantes são as principais fontes de alimento. Tapirira guianensis apresenta naturalmente um grande potencial para a exsudativoria, possuindo na casca além dos ductos secretores de ocorrência constitutiva, ductos de origem traumática subsequentes às injúrias realizadas pelos saguis. Os ductos traumáticos são maiores, mais numerosos e concentrados na região cambial, formando a maior fonte de exsudação de goma da qual os saguis se beneficiam com fins alimentares. Outras respostas defensivas da árvore à injúria incluem o aumento da formação de tilos e esclerificação dos mesmos, regeneração da periderme na casca, formação de tecido cicatricial e obstrução de vasos por goma no xilema. A partir da análise mineral observou­se que o exsudato apresenta elevados teores de água e cálcio, que possuem importância nutricional e fisiológica para o sagui.The exudativory is one of the most important ecological phenomenon to primate genera Callithrix. The ability to use plant exudates as one of the main components of the diet, may compose up to 70% in the case of black­tufted­ear marmoset, Callithrix penicillata, requires anatomical, physiological and behavioral adaptation to obtain, consumption and digestion. The extreme food adapted to this peculiar feature, enables the occupation of environments subject to limited resources and marked seasonality, as the Cerrado Domain. Thus, it is important to know the key factors of the tree and the marmoset that drive this animal­plant interaction. The objectives of this study were to identify and characterize the tree species used by C. penicillata to obtain exudates, check patterns related to dendrometric variables, the tree factors (density and thickness of the bark) and distribution of a resource in areas and, as regards the main species used, Tapirira guianensis, characterize and compare anatomical and histochemically and by quantitative parameters constitutive secretory structures and resulting from the plant defense (traumatic ducts) the stimulation of mechanical damage done by marmosets in the bark of which these animals benefit from food purposes and analyze the composition of exudate in relation to the percentage of water, ash and mineral elements (calcium, magnesium, copper, manganese, iron, zinc and phosphorus). The study was carried out from July 2013 to January 2015 in three fragments in Goiânia­GO under Cerrado Domain. Were identified as exudates sources by C. penicillata a total of 109 individuals, 15 tree species, belonging to 10 families. Tapirira guianensis (Anacardiaceae) and Croton urucurana (Euphorbiaceae) were the species most used by marmosets (75%) and is the most abundant in the areas. The intensity and location of exploration varied among the species. The marmosets also made use of non­endemic species Terminalia catappa and Swietenia macrophylla. The high degree of exudativory of this species is the main adaptive response to adverse habitat conditions as well as the flexibility in the diet, where the most abundant plants are the main sources of food. T. guianensis naturally has great potential to exudativory, having in the bark beyond the constitutive secretory ducts, ducts traumatic injuries subsequent to injury by marmosets. Traumatic ducts are larger, more numerous and concentrated in the cambial region, forming the largest source of gum exudation that the marmosets benefit from food purposes. Other defensive responses of the tree to injury include increasing tilos formation and sclerification thereof, regeneration of the bark periderm, scar tissue formation and vessels obstruction by gum in the xylem. The mineral analysis showed that the exudate has high water content and calcium, which have importance nutritional and physiological for the marmoset.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaEcologiaInteração animal-plantaCallithrix penicillataTapirira guianensisGomivoriaExsudatoDuctos traumáticosZoologiaÁrvores gomíferas escarificadas por Callithrix penicillata, caracterização anatômica dos orifícios e composição química de exsudações de Tapirira guianensis em fragmentos urbanos sob Domínio CerradoTrees gums scarified by Callithrix, anatomical characterization of holes and chemical composition of exudate of Tapirira guianensis in urban fragments under Cerrado Domaininfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia AnimalMestre em Biologia AnimalViçosa - MG2015-04-01Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2609565https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6736/2/texto%20completo.pdf5d55718d704ad16e4332e96fe0d1fc82MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6736/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain130721https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6736/4/texto%20completo.pdf.txt3a9bc1db0199f13238dd94537830ed63MD54THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3697https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6736/5/texto%20completo.pdf.jpg4b2b8b0f6de3517d2c932680936f7bedMD55123456789/67362016-04-11 23:17:41.78oai:locus.ufv.br:123456789/6736Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-04-12T02:17:41LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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