Função sensorial e mobilidade mandibular em pacientes submetidos ao tratamento do câncer de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Januzzi, Marcella Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236655
Resumo: O tratamento do câncer de cabeça e pescoço pode trazer comprometimentos importantes para a qualidade de vida de seus portadores, como complicações orais e neurossensoriais. O objetivo deste estudo consistiu em realizar uma série de casos de sete pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço submetidos ao tratamento oncológico, para avaliar possíveis alterações na mobilidade mandibular e função sensorial. Foram selecionados pacientes do Centro de Oncologia Bucal (COB) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA/UNESP). Os tempos de análise do estudo foram: momento inicial (T0), 30 a 45 dias após a cirurgia (T1), 1 semana após a quimioterapia (T2), durante a radioterapia (T3) e 1 semana após a radioterapia (T4). A análise da mobilidade mandibular foi realizada de maneira objetiva, por meio da mensuração da abertura bucal, e de maneira subjetiva, por meio do Questionário de Trismo de Gothenberg (GTQ). A análise da função sensorial foi realizada por meio da avaliação da dor orofacial espontânea e da dor muscular provocada. A dor espontânea foi mensurada pela escala de avaliação numérica (NRS) de 0 a 10 e a dor provocada foi mensurada pela aplicação dos testes de palpometria de 0,5 kg e 1 kg e algometria para os músculos masseter, temporal e esternocleidomastoideo. Dois (caso 3 e 4) de sete pacientes apresentaram trismo, nos tempos T1 e T2, respectivamente. Com relação ao GTQ, o caso 1, portador do tumor mais avançado, foi o que apresentou maiores porcentagens de limitações no T0. Para a função sensorial, apenas 1 paciente (caso 1) reportou dor em T0, e 2 pacientes (casos 3 e 4) reportaram dor relacionada com a radioterapia. A dor muscular provocada foi maior no T0, principalmente nos casos 1, 4 e 7, porém sem relação com o limiar de dor por meio da algometria. Nesta série de casos, a função sensorial e a mobilidade mandibular podem ser afetadas pela presença do tumor, assim como pelo tratamento oncológico, em uma parcela dos pacientes.
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