Avaliação da segurança ambiental e eficácia biológica de ectoparasiticida em tambaqui (Colossoma macropomum)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Brunetti, Isabella Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202252
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda (CL50/CE50) do azametifós para as macrófitas Lemna minor e Azolla caroliniana, para o molusco Pomacea canaliculata e para o peixe zebrafish (Danio rerio); avaliar a toxicidade aguda e crônica do tambaqui (Colossoma macropomum), realizar análises histopatológica em tambaqui após exposição crônica e histopatológicas e hematológicas após ensaio de simulação de tratamento e recuperação. Ensaios de toxicidade aguda foram realizados com Azolla caroliniana, Lemna minor, Pomacea canaliculata, Danio rerio e Colossoma macropomum todos de acordo com as normas da ABNT e OECD. Para os ensaios de toxicidade crônica os peixes foram expostos às concentrações subletais dos inseticidas por sete dias, e coletadas amostras de órgãos (brânquia, fígado, cérebro e rim) para avaliação histológica. Para o ensaio de simulação de tratamento, os peixes foram expostos ao azametifós porsete dias e após seguiram 21 dias de recuperação e nos dois tempos foram avaliadas as variáveis hematológicas e as alterações histopatológicas do tambaqui (C. macropomum). O azametifós é pouco tóxico para A. caroliniana, moderadamente tóxico para L. minor, C. macropomum e muito tóxico para o P. canaliculata e D. rerio. A exposição subletal crônica de tambaqui ao inseticida revelou alterações histológicas em brânquia e fígado. Após sete dias de simulação de tratamento, os peixes apresentaram aumento de leucócitos totais, monócitos, linfócitos e neutrófilos. Após 21 dias de recuperação os peixes apresentaram aumento de VCM, HCM e CHCM em relação aos 7 dias de tratamento. Na análise histopatológica (brânquia, cérebro, fígado e rim) ao final de 7 dias de tratamento todos as amostras apresentaram alterações em relação ao controle. Após os 21 dias de recuperação, as análises histológicas demonstraram que o tecido nervoso e hepático apresentou 100% de recuperação das células em todas as concentrações testadas. Nas brânquias, apenas nas concentrações 0,042 e 0,21 mg L-1 ocorreu recuperação das lamelas branquiais e as alterações do tecido renal não foram recuperadas. Assim, a presença de azametifós em ambientes aquáticos pode comprometer a sobrevivência de organismos não alvos e prejudicar o funcionamento dos órgãos dos peixes expostos. A simulação de tratamento e recuperação com o azametifós demonstrou alterações histopatológicas e não causa alterações hematológicas significativas no tambaqui, com recuperação dos tecidos branquiais, nervoso, hepático e do sangue, em baixas concentrações.
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spelling Avaliação da segurança ambiental e eficácia biológica de ectoparasiticida em tambaqui (Colossoma macropomum)Evaluation of environmental safety and biological efficacy of ectoparasiticide in tambaqui (Colossoma macropomum)EcotoxicologiaHistologiaHematologiaBioindicadoresO objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda (CL50/CE50) do azametifós para as macrófitas Lemna minor e Azolla caroliniana, para o molusco Pomacea canaliculata e para o peixe zebrafish (Danio rerio); avaliar a toxicidade aguda e crônica do tambaqui (Colossoma macropomum), realizar análises histopatológica em tambaqui após exposição crônica e histopatológicas e hematológicas após ensaio de simulação de tratamento e recuperação. Ensaios de toxicidade aguda foram realizados com Azolla caroliniana, Lemna minor, Pomacea canaliculata, Danio rerio e Colossoma macropomum todos de acordo com as normas da ABNT e OECD. Para os ensaios de toxicidade crônica os peixes foram expostos às concentrações subletais dos inseticidas por sete dias, e coletadas amostras de órgãos (brânquia, fígado, cérebro e rim) para avaliação histológica. Para o ensaio de simulação de tratamento, os peixes foram expostos ao azametifós porsete dias e após seguiram 21 dias de recuperação e nos dois tempos foram avaliadas as variáveis hematológicas e as alterações histopatológicas do tambaqui (C. macropomum). O azametifós é pouco tóxico para A. caroliniana, moderadamente tóxico para L. minor, C. macropomum e muito tóxico para o P. canaliculata e D. rerio. A exposição subletal crônica de tambaqui ao inseticida revelou alterações histológicas em brânquia e fígado. Após sete dias de simulação de tratamento, os peixes apresentaram aumento de leucócitos totais, monócitos, linfócitos e neutrófilos. Após 21 dias de recuperação os peixes apresentaram aumento de VCM, HCM e CHCM em relação aos 7 dias de tratamento. Na análise histopatológica (brânquia, cérebro, fígado e rim) ao final de 7 dias de tratamento todos as amostras apresentaram alterações em relação ao controle. Após os 21 dias de recuperação, as análises histológicas demonstraram que o tecido nervoso e hepático apresentou 100% de recuperação das células em todas as concentrações testadas. Nas brânquias, apenas nas concentrações 0,042 e 0,21 mg L-1 ocorreu recuperação das lamelas branquiais e as alterações do tecido renal não foram recuperadas. Assim, a presença de azametifós em ambientes aquáticos pode comprometer a sobrevivência de organismos não alvos e prejudicar o funcionamento dos órgãos dos peixes expostos. A simulação de tratamento e recuperação com o azametifós demonstrou alterações histopatológicas e não causa alterações hematológicas significativas no tambaqui, com recuperação dos tecidos branquiais, nervoso, hepático e do sangue, em baixas concentrações.The objective of this study was to evaluate the acute toxicity (LC50 / EC50) of azametiphos for the macrophytes Lemna minor and Azolla caroliniana, for the mollusk Pomacea canaliculata and for the zebrafish fish (Danio rerio); evaluate the acute and chronic toxicity of tambaqui (Colossoma macropomum), perform histopathological analysis in tambaqui after chronic exposure and histopathological and hematological tests after treatment simulation and recovery. Acute toxicity tests were performed with Azolla caroliniana, Lemna minor, Pomacea canaliculata, Danio rerio and Colossoma macropomum all in accordance with ABNT and OECD standards. For chronic toxicity tests, fish were exposed to sublethal concentrations of insecticides for seven days, and organ samples (gills, liver, brain and kidney) were collected for histological evaluation. For the treatment simulation test, the fish were exposed to azametiphos for seven days and after 21 days of recovery, at both times, hematological variables and histopathological changes in the environment (C. macropomum) were evaluated. Azametiphos is slightly toxic to A. caroliniana, moderately toxic to L. minor, C. macropomum and very toxic to P. canaliculata and D. rerio. The chronic sublethal exposure of tambaqui to the insecticide revealed histological changes in gills and liver. After seven days of treatment simulation, the fish showed an increase in total leukocytes, monocytes, lymphocytes and neutrophils. After 21 days of recovery, the fish showed an increase in VCM, HCM and CHCM in relation to the 7 days of treatment. In the histopathological analysis (gill, brain, liver and kidney) at the end of 7 days of treatment, all samples showed changes in relation to the control. After 21 days of recovery, histological analysis showed that the nervous and hepatic tissue showed 100% recovery of cells in all concentrations tested. In the gills, only in the concentrations 0.042 and 0.21 mg L-1 did the gill lamellae recover and the changes in the renal tissue were not recovered. Thus, the presence of azametiphos in aquatic environments can compromise the survival of non-target organisms and impair the functioning of exposed fish organs. The simulation of treatment and recovery with azametiphos demonstrated histopathological changes and does not cause significant hematological changes in tambaqui, with recovery of branchial, nervous, hepatic and blood tissues, in low concentrations.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)2018/1650-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ranzani-Paiva, Maria José Tavares [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Brunetti, Isabella Alves2021-01-05T21:53:04Z2021-01-05T21:53:04Z2020-11-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20225233004102049P7porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-01T06:23:08Zoai:repositorio.unesp.br:11449/202252Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-01T06:23:08Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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