Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Olaci da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/250904
Resumo: Transcorridos alguns anos do fim do processo de colonização em territórios africanos, indagamo-nos: o negro subalternizado africano subsaariano realmente adquiriu seu lugar de fala? Ou ainda, a partir dos aportes teóricos de Spivak (2010), pode o subalterno negro africano subasaariano falar? Se ele não fala, quem o cala? Se ele pode falar, como ele fala? Em que língua ele fala? E para quem ele fala? A presente tese de Doutorado objetiva abordar essas questões tendo como recorte o discurso de Birahima, personagem-testemunha da obra Allah n’est obligé (2000), do escritor marfinense Ahmadou Kourouma. Busca-se evidenciar como ocorrem o silenciamento e o apagamento negro e como Kourouma, mesclando a língua do colonizador (no caso, a língua francesa) e sua língua nativa (o malinké), mostra-nos, de maneira vociferante, como lutar contra essas formas de subalternidade. Por meio dessa mescla de línguas ocorre a escrita de resistência e a busca da instalação do diálogo e da ressonância no Outro como saída às situações de opressão e de imposições racistas muito próximas àquelas experimentadas no colonialismo e que ainda se instauram muito fortemente ainda hoje, mesmo que vivamos no chamado período pós-colonial. Destarte, visa-se analisar a temática aqui apresentada sob a ótica das teorias pós-colonialistas e do dialogismo.
id UNSP_480a14957c7d4f3b290bdc1b475b66a5
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/250904
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str
spelling Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismoAllah n'est pas obligé : voix de résistance à travers les relations dialogiques dans le PostcolonialismeAhmadou KouroumaPós-colonialismoSubalternidadeDialogismoResistênciaPostcolonialismeSubalternitéDialogismeRésistanceTranscorridos alguns anos do fim do processo de colonização em territórios africanos, indagamo-nos: o negro subalternizado africano subsaariano realmente adquiriu seu lugar de fala? Ou ainda, a partir dos aportes teóricos de Spivak (2010), pode o subalterno negro africano subasaariano falar? Se ele não fala, quem o cala? Se ele pode falar, como ele fala? Em que língua ele fala? E para quem ele fala? A presente tese de Doutorado objetiva abordar essas questões tendo como recorte o discurso de Birahima, personagem-testemunha da obra Allah n’est obligé (2000), do escritor marfinense Ahmadou Kourouma. Busca-se evidenciar como ocorrem o silenciamento e o apagamento negro e como Kourouma, mesclando a língua do colonizador (no caso, a língua francesa) e sua língua nativa (o malinké), mostra-nos, de maneira vociferante, como lutar contra essas formas de subalternidade. Por meio dessa mescla de línguas ocorre a escrita de resistência e a busca da instalação do diálogo e da ressonância no Outro como saída às situações de opressão e de imposições racistas muito próximas àquelas experimentadas no colonialismo e que ainda se instauram muito fortemente ainda hoje, mesmo que vivamos no chamado período pós-colonial. Destarte, visa-se analisar a temática aqui apresentada sob a ótica das teorias pós-colonialistas e do dialogismo.Quelques années après la fin du processus de colonisation des territoires africains, on se pose la question : le subalterne noir subsaharien a-t-il vraiment acquis sa place de parole ? Ou encore, à partir des apports théoriques de Spivak (2010), le Noir subalterne subsaharien peut-il parler? S'il ne parle pas, qui le fait taire? S'il peut parler, comment parle-t-il? Quelle langue parle-t-il? Et à qui parle-t-il? La présente thèse de doctorat vise à répondre à ces questions, en prenant le discours de Birahima en tant que personnage témoin de l'ouvrage Allah n'est obligé (2000), de l'écrivain ivoirien Ahmadou Kourouma. On cherche à montrer comment s'opère le silence et l'effacement noir et comment Kourouma, en mêlant la langue du colonisateur (en l'occurrence, la langue française) et sa langue natale (le Malinké) nous montre, de manière véhémente, comment lutter contre ces formes de subalternité. À travers ce mélange de langages nait l’écriture de résistance et la recherche de l'installation du dialogue et de la résonance dans l'Autre comme issue de sortie de situations d'oppression et d'impositions racistes très proches de celles vécues dans le colonialisme et qui sont encore très fortement ancrées aujourd'hui, même que nous vivons dans la période dite postcoloniale. Ainsi, l'objectif est d'analyser le thème présenté ici du point de vue des théories postcoloniales et du dialogisme.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Vicente, Adalberto Luis [UNESP]Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)Carvalho, Olaci da Costa2023-10-06T19:05:22Z2023-10-06T19:05:22Z2023-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/2509048185242334474836porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-28T06:17:11Zoai:repositorio.unesp.br:11449/250904Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-28T06:17:11Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
Allah n'est pas obligé : voix de résistance à travers les relations dialogiques dans le Postcolonialisme
title Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
spellingShingle Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
Carvalho, Olaci da Costa
Ahmadou Kourouma
Pós-colonialismo
Subalternidade
Dialogismo
Resistência
Postcolonialisme
Subalternité
Dialogisme
Résistance
title_short Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
title_full Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
title_fullStr Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
title_full_unstemmed Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
title_sort Allah n'est pas obligé: vozes de resistência por meio das relações dialógicas no Pós-colonialismo
author Carvalho, Olaci da Costa
author_facet Carvalho, Olaci da Costa
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Vicente, Adalberto Luis [UNESP]
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Olaci da Costa
dc.subject.por.fl_str_mv Ahmadou Kourouma
Pós-colonialismo
Subalternidade
Dialogismo
Resistência
Postcolonialisme
Subalternité
Dialogisme
Résistance
topic Ahmadou Kourouma
Pós-colonialismo
Subalternidade
Dialogismo
Resistência
Postcolonialisme
Subalternité
Dialogisme
Résistance
description Transcorridos alguns anos do fim do processo de colonização em territórios africanos, indagamo-nos: o negro subalternizado africano subsaariano realmente adquiriu seu lugar de fala? Ou ainda, a partir dos aportes teóricos de Spivak (2010), pode o subalterno negro africano subasaariano falar? Se ele não fala, quem o cala? Se ele pode falar, como ele fala? Em que língua ele fala? E para quem ele fala? A presente tese de Doutorado objetiva abordar essas questões tendo como recorte o discurso de Birahima, personagem-testemunha da obra Allah n’est obligé (2000), do escritor marfinense Ahmadou Kourouma. Busca-se evidenciar como ocorrem o silenciamento e o apagamento negro e como Kourouma, mesclando a língua do colonizador (no caso, a língua francesa) e sua língua nativa (o malinké), mostra-nos, de maneira vociferante, como lutar contra essas formas de subalternidade. Por meio dessa mescla de línguas ocorre a escrita de resistência e a busca da instalação do diálogo e da ressonância no Outro como saída às situações de opressão e de imposições racistas muito próximas àquelas experimentadas no colonialismo e que ainda se instauram muito fortemente ainda hoje, mesmo que vivamos no chamado período pós-colonial. Destarte, visa-se analisar a temática aqui apresentada sob a ótica das teorias pós-colonialistas e do dialogismo.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-10-06T19:05:22Z
2023-10-06T19:05:22Z
2023-07-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/11449/250904
8185242334474836
url https://hdl.handle.net/11449/250904
identifier_str_mv 8185242334474836
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797790978785935360