Os indicadores primários e as consequências do mal-estar docente em organizações escolares brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Marília Câmara de
Orientador(a): Pontin, Fabrício
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Editora Unilasalle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/2610
Resumo: A presente pesquisa tem como tema central o mal-estar docente e insere-se na linha de pesquisa Culturas, Linguagens e Tecnologias da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade La Salle, na modalidade Interinstitucional. A saúde e o bem-estar docente estão na pauta de entidades internacionais e nacionais em razão das sérias repercussões do mal-estar que afeta alguns professores. Neste sentido, o mal-estar docente é um fenômeno que pode caracterizar-se pela sensação de desesperança, insatisfação e, às vezes, desespero diante da lembrança da sala de aula, dos alunos, dos seus pares e da escola em si. Enfim, uma completa falta de ânimo para estar com os alunos, insatisfação com a profissão, descrédito na educação e consigo próprio. Por outro lado, é preciso reconhecer que as escolas são sistemas organizacionais, dinâmicos e complexos, que necessitam de diferentes tipos de recursos para realizar os seus processos organizacionais e pedagógicos e cumprir a sua finalidade que é a formação discente. Portanto, nosso olhar será para dentro do ambiente das organizações escolares, a partir de dissertações e teses que abordaram o clima escolar, no sentido de investigar se ali estão presentes os indicadores primários e as consequências do mal-estar docente - ainda que os autores das obras não tenham pesquisado diretamente este fenômeno. Assim, buscamos responder ao seguinte problema de pesquisa: “Os indicadores primários e as consequências do mal-estar docente estão presentes em estudos sobre o clima escolar?”. O objetivo geral foi investigar se os indicadores primários e as consequências do mal-estar docente estavam presentes nesses estudos e os objetivos específicos foram caracterizar esses estudos; descrever os indicadores primários e as consequências do mal-estar docente que ali se fizeram presentes. Nosso corpus foi constituído por vinte e nove produções que analisaram o clima escolar, entre os anos de 2013 e 2019, recuperados pela Capes e BDTD, na área da Educação. O referencial teórico, quanto à organização, cultura e clima escolar, está ancorado em autores como Aranha (1996), Nóvoa (1999), Tardif e Lessard (2011), Libâneo, Oliveira e Toschi (2017), Libâneo (2004), Carvalho (1992), Brunet (1992), Vinha e colaboradores (2016, 2017). Quanto ao mal-estar docente, nossa referência é José Manuel Esteve (1999), além de outros autores importantes, como Stobäus Mosquera e Santos (2007), Dohms, Stobäus e Mosquera (2012), Bongiovani (2018) e Gouvêa (2016), dentre outros. Para responder ao nosso problema, seguimos uma metodologia, conforme André (2001), Gil (2002, 2008, 2019), Minayo, Deslandes e Gomes (2009), Lakatos e Marconi (2003.) Portanto, trata-se de uma pesquisa básica e teórica e quanto à técnica da coleta dos dados, caracteriza-se como bibliográfica. Quanto aos objetivos trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, e a sua natureza é de cunho qualitativo. Analisamos os dados conforme a técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin (2011). A presença dos Indicadores Primários do mal-estar docente mostra que há infraestrutura deficiente e inadequada em muitas escolas, outras com espaços insalubres e inapropriados para a convivência dos membros escolares. A prática pedagógica é prejudicada em razão das constantes reformas e ampliações. Também a escassez de recursos (materiais, humanos e tecnológicos) para realizá-la bem, o que pode levar à compra de material escolar pelos próprios professores. A relação entre pares, em razão das diferenças de vínculo empregatício, revela-se prejudicada e leva ao sentimento de injustiça entre os docentes. Espaços improvisados e malconservados, prédios escolares com pinturas desgastadas, mofo e sujeira retratam a precariedade de muitas de nossas escolas. A violência subjaz neste contexto, prejudicando o processo de ensino e aprendizagem, levando, muitas vezes, professores e alunos, a um sentimento de desconfiança e insegurança. Por isso, a busca docente por escolas mais bem equipadas ou em bairros menos violentos foi flagrante. O esgotamento docente compromete a saúde e o desempenho docente. As Consequências do mal-estar docente, refletem insatisfação, cansaço, desmotivação, desânimo e tristeza docente. O absenteísmo é uma das formas de aliviar a tensão e por meio dele, o professor busca, indireta e inconscientemente, não adoecer, no entanto, ele não resolve o seu problema diante do desgaste que a docência, por vezes, acaba acarretando. A rotatividade é tão nociva quanto ao absentismo, e quase nenhuma escola dispõe de professores extras para suprir as ausências. Ao final, o maior prejudicado é o aluno, especialmente em razão do rompimento da relação entre o professor e o aluno. Para enfrentar tantas frustrações, o professor se inibe; ao fazê-lo não se empenha ou se envolve tanto quanto poderia, mas desenvolve uma indiferença que se traduz no rompimento de vínculo afetivo entre ele e seus alunos. Sendo assim, esse professor exerce a docência com o mínimo de esforço, encarando-a como um meio de ganhar a vida, porque não se compromete ou se envolve com ela, nem com os alunos. Uma parcela de professores, vê-se diante da necessidade de mudar de carreira, caso mudar de escola não resolva o problema. As doenças afastam o docente da sala de aula por períodos variados. Às vezes isso não traz sérias implicações, mas pode prejudicar o processo de ensino e aprendizagem e também levar à diminuição da qualidade do ensino. Percebemos as dificuldades de lidar com o número significativo das doenças dos professores. Sejam elas oriundas ou não do mal-estar docente, comprometem demasiadamente a rotina, a organização da escola, haja vista que afeta o ambiente escolar. Enfim, são necessários outros estudos do campo da Educação, de modo que se encontrem soluções, apoio e uma colaboração mais efetiva dos órgãos públicos para com nossas escolas e professores.
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