O processo formativo em Psicologia Organizacional e do Trabalho: análise das matrizes curriculares e percepções de graduandos e egressos

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Silva, Luisa Aliboni de Toledo e
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Processo formativo; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Graduação; Egressos; Formative process; Work and Organizational Psychology (WOP); Graduation; Graduates
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192353

O presente trabalho é composto por três estudos, apresentados em formato de artigos científicos, os quais apresentam ao leitor, sob diferentes óticas, o processo formativo na área da POT. O primeiro artigo teve o objetivo de identificar o espaço disponibilizado ao ensino da POT, atualmente, no processo formativo, a partir da caracterização das grades curriculares dos 162 cursos de Psicologia ativos no Estado de São Paulo. O procedimento de coleta dados consistiu em uma pesquisa documental para averiguação das matrizes curriculares e ementas. Muitos sites não disponibilizaram tais informações. No geral, daqueles que apresentaram, a média foi de 2,81 disciplinas por curso e 8,2% de espaço voltado às disciplinas e estágios em POT. A maioria dos cursos disponibiliza as disciplinas da área a partir do terceiro ano. A análise das ementas demonstrou uma preocupação dos cursos em ampliar o ensino da POT de um enfoque técnico e individualista para um enfoque mais sistêmico e político. O segundo artigo buscou analisar as percepções de 100 graduandos, de duas Universidades do Centro-Oeste Paulista, acerca da importância da atuação do psicólogo organizacional e do trabalho e do interesse em atuar futuramente na área. Os graduandos responderam dois questionários com perguntas abertas e fechadas. Em geral, os resultados apontaram para uma maior valorização da área de POT na universidade particular e no quinto ano. A maioria dos alunos do quinto ano (52%) revelaram ter pouco ou nenhum interesse em atuar na área. Os estudantes da IES privada apresentaram maior interesse em atuar na área. As respostas dissertativas se dividiram entre visões positivas, neutras e negativas sobre a POT. O terceiro artigo teve o objetivo de analisar a percepção de 50 egressos de cursos de Psicologia de 20 IES do Estado de São Paulo, que atuam ou já atuaram em POT, sobre sua formação nesta área. Foi utilizado um questionário online por meio do qual investigou-se as competências desenvolvidas na graduação, o grau de capacitação que as IES proveram para o exercício em POT, as maiores fontes de capacitação dentro e fora do curso de graduação, o grau de importância que os egressos atribuem à profissão do Psicólogo Organizacional e do Trabalho e os pontos considerados altos e falhos no processo de formação das IES. Os resultados foram analisados de maneira comparativa entre as IES públicas e privadas e apontaram para uma média e baixa capacitação em ambas, com baixo desenvolvimento de competências e destaque para as atividades práticas que proporcionaram grande aprendizagem como os estágios, empresas juniores e projetos de extensão. Tanto os egressos das IES públicas quanto das particulares atribuíram muita importância à profissão. De maneira geral, as categorias de respostas retrataram ainda uma permanência de tópicos tradicionais, como o recrutamento, seleção e treinamento, mas também abarcaram um aumento de preocupações estruturais com o mundo do trabalho atual.