Narrativas sobre a práxis na Assistência Social: uma análise sobre a proteção social e o processo de gestão do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinto, Felipe Ferreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191331
Resumo: O presente trabalho busca analisar o tema da proteção social no Brasil, a partir da discussão sobre o processo de gestão do trabalho no campo da Assistência Social. O objetivo desta pesquisa de mestrado foi apresentar uma análise que possa suscitar debates, tendo em vista a narrativa que conta e analisa a própria trejetória neste campo de ação pública. Trabalhamos com a perspectiva de que a compreensão apresentada em relação ao tema da proteção social e o caso da Assistência Social como política de Estado nos permita tecer diálogos que nos levem a caminhos mais próximos do cotidiano das(os) trabalhadoras(es) inseridas(os) neste contexto de garantia de direitos sociais. Estar inserido no âmbito da proteção social do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) na condição de Psicólogo trabalhador nos proporcionou construir uma práxis de aposta no campo social, que coloca em discussão: o fazer cotidiano na sua dimensão coletiva, afetiva, solidária, política e social; a noção de Estado protetor na condição de promover e garantir políticas públicas sociais de qualidade à população; a tentativa de propor espaços de construção coletiva em uma sociedade de privilégios e de pouca cultura participativa e democrática; a possibilidade de escutar os sujeitos que sofrem na dimensão dos seus impasses subjetivos, considerando os efeitos do modo de produção capitalista na forma como as pessoas sentem e se relacionam com a vida e, sobremaneira, a intercessão entre trabalho e pesquisa como a chance de agir nas brechas do cotidiano e pensar a produção do conhecimento para além do discurso da Universidade. Portanto, esta pesquisa percorreu o caminho da própria práxis enquanto direção de um processo de análise que vai se constituindo como algo que não se descola daquilo que se experiencia no chão da política, isto é, a condição que olha para o próprio trabalho enquanto um lugar estratégico na construção de diálogos em torno de um modo de fazer no SUAS que se distancie de práticas clientelistas e caridosas. Trata-se de discutirmos a possibilidade de qualificarmos nossas ações no campo da Assistência Social, de modo que essa tarefa nos permita construir um projeto societário menos excludente e que possa considerar o sofrimento dos sujeitos como algo a ser analisado, no que diz respeito à construção das formas de atenção e cuidado ofertado pelo Estado. Cabe refletir também sobre a possibilidade de promover novas sociabilidades nos espaços públicos do território e nos estabelecimentos institucionais da Assistência Social.
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Trabalhamos com a perspectiva de que a compreensão apresentada em relação ao tema da proteção social e o caso da Assistência Social como política de Estado nos permita tecer diálogos que nos levem a caminhos mais próximos do cotidiano das(os) trabalhadoras(es) inseridas(os) neste contexto de garantia de direitos sociais. Estar inserido no âmbito da proteção social do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) na condição de Psicólogo trabalhador nos proporcionou construir uma práxis de aposta no campo social, que coloca em discussão: o fazer cotidiano na sua dimensão coletiva, afetiva, solidária, política e social; a noção de Estado protetor na condição de promover e garantir políticas públicas sociais de qualidade à população; a tentativa de propor espaços de construção coletiva em uma sociedade de privilégios e de pouca cultura participativa e democrática; a possibilidade de escutar os sujeitos que sofrem na dimensão dos seus impasses subjetivos, considerando os efeitos do modo de produção capitalista na forma como as pessoas sentem e se relacionam com a vida e, sobremaneira, a intercessão entre trabalho e pesquisa como a chance de agir nas brechas do cotidiano e pensar a produção do conhecimento para além do discurso da Universidade. Portanto, esta pesquisa percorreu o caminho da própria práxis enquanto direção de um processo de análise que vai se constituindo como algo que não se descola daquilo que se experiencia no chão da política, isto é, a condição que olha para o próprio trabalho enquanto um lugar estratégico na construção de diálogos em torno de um modo de fazer no SUAS que se distancie de práticas clientelistas e caridosas. Trata-se de discutirmos a possibilidade de qualificarmos nossas ações no campo da Assistência Social, de modo que essa tarefa nos permita construir um projeto societário menos excludente e que possa considerar o sofrimento dos sujeitos como algo a ser analisado, no que diz respeito à construção das formas de atenção e cuidado ofertado pelo Estado. Cabe refletir também sobre a possibilidade de promover novas sociabilidades nos espaços públicos do território e nos estabelecimentos institucionais da Assistência Social.The present work seeks to analyze the theme of social protection in Brazil, from the discussion about the process of work management in the field of Social Assistance. The objective of this master's research was to present an analysis that can arouse debate, in view of the narrative that tells and analyzes his own trajectory in this field of public action. We work with the perspective that the understanding presented in relation to the theme of social protection and the case of Social Assistance as a State policy, allow us to weave dialogues that take us closer to the daily lives of the inserted workers in this context of guaranteeing social rights. Being inserted in the scope of social protection of the Unified System of Social Assistance (SUAS) as a working Psychologist allowed us to build a praxis of betting in the social field, which puts in discussion: the daily doing in its collective, affective, solidarity, political dimension and social; the notion of a protective state on the condition of promoting and guaranteeing quality social public policies to the population; the attempt to propose spaces of collective construction in a society of privileges and of little participatory and democratic culture; the possibility of listening to the suffering subjects in the dimension of their subjective impasses, considering the effects of the capitalist mode of production on the way people feel and relate to life and, above all, the intercession between work and research as the chance to act in the daily gaps and think the production of knowledge beyond the University discourse. Therefore, this research followed the path of praxis itself as the direction of a process of analysis that is constituted as something that is not detached from what is experienced on the ground of politics, that is, the condition that looks at one's own work as an individual. strategic place in the construction of dialogues around a way of doing in SUAS that distances itself from clientelistic and charitable practices. It is a matter of discussing the possibility of qualifying our actions in the field of Social Assistance, so that this task allows us to build a less exclusionary societal project that can consider the suffering of the subjects as something to be analyzed, regarding the construction of the forms of attention and care offered by the state. It is also worth reflecting on the possibility of promoting new sociability in the public spaces of the territory and in the institutional establishments of Social Assistance.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Yasui, Silvio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pinto, Felipe Ferreira [UNESP]2020-01-13T14:27:18Z2020-01-13T14:27:18Z2019-11-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19133100092830133004048021P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-07T06:13:49Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191331Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-07T06:13:49Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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