Escala espacial e histórico do desmatamento: respostas do índice de integridade biótica da ictiofauna em riachos amazônicos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11449/193330 |
Resumo: | O índice de integridade biótica (IBI) é um índice multimétrico, vastamente utilizado para avaliações de qualidade de corpos d’água, construído a partir das condições de comunidades alvo de biomonitoramento, sobretudo a ictiofauna. No Brasil, o IBI vem sendo comum em estudos que relacionam a perda de diversidade taxonômica em assembleias aquáticas com as taxas de desmatamento e/ou uso atual do solo. Nesses estudos, a forma mais comum de abordar o desmatamento se restringe ao cenário atual, sem que a trajetória das transformações da paisagem seja considerada, ainda que a escala temporal tenha mostrado grande poder de explicação sobre as condições físicas locais dos riachos e na estrutura das comunidades. Na presente pesquisa, testamos o desempenho do índice de integridade biótica em riachos amazônicos recentemente desmatados. Três índices foram desenvolvidos para o mesmo conjunto de riachos, a partir das escalas local, de paisagem e temporal e seus resultados foram comparados. 77% dos riachos foram categorizados de forma igual nos três IBIs. Esse resultado deve-se principalmente pelo fato de os três IBIs terem selecionado, em sua maioria, as mesmas métricas. A variável temporal (calculada através do índice de intensidade do uso do solo - LUI) não foi capaz de explicar a grande variação de valores de integridade no conjunto de riachos degradados dentro dos três IBIs. A combinação das escalas local e temporal forneceu maior contextualização para os resultados do IBI desenvolvido a partir de LUI. Tais resultados indicam que uma única escala não é suficiente para explicar certos padrões encontrados em condições de desmatamento recente. Indica também que o LUI não é a melhor forma de incorporar a escala temporal no IBI, sendo necessário explorar outras formas de associar a trajetória do uso do solo com as avaliações do IBI. |
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Escala espacial e histórico do desmatamento: respostas do índice de integridade biótica da ictiofauna em riachos amazônicosSpatial scale and history of deforestation: responses of the biotic integrity index of ichthyofauna in amazonian streamsBiomonitoramentoUso do soloPastagemIBIÍndice multimétricoDesmatamentoBiomonitoringLand usePastureMultimetric indexDeforestationO índice de integridade biótica (IBI) é um índice multimétrico, vastamente utilizado para avaliações de qualidade de corpos d’água, construído a partir das condições de comunidades alvo de biomonitoramento, sobretudo a ictiofauna. No Brasil, o IBI vem sendo comum em estudos que relacionam a perda de diversidade taxonômica em assembleias aquáticas com as taxas de desmatamento e/ou uso atual do solo. Nesses estudos, a forma mais comum de abordar o desmatamento se restringe ao cenário atual, sem que a trajetória das transformações da paisagem seja considerada, ainda que a escala temporal tenha mostrado grande poder de explicação sobre as condições físicas locais dos riachos e na estrutura das comunidades. Na presente pesquisa, testamos o desempenho do índice de integridade biótica em riachos amazônicos recentemente desmatados. Três índices foram desenvolvidos para o mesmo conjunto de riachos, a partir das escalas local, de paisagem e temporal e seus resultados foram comparados. 77% dos riachos foram categorizados de forma igual nos três IBIs. Esse resultado deve-se principalmente pelo fato de os três IBIs terem selecionado, em sua maioria, as mesmas métricas. A variável temporal (calculada através do índice de intensidade do uso do solo - LUI) não foi capaz de explicar a grande variação de valores de integridade no conjunto de riachos degradados dentro dos três IBIs. A combinação das escalas local e temporal forneceu maior contextualização para os resultados do IBI desenvolvido a partir de LUI. Tais resultados indicam que uma única escala não é suficiente para explicar certos padrões encontrados em condições de desmatamento recente. Indica também que o LUI não é a melhor forma de incorporar a escala temporal no IBI, sendo necessário explorar outras formas de associar a trajetória do uso do solo com as avaliações do IBI.The Index of Biotic Integrity (IBI) is a multimetric index widely used for assessments of water bodies based on the conditions of target biomonitoring communities, especially ichthyofauna. In Brazil, IBI has been used mainly to relate the loss of taxonomic diversity of aquatic assemblages with the deforestation rates and/or land use. In these studies, the most common way of approach deforestation is restricted to the current scenario, without considering the landscape transformations trajectory, even though the time scale has shown high power of explanation on the local physical conditions of the streams and their communities. In this study, we tested the performance of the Index of Biotic Integrity in recently deforested Amazonian streams. Three indexes were developed for the same set of streams, based in local, landscape and temporal scales and their results were compared. 77% of the streams were equally categorized into these three IBIs. This result is mainly due to the fact that the three IBIs selected almost the same metrics. The temporal variable (calculated using the Land Use Intensity Index - LUI) was not able to explain the large variation in integrity values in the group of degraded streams in all three IBIs. The combination of local and temporal scales provided better contextualization for the IBI results developed from LUI. Those results indicates that one single scale is not sufficient to explain certain patterns found in recent deforestation scenarios. It also indicates that LUI is not the best way to incorporate the time scale into the IBI, and other ways to associate the land use trajectory with IBI assessments need to be explored.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 16/01535-3CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Casatti, Lilian [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ortigossa, Camila2020-08-31T14:01:53Z2020-08-31T14:01:53Z2020-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19333033004153072P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-01T06:10:55Zoai:repositorio.unesp.br:11449/193330Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-01T06:10:55Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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