Evidências de validade do Rorschach no diagnóstico de depressão em idosos

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Lampert, Claudia Daiane Treintin
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade de Passo Fundo; Ciências da Saúde e Ciências Biológicas; BR; UPF; Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano
• Palavras-chave em Português: Envelhecimento - Aspectos psicológicos; Depressão em idosos; Qualidade de vida; Aging - Psychological aspects; Depression in the elderly; Quality of life; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
• Link de acesso: http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/1062

A depressão apresenta especificidades quanto aos fatores de risco, sintomatologia e consequências negativas para a qualidade de vida dos idosos. Para garantir uma avaliação confiável destes indivíduos, acometidos por esta complexa enfermidade, é necessário contar com instrumentos válidos. Diante disso, objetivou-se verificar a validade do Rorschach no Sistema Compreensivo (RSC) na avaliação da depressão em idosos. Para atender ao objetivo proposto são apresentadas três produções científicas, onde avaliou-se as condições de saúde física e mental associadas a depressão em idosos; após, verificou-se a validade concorrente do RSC com escalas de depressão e, por fim, avaliou-se a validade de critério do RSC na avaliação da depressão em idosos. Como métodos estatísticos utilizaram-se análise descritiva e inferencial por meio da análise de variância (ANOVA) e a correlação de Spearman, com nível de significancia de 0,05. Os resultados apontaram para o gênero feminino, baixa escolaridade, maior número de doenças somáticas associadas; uso de uma quantidade maior de medicamentos; maior intensidade de dor crônica, prejuízos cognitivos, maior dependência funcional e pior autopercepção de saúde; distorções no pensamento como baixa autoestima, desesperança; e percepção de disfuncionalidade nas relações sociais como fatores associados a depressão em idosos. Em relação as correlações entre os instrumentos RSC, EPD e EBADEP-ID, os resultados apontaram para correlações significativas entre as variáveis do RSC X-%, S-, WSum6, W, X+%, XA%, SumV, DEPI, MOR, Hd, Ego Index, H, AG, PHR, COP, GHR e CDI como indicadores de depressão associados a pensamentos e sintomas depressivos autorrelatados, evidenciando o valor do RSC na avaliação desta patologia. Finalmente, na avaliação da validade de critério do RSC, observou-se o aumento nas variaveis X-%, S-%, WSum6, MOR, p>a+1, SumV, CF, Hd, GHR<PHR e, rebaixamento nas variáveis W, X+%, XA%, H, EGO Index, COP, GHR no grupo clínico, quando comparados ao grupo não clínico. Também se verificou o aumento nos escores das escalas EPD e EBADEP-ID no grupo clínico. Esses resultados aludem para prejuízos cognitivos, afetivos, autoperceptivos e relacionais nos idosos com depressão, corroborado pelo aumento de pensamentos e sintomas depressivos. Portanto, os achados apontam para o RSC, associado a outros métodos, uma ferramenta importante na avaliação da depressão em idosos. Entre as principais contribuições desta pesquisa destaca-se validade do RSC para a qualificação das avaliações psicológicas no contexto da depressão em idosos, proporcionando informações úteis para a tomada de decisão no estabelecimento de tratamento adequado, e ações de prevenção e manutenção da saúde mental desta população