Micose fungoide: diagnóstico nas fases iniciais através da correlação clínico-morfológica e imunoistoquímica das lesões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Yamashita, Thamy [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95882
Resumo: O diagnóstico preciso das lesões de micose fungoide (MF) em fases iniciais é difícil, pois uma variedade de doenças benignas se sobrepõem clínica e histologicamente. Foram selecionadas 101 biópsias que correspondiam a 67 pacientes cujas lesões se assemelhavam a MF clássica em fases iniciais, do período de 1999 a 2010, que estavam no arquivo do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista. A proporção entre homens:mulheres foi de 2,6:1, com idades que variaram de 17 a 103 anos e idade média de 62,1 anos. O diagnóstico de MF foi confirmado pela correlação dos aspectos clínicos, histopatológicos e perfil imunoistoquímico. Os pacientes com diagnóstico de MF apresentaram-se com máculas e/ou placas correspondentes aos estágios T1 e T2, geralmente em áreas não expostas ao sol. Desses 67 pacientes analisados, 17 (25,5%) tiveram o diagnóstico de MF caracterizado pelos principais critérios histopatológicos: epidermotropismo desproporcional, microabscessos de Pautrier, alinhamento dos linfócitos e algum grau de atipia linfocitária. Em 3 (4,5%) dos pacientes cujo diagnóstico era MF, não apresentaram todos os principais critérios histopatológicos, porém o diagnóstico foi possível pela correlação com o perfil imunoistoquímico característico de CD3+, CD4+ e redução na expressão de CD8, CD7 e/ ou CD2 e CD5. Em 15 (22,5%) casos a suspeita para MF manteve-se, e, em 32 (47,5%) pacientes o diagnóstico de MF foi excluído e esses casos foram classificados como outras doenças. Portanto, mais de 47% dos pacientes foram falso-positivos se considerarmos apenas os aspectos clínicos. Embora o estudo imunoistoquímico seja uma importante técnica diagnóstica auxiliar, a maioria dos diagnósticos das lesões iniciais de MF dependem principalmente da correlação do histórico clínico e achados histopatológicos
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