A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carvalho, Isalena Santos
Orientador(a): Bucher-Maluschke, Júlia Sursis Nobre Ferro, Costa, Ileno Izídio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/1656
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, 2008.
id UNB_ccf1c76d5782d165f5f92354faa04fcc
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/1656
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Carvalho, Isalena SantosBucher-Maluschke, Júlia Sursis Nobre FerroCosta, Ileno Izídio da2009-09-14T12:51:15Z2009-09-14T12:51:15Z2009-09-142008CARVALHO, Isalena Santos. A clínica da psicose na clínica do CAPS: reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA). 2008. 312 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.http://repositorio.unb.br/handle/10482/1656Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, 2008.Este estudo teve como principal objetivo discutir o atendimento ao paciente psicótico no CAPS a partir das perspectivas dele, de sua família e dos profissionais que o atendem num serviço de São Luís (MA). Como ramificações desse objetivo, visou-se identificar concepções sobre: o paciente psicótico; a proposta de tratamento do CAPS a esse sujeito; e a contribuição da família para seu atendimento. Participaram do estudo uma paciente, quatro membros de sua família e seis profissionais. Foram utilizados diário de campo e entrevistas individuais. A análise do discurso foi o referencial de análise do material. Observou-se que os familiares tendem tanto a relevar os comportamentos apresentados pelo paciente, por não o considerarem capaz de discernimento, quanto a caracterizar os que indicam afronta ao funcionamento familiar como intencionalmente transgressores sem relação alguma com questões psicopatológicas. Entre a equipe, há os profissionais que consideram o paciente apenas como um “doente mental”. Para outros, essa caracterização depende do estado no qual ele se encontra. Em crise, há a consideração de que nenhuma intervenção é possível, a não ser a medicamentosa, ou mesmo, a internação. A concepção mais favorável foi da paciente sobre si mesma. Discutiram-se os esforços que desenvolve para se perceber e ser percebida de forma menos limitante. Ela, no entanto, como outros usuários, não tem uma opinião tão favorável em relação às pessoas que ingressam no CAPS com quadro psicótico. Como pacientes e familiares parecem receber poucas informações sobre o diagnóstico, há uma divisão dos usuários conforme a possibilidade de interação manifestada. Observou-se, em geral, uma carente posse de informações sobre o funcionamento do CAPS e suas potencialidades junto ao território. Para os familiares e profissionais, qualquer melhora parece ser percebida como algo espontâneo ou creditada principalmente à medicação. É como se o paciente não sofresse influência significativa das relações que há no CAPS. A contribuição da família no tratamento é limitada pela falta de modalidades a ela direcionadas. Suas idas tendem a se restringir à discussão de assuntos burocráticos ou à de comportamentos destoantes do funcionamento institucional apresentados pelo paciente. Os dados apontam a necessidade de criação de espaços sistemáticos como grupos de familiares e reuniões para avaliação do serviço. Sugerem, ainda, a importância da supervisão clínico-institucional para a equipe. Essas são ações fundamentais para que as concepções e as intervenções tradicionais em relação ao paciente psicótico não se perpetuem na sociedade. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe main objective of this paper is to discuss the treatment of a psychotic patient at CAPS from her perspective, her family’s and the one of the professionals who deal with her in a service provided in São Luís (MA). As extensions of this goal, it was aimed to identify the conceptions of psychotic patients, the proposed CAPS treatment applied to them and the families’ contribution to their assistance. The study included a female patient, four members of her family and six professionals. As a tool, we performed field studies and individual interviews. Speech analysis was used as reference for analysis of the material. It was observed that family members tend to soften the behavior showed by the patient for they do not consider her able to reason, as well as to characterize those who represent a threat to the family’s functioning as intentional transgressors without any link with psychopathological matters. Among the staff, there are professionals who consider the patient only as “mentally ill”. For others, this label depends on the mental state of the patient at the moment of the observation. During a crisis, it is thought that no intervention is possible, unless it is performed through drugs, or even, hospitalization. The most favorable conception was the patient’s about herself. The efforts that she makes to perceive herself and to be perceived by others in a less limiting way were here discussed. She, however, like other patients, doesn’t have a favorable opinion concerning the individuals who join CAPS with a psychotic event. Since the patients and their families seem to receive little information about the diagnosis, there is a division of the users according to the manifested possibility of interaction. In general, a limited knowledge about CAPS operation and its potentialities on the territory was observed. For family members and professionals, any improvement seems to be perceived as something spontaneous or mainly credited to the medication. It is as if the patient hadn’t obtained any significant influence of the relations existent in CAPS. The contribution of the families to the treatment is limited by the lack of alternatives directed to them. Their visits to CAPS tend to be restricted to bureaucratic issues or to the behavior presented by the patient that does not correspond to institutional functioning. The data point out the need for systematic spaces such as family groups and meetings to evaluate the service provided. They also suggest the importance of clinical-institutional supervision for the staff. These are fundamental actions to prevent traditional conceptions and interventions related to psychotic patient to perpetuate in society.A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPsicosesSaúde mentalServiços de saúde mentalBRAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINAL2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf2009_IsalenaSantosCarvalho.pdfapplication/pdf2203427http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/1656/1/2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf4c3e12798e9345f56daf6938aaa29f9fMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1868http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/1656/2/license.txtdabcfb09d52d39c49a226a26285342d6MD52open accessTEXT2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf.txt2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf.txtExtracted texttext/plain780177http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/1656/3/2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf.txt6911a89ef4700a8689e86a26663ff471MD53open access10482/16562023-07-10 21:13:02.258open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/1656TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IHdlc2xleSAgb2xpdmVpcmEgbGVpdGUgKGxlaXRlLndlc2xleUB5YWhvby5jb20uYnIpIG9uIDIwMDktMDktMTFUMTc6Mjk6MDBaIChHTVQpOgoKw4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLAphbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYQpsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0KY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkZTogcmVwb3NpdG9yaW9AYmNlLnVuYi5iciBvdSAzMzA3LTI0MTEuCgpMSUNFTsOHQSBERSBESVNUUklCVUnDh8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQQoKQW8gYXNzaW5hciBlIGVudHJlZ2FyIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG8vYSBTci4vU3JhLiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zCmRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKToKCmEpIENvbmNlZGUgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIGRlIEJyYXPDrWxpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUKcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291CmRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUKZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYQp0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kKcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MKZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcwpkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBkZSBCcmFzw61saWEgb3MgZGlyZWl0b3MKcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlCnRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91CmNvbnRlw7pkbyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIGZpbmFuY2lhZG8gb3UgYXBvaWFkbwpwb3Igb3V0cmEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBxdWUgbsOjbyBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBkZSBCcmFzw61saWEsIGRlY2xhcmEgcXVlCmN1bXByaXUgcXVhaXNxdWVyIG9icmlnYcOnw7VlcyBleGlnaWRhcyBwZWxvIHJlc3BlY3Rpdm8gY29udHJhdG8gb3UKYWNvcmRvLgoKQSBVbml2ZXJzaWRhZGUgZGUgQnJhc8OtbGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldSAocykgbm9tZSAocykKY29tbyBvIChzKSBhdXRvciAoZXMpIG91IGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50bwplbnRyZWd1ZSwgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvcgplc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-07-11T00:13:02Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.en.fl_str_mv A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
title A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
spellingShingle A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
Carvalho, Isalena Santos
Psicoses
Saúde mental
Serviços de saúde mental
title_short A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
title_full A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
title_fullStr A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
title_full_unstemmed A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
title_sort A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)
author Carvalho, Isalena Santos
author_facet Carvalho, Isalena Santos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Isalena Santos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bucher-Maluschke, Júlia Sursis Nobre Ferro
Costa, Ileno Izídio da
contributor_str_mv Bucher-Maluschke, Júlia Sursis Nobre Ferro
Costa, Ileno Izídio da
dc.subject.keyword.en.fl_str_mv Psicoses
Saúde mental
Serviços de saúde mental
topic Psicoses
Saúde mental
Serviços de saúde mental
description Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, 2008.
publishDate 2008
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2008
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2009-09-14T12:51:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2009-09-14T12:51:15Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-09-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CARVALHO, Isalena Santos. A clínica da psicose na clínica do CAPS: reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA). 2008. 312 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/1656
identifier_str_mv CARVALHO, Isalena Santos. A clínica da psicose na clínica do CAPS: reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA). 2008. 312 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/1656
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/1656/1/2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/1656/2/license.txt
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/1656/3/2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4c3e12798e9345f56daf6938aaa29f9f
dabcfb09d52d39c49a226a26285342d6
6911a89ef4700a8689e86a26663ff471
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797406074246004736