Degradação anunciada do trabalho formal na Sadia, em Toledo (PR)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Heck, Fernando Mendonça [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96763
Resumo: A presente dissertação trata da relação entre o processo de trabalho em frigoríficos (aves e suínos) e o adoecimento dos trabalhadores, bem como, das resistências construídas pelos trabalhadores para enfrentar a degradação do trabalho em frigoríficos. Para tanto, escolheu-se estudar especificamente o território fabril da Sadia localizada no município de Toledo (PR), através do emprego de metodologias qualitativas (entrevistas baseadas em história oral) e quantitativas (acesso a base de dados, verificação de documentos sobre o adoecimento relacionado ao trabalho principalmente do Ministério Público do Trabalho). Pelas bases teóricas da geografia do trabalho em conjunto com as abordagens do campo saúde do trabalhador, foi possível chegar aos resultados que apontam uma intensa degradação do trabalho com fortes consequências para a saúde e vida dos trabalhadores, entendendo os frigoríficos como territórios da degradação do trabalho, que são parte de uma geografia da degradação do trabalho materializada no adoecimento relacionado ao trabalho em inúmeras outras inserções laborais que ultrapassam o limite campo-cidade, do informal-formal. Também, é perceptível que há uma fragmentação na luta dos trabalhadores em frigoríficos entre as entidades formais de representação os sindicatos (Sindicatos da Alimentação e de Cooperativas) e uma auto-organização de trabalhadores lesionados – Associação dos Portadores de Lesões por Esforços Repetitivos (AP-LER) – que tem colocado desafios importantes para o movimento do trabalho. A compreensão de todos estes aspectos nos leva a perceber que mesmo na luta fragmentada há alguns passos coletivos críticos visando mudanças no processo de trabalho em frigoríficos que tem maior respaldo na ação da AP-LER em detrimento da ação sindical
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