Eficácia terapêutica, segurança clínica e ecotoxicológico da fosfomicina em tilápias, Oreochromis niloticus, com aeromonose e estreptococose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barbuio, Roberto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149944
Resumo: O presente estudo teve por objetivos avaliar a eficácia terapêutica a segurança clínica e ecotoxicológica do antimicrobiano fosfomicina para o tratamento de aeromonose e streptococose em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Para tal, a segurança clínica foi avaliada com as doses de 10, 20 e 40 mg de fosfomicina.kg-1; os estudos de eficácia com a dose terapêutica de 10 mg de fosfomicina.kg-1, foram conduzidos com peixes desafiados com Aeromonas hydrophila e Streptococcus agalactiae; os ensaios de ecotoxicidade foram feitos para a determinação de CL50 em peixes (O. niloticus) e plantas aquáticas (Lemna minor) e de CE50 para crustáceos (Daphnia magna) e moluscos (Pomacea canaliculata). Nos estudos foram utilizadas tilápias de 112g ± 5,6g, acondicionadas em tanques de 400 L (n=10). Ambos os estudos de eficácia terapêutica com 10 mg.kg-1 demonstraram a eficácia para A. hydrophila e S. agalactiae, pois nas análises de reisolamento destes microrganismos não ocorreu crescimento dos mesmos em amostras de fígado, rim, baço e cérebro dos peixes tratados quando comparados aos grupos infectados e não tratados nos quais o número de unidades formadoras de colônias (UFC) foi de 7,6 ± 2,4 por placa. Na infecção por A. hydrophila apresentaram microcitose e linfopenia, assim como, trombocitose na fase inicial da infecção seguida de trombocitopenia. Lesões nos tecidos hepáticos e renais corroboraram as alterações da atividade enzimática sérica de ALT, AST, FA e nos níveis de creatinina, colesterol e triglicerídeos. Na infecção por S. agalactiae apresentaram diminuição do número de eritrócitos e dos valores percentuais de hematócrito, caracterizando quadro de hemólise, associado à linfopenia, trombocitopenia e neutrofilia na fase inicial da infecção. Verificou-se correlação entre as lesões nos tecidos hepáticos e renais aos valores séricos de ALT, AST, FA e nos níveis de creatinina. Nos ensaios ecotoxicológicos para peixe (O. niloticus), molusco (P. canaliculata), microcrustáceo (D. magna) e macrófitas (L. minor e A. caroliniana), os resultados demonstraram segurança ecotoxicológica da fosfomicina sendo considerada praticamente não tóxica para estes organismos (CL e CE50 > 100,0 mg.L-1). A formulação Fosfomicin C® atenuou as alterações patológicas em peixes infectados quando comparado aos não infectados. Porém essa mesma formulação causou alterações no estudo de segurança clínica. Os estudos demonstram a viabilidade do uso da fosfomicina na dose 10 mg.kg-1 para basal da estreptococose e aeromonose na tilapicultura, porém existe a necessidade de testar o antibiótico puro, para verificar se as alterações observadas foram causadas pelo antibiótico ou por algum outro componente.
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Para tal, a segurança clínica foi avaliada com as doses de 10, 20 e 40 mg de fosfomicina.kg-1; os estudos de eficácia com a dose terapêutica de 10 mg de fosfomicina.kg-1, foram conduzidos com peixes desafiados com Aeromonas hydrophila e Streptococcus agalactiae; os ensaios de ecotoxicidade foram feitos para a determinação de CL50 em peixes (O. niloticus) e plantas aquáticas (Lemna minor) e de CE50 para crustáceos (Daphnia magna) e moluscos (Pomacea canaliculata). Nos estudos foram utilizadas tilápias de 112g ± 5,6g, acondicionadas em tanques de 400 L (n=10). Ambos os estudos de eficácia terapêutica com 10 mg.kg-1 demonstraram a eficácia para A. hydrophila e S. agalactiae, pois nas análises de reisolamento destes microrganismos não ocorreu crescimento dos mesmos em amostras de fígado, rim, baço e cérebro dos peixes tratados quando comparados aos grupos infectados e não tratados nos quais o número de unidades formadoras de colônias (UFC) foi de 7,6 ± 2,4 por placa. Na infecção por A. hydrophila apresentaram microcitose e linfopenia, assim como, trombocitose na fase inicial da infecção seguida de trombocitopenia. Lesões nos tecidos hepáticos e renais corroboraram as alterações da atividade enzimática sérica de ALT, AST, FA e nos níveis de creatinina, colesterol e triglicerídeos. Na infecção por S. agalactiae apresentaram diminuição do número de eritrócitos e dos valores percentuais de hematócrito, caracterizando quadro de hemólise, associado à linfopenia, trombocitopenia e neutrofilia na fase inicial da infecção. Verificou-se correlação entre as lesões nos tecidos hepáticos e renais aos valores séricos de ALT, AST, FA e nos níveis de creatinina. Nos ensaios ecotoxicológicos para peixe (O. niloticus), molusco (P. canaliculata), microcrustáceo (D. magna) e macrófitas (L. minor e A. caroliniana), os resultados demonstraram segurança ecotoxicológica da fosfomicina sendo considerada praticamente não tóxica para estes organismos (CL e CE50 > 100,0 mg.L-1). A formulação Fosfomicin C® atenuou as alterações patológicas em peixes infectados quando comparado aos não infectados. Porém essa mesma formulação causou alterações no estudo de segurança clínica. Os estudos demonstram a viabilidade do uso da fosfomicina na dose 10 mg.kg-1 para basal da estreptococose e aeromonose na tilapicultura, porém existe a necessidade de testar o antibiótico puro, para verificar se as alterações observadas foram causadas pelo antibiótico ou por algum outro componente.The present study aimed to evaluate the therapeutic efficacy of clinical and ecotoxicological safety of antimicrobial fosfomycin for the treatment of aeromonose and streptococcosis in Nile tilapia (Oreochromis niloticus). For this, clinical safety was evaluated with doses of 10, 20 and 40 mg of fosfomycin.kg-1; Efficacy studies with the therapeutic dose of 10 mg of fosfomycin.kg-1 were conducted with fish challenged with Aeromonas hydrophila and Streptococcus agalactiae; The ecotoxicity assays were performed for the determination of LC50 in fish (O. niloticus) and aquatic plants (Lemna minor) and EC50 for crustaceans (Daphnia magna) and molluscs (Pomacea canaliculata). In the studies, tilapia of 112 g ± 5.6 g were used, packed in 400 L tanks (n = 10). Both therapeutic efficacy studies with 10 mg.kg-1 demonstrated efficacy for A. hydrophila and S. agalactiae, because in the reisolation analyzes of these microorganisms there was no growth in liver, kidney, spleen and brain samples of treated fish , While in the infected and untreated groups, mean growth was greater than ten colony forming units (CFU) per plaque. In the A. hydrophila infection they presented microcytosis and lymphopenia, as well as thrombocytosis in the initial phase of infection followed by thrombocytopenia. Liver and renal tissue damage corroborated the changes in serum enzyme activity of ALT, AST, FA and creatinine, cholesterol and triglyceride levels. In S. agalactiae infection, there was a decrease in the number of erythrocytes and percentage values of hematocrit, characterizing hemolysis, associated with lymphopenia, thrombocytopenia and neutrophilia in the initial phase of infection. There was a correlation between hepatic and renal tissue damage in serum ALT, AST, AF, and creatinine levels. In the ecotoxicological assays for fish (O. niloticus), mollusc (P. canaliculata), microcrustaceans (D. magna) and macrophytes (L. minor and A. caroliniana), the results demonstrated ecotoxicological safety of fosfomycin being considered practically non-toxic for these Organisms (CL and EC 50> 100.0 mg.L-1). The Fosfomicin C® formulation attenuated pathological changes in infected fish compared to uninfected fish. However, the same formulation caused changes in the clinical safety study. The studies demonstrate the feasibility of using fosfomycin at a dose of 10 mg.kg-1 for streptococcal and aeromonose control in tilapicultura, but there is a need to test the pure antibiotic to verify if the observed changes were caused by the antibiotic or some other component.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2013/11675-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Belo, Marco Antonio de Andrade [UNESP]Cruz, Claudinei da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Barbuio, Roberto [UNESP]2017-03-24T16:47:55Z2017-03-24T16:47:55Z2017-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14994400088271733004102072P9porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-19T06:26:16Zoai:repositorio.unesp.br:11449/149944Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-19T06:26:16Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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