Efeitos da exposição aguda ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre a pressão arterial, reatividade vascular e estresse oxidativo em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schmidt, Patrícia Medeiros
Orientador(a): Wiggers, Giulia Alessandra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/515
Resumo: O alumínio (Al) é o metal mais comum da crosta terrestre, e sua elevada biodisponibilidade o torna um importante contaminante ambiental. O Al pode se acumular em vários órgãos e tem sido associado a diversas doenças, principalmente neurodegenerativas. Entretanto, pouco ainda se sabe sobre seus efeitos no sistema cardiovascular. Assim, este estudo investigou os efeitos da exposição aguda ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre a pressão arterial, o estresse oxidativo e a reatividade vascular de ratos. Para tal, ratos Wistar foram divididos nos grupos: Untreated: veículo (água ultrapura, ip) e AlCl3: dose única de AlCl3 (100 mg/kg ip). A pressão arterial sistólica e diastólica foi avaliada em ratos anestesiados por meio de canulação da artéria carótida imediatamente antes a administração do AlCl3 e após 1h. A reatividade de aorta foi realizada em banho de órgãos e curvas concentração resposta para acetilcolina, nitroprussiato de sódio e fenilefrina foram obtidas na presença e ausência de endotélio, L-NAME (inibidor da óxido nítrico sintase), apocinina (inibidor da NADPH oxidase), TEA (bloqueador dos canais de potássio) e SOD (scavenger de ânion superóxido). A produção de óxido nítrico (NO) foi mensurada em artérias; espécies reativas de oxigênio (EROs), malondialdeído (MDA) e níveis de tióis não-proteicos foram avaliados no plasma, assim como as atividades da superóxido dismutase (SOD), catalase, glutationa-peroxidase e glutationa-S-transferase (GST). A concentração sérica de alumínio após uma única injeção intraperitoneal de AlCl3 atingiu 147,7 ± 25,0 μg/L; esta exposição não alterou a pressão arterial, contudo induziu aos seguintes efeitos: 1) diminuição da resposta vasoconstritora à fenilefrina; 2) aumento da modulação endotelial negativa e biodisponibilidade de NO, bem como a produção de EROs vascular pela NADPH oxidase, principalmente ânions superóxido; 3) aumento dos níveis de MDA e tióis; 4) 8 maior atividade da catalase e GST 5) diminuição da atividade da SOD. Portanto, a exposição aguda ao AlCl3 promove alterações vasculares, e este efeito parece estar associado ao aumento da biodisponibilidade de NO e sua ação sobre os canais de K+, provavelmente atuando como um mecanismo compensatório sobre o estresse oxidativo. Estes resultados sugerem que o Al pode ser considerado como um agente tóxico vascular.
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spelling Wiggers, Giulia AlessandraPeçanha, Franck MacielSchmidt, Patrícia Medeiros2016-09-13T19:10:12Z2016-09-13T19:10:12Z2015-07-31SCHMIDT, Patrícia Medeiros. Efeitos da exposição aguda ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre a pressão arterial, reatividade vascular e estresse oxidativo em ratos. 79 p. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) – Universidade Federal do Pampa, Uruguaiana, 2015.http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/515O alumínio (Al) é o metal mais comum da crosta terrestre, e sua elevada biodisponibilidade o torna um importante contaminante ambiental. O Al pode se acumular em vários órgãos e tem sido associado a diversas doenças, principalmente neurodegenerativas. Entretanto, pouco ainda se sabe sobre seus efeitos no sistema cardiovascular. Assim, este estudo investigou os efeitos da exposição aguda ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre a pressão arterial, o estresse oxidativo e a reatividade vascular de ratos. Para tal, ratos Wistar foram divididos nos grupos: Untreated: veículo (água ultrapura, ip) e AlCl3: dose única de AlCl3 (100 mg/kg ip). A pressão arterial sistólica e diastólica foi avaliada em ratos anestesiados por meio de canulação da artéria carótida imediatamente antes a administração do AlCl3 e após 1h. A reatividade de aorta foi realizada em banho de órgãos e curvas concentração resposta para acetilcolina, nitroprussiato de sódio e fenilefrina foram obtidas na presença e ausência de endotélio, L-NAME (inibidor da óxido nítrico sintase), apocinina (inibidor da NADPH oxidase), TEA (bloqueador dos canais de potássio) e SOD (scavenger de ânion superóxido). A produção de óxido nítrico (NO) foi mensurada em artérias; espécies reativas de oxigênio (EROs), malondialdeído (MDA) e níveis de tióis não-proteicos foram avaliados no plasma, assim como as atividades da superóxido dismutase (SOD), catalase, glutationa-peroxidase e glutationa-S-transferase (GST). A concentração sérica de alumínio após uma única injeção intraperitoneal de AlCl3 atingiu 147,7 ± 25,0 μg/L; esta exposição não alterou a pressão arterial, contudo induziu aos seguintes efeitos: 1) diminuição da resposta vasoconstritora à fenilefrina; 2) aumento da modulação endotelial negativa e biodisponibilidade de NO, bem como a produção de EROs vascular pela NADPH oxidase, principalmente ânions superóxido; 3) aumento dos níveis de MDA e tióis; 4) 8 maior atividade da catalase e GST 5) diminuição da atividade da SOD. Portanto, a exposição aguda ao AlCl3 promove alterações vasculares, e este efeito parece estar associado ao aumento da biodisponibilidade de NO e sua ação sobre os canais de K+, provavelmente atuando como um mecanismo compensatório sobre o estresse oxidativo. Estes resultados sugerem que o Al pode ser considerado como um agente tóxico vascular.Aluminum (Al) is the most common metal and its high bioavailability points this as an important environmental contaminant. Aluminum can be accumulated in several organs and has been associated with several diseases, mainly neurological disorders. At cardiovascular system, there are not enough evidences of Al-induced dysfunction. We investigated the effects of acute exposure to aluminum chloride (AlCl3) on blood pressure, oxidative stress and vascular reactivity. Male Wistar rats were divided into groups: Untreated: vehicle (ultrapure water, ip) and AlCl3: single dose of AlCl3 (100 mg/kg ip). Systolic and diastolic blood pressure were assessed in anesthetized rats by cannulation of carotid artery immediately before and after one hour of aluminum administration. Aortic rings reactivity was investigated in isolated organ bath and concentration-response curves to acetylcholine, sodium nitroprusside and phenylephrine were performed in the presence and absence of endothelium, the nitric oxide synthase inhibitor L-NAME, the NADPH oxidase inhibitor apocynin, the K+ channels blocker TEA and the superoxide anion scavenger SOD. Nitric oxide (NO) released was studied in arteries; reactive oxygen species, malondialdehyde and nonprotein thiol levels were measured in plasma, as well as superoxide dismutase, catalase, glutathione peroxidase and glutathione-S-transferase activities. Serum aluminum concentration after a single intraperitoneal injection of AlCl3 reaches 147.7 ± 25.0 μg/L. This treatment did not change blood pressure, although inducing the following effects: 1) decreased vasoconstrictor response to phenylephrine; 2) increased negative endothelial modulation and nitric oxide released as well as vascular reactive oxygen species production from NADPH oxidase, mainly superoxide anions; 3) increased malondialdehyde and thiol levels; 4) enhanced catalase and glutathione-S-transferase activities and 5) decreased SOD activity. Therefore, AlCl3-acute exposure promotes vascular changes. This effect seems to be 10 associated with increased nitric oxide bioavailability, possibly acting on K+ channels, seems to occur probably as a compensatory mechanism on oxidative stress. These results suggest that this metal might be considered as a cardiovascular toxic agent.Universidade Federal do PampaCampus UruguaianaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAlumínioReatividade vascularEstresse oxidativoAluminumVascular reactivityOxidative stressEfeitos da exposição aguda ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre a pressão arterial, reatividade vascular e estresse oxidativo em ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAEffects of acute exposure to aluminum chloride (AlCl3) on blood pressure, vascular reactivity and oxidative stress in ratsCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/515/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/515/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTPATRICIA MEDEIROS SCHMIDT.pdf.txtPATRICIA MEDEIROS SCHMIDT.pdf.txtExtracted texttext/plain83228https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/515/4/PATRICIA%20MEDEIROS%20SCHMIDT.pdf.txt4a3b56198f1531b98e2ac9ca5992543dMD54ORIGINALPATRICIA MEDEIROS SCHMIDT.pdfPATRICIA MEDEIROS SCHMIDT.pdfapplication/pdf1113168https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/515/5/PATRICIA%20MEDEIROS%20SCHMIDT.pdfe5593d50a43061cc80514918a0883fadMD55riu/5152021-03-16 18:41:25.596oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/515Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2021-03-16T21:41:25Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false
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