Efeito de diferentes programas de exercício físico comunitário sobre variáveis antropométricas, hemodinâmicas e capacidade física e funcional de mulheres idosas

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Amaral, Vanessa Teixeira do
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Atividade física; Envelhecimento; Exercício Físico Comunitário; Rigidez Arterial.; Physical activity; Aging; Community-Based Exercise Program.; Arterial stiffness
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217267

Introdução: Realizar exercícios físicos de maneira sistematizada é fundamental para promover a manutenção das capacidades físicas e funcionais e da condição hemodinâmica, que sofrem um declínio com o processo de envelhecimento. Objetivo: Avaliar o efeito da intensidade (alta vs. moderada) e modalidade (aeróbio combinado com resistido ou resistido isolado) de programas de exercício físico comunitário e sua interrupção, sobre variáveis antropométricas, hemodinâmicas e funcionais de mulheres idosas. Métodos: 92 mulheres idosas (71,7 ± 5,21 anos) foram randomizadas para programa de treinamento intervalado de alta intensidade combinado com treinamento resistido (TI+TR; N = 34), treinamento contínuo de moderada intensidade combinado com treinamento resistido (TC+TR; N = 38) ou treinamento resistido isolado (TR; N = 20) durante nove meses. Variáveis antropométricas (peso, circunferência da cintura e índice de massa corporal), hemodinâmicas (pressão arterial [PA], frequência cardíaca [FC] e rigidez arterial [velocidade da onda de pulso carótido-femoral - VOP]) e funcionais (flexibilidade [testes de sentar e alcançar], força e preensão palmar, teste de sentar e levantar cinco vezes, timed-up and go [TUG] e teste de caminhada de seis minutos [TC6]) foram avaliadas antes e após nove meses de treinamento, bem como após três meses da sua interrupção. Resultados: Houve redução (P < 0,01) da circunferência da cintura (-3 cm), PA sistólica (- 7 mmHg) e rigidez arterial (-0,6 m/s), bem como melhora (P < 0,001) no desempenho nos testes de flexibilidade (5 cm), força e preensão palmar (4 kgf), sentar e levantar (-2,9 s), TUG (-2 s) e TC6 (83 m) após TI+TR. No entanto, após TC+TR, houve melhora significativa (P < 0,05) apenas na circunferência da cintura (-3 cm) e no desempenho nos testes de flexibilidade (3 cm), força e preensão palmar (4 kgf), sentar e levantar (-2,2 s), TUG (-1,2 s) e TC6 (46 m), enquanto que somente o desempenho nos testes de flexibilidade (3 cm), força e preensão palmar (4 kgf), sentar e levantar (-3,1 s), TUG (-1,0 s) e TC6 (42 m) melhoraram (P < 0,05) após TR. O TR foi eficiente para manter os benefícios após a interrupção apenas sobre o sentar e levantar. As melhoras na circunferência da cintura, sentar e levantar e TUG foram mantidas após três meses de interrupção de TI+TR e TC+TR. Entretanto, as melhorias no teste de sentar e alcançar, força e preensão palmar, TC6 e rigidez arterial foram mantidas após três meses de interrupção do programa de exercícios apenas em TI+TR. Conclusão: Os três programas de exercício comunitário foram eficientes para melhora da capacidade funcional de mulheres idosas. Entretanto, somente os programas combinados (TI+TR e TC+TR) diminuíram a circunferência da cintura, enquanto que somente o programa combinado com aeróbio de alta intensidade (TI+TR) foi eficiente para reduzir a PA e rigidez arterial, bem como foi mais eficiente que os demais para manter os benefícios após três meses de interrupção do programa de exercícios. Estes resultados sugerem que a intensidade e modalidade do exercício podem afetar as adaptações de variáveis antropométricas e hemodinâmicas de mulheres idosas à programas treinamento comunitário.