Um jeito masculino de dançar : pensando a produção das masculinidades de dançarinos de hip-hop

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Éderson Costa dos
Orientador(a): Seffner, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/21854
Resumo: Esta dissertação, de cunho qualitativo, está situada no campo dos Estudos Culturais e de Gênero em Educação a partir das contribuições teóricas pós-estruturalistas de Michel Foucault. Proponho pensar as pedagogias de masculinidade que se instalam na prática do hip-hop, imprimindo no corpo modos hegemônicos de viver o masculino, no cenário das danças contemporâneas. Minhas indagações centrais estão centradas na forma como se estruturam as estratégias e negociações utilizadas pelos garotos dançarinos de hiphop na produção, constituição e manutenção de representações de masculinidades. Quais são as pedagogias que se instalam nesta prática e operam como produtoras de um corpo masculino no contexto da dança? Como questões de gênero e sexualidade se atravessam na produção dessas representações? Este estudo tematiza as questões de corpo, gênero e sexualidade dentro de um campo específico das culturas corporais: a dança hip-hop. Entendendo a dança como uma prática corporal produzida pela/na cultura, que marca os corpos e narra diferentes formas de constituição do sujeito, se constitui com as relações de gênero e sexualidade. Em nossa cultura ocidental contemporânea, a dança é marcada pelo universo feminino, ou seja, é significada como uma prática corporal feminina nos contextos sociais. A delicadeza/leveza do gesto e o andar suave e ereto são padrões de movimentos promovidos por discursos trazidos pela primazia da dança clássica e diluída nos diferentes espaços. O hip-hop, entendido como um espaço de trocas e aprendizagens múltiplas na produção de identidades juvenis, produz posições de sujeito ‘confortáveis’ e/ou ‘seguras’ para os meninos dançarinos, apresentando-se como um terreno masculino no universo das danças competitivas. Para isso, analisei as narrativas trazidas por dez jovens dançarinos de hip-hop que transitam em um terreno comum: o hip-hop espetacularizado na cidade de Canoas. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas, permitindo, assim, a recorrência de determinados relatos no qual procuro analisar ao longo dos capítulos dessa pesquisa.
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Este estudo tematiza as questões de corpo, gênero e sexualidade dentro de um campo específico das culturas corporais: a dança hip-hop. Entendendo a dança como uma prática corporal produzida pela/na cultura, que marca os corpos e narra diferentes formas de constituição do sujeito, se constitui com as relações de gênero e sexualidade. Em nossa cultura ocidental contemporânea, a dança é marcada pelo universo feminino, ou seja, é significada como uma prática corporal feminina nos contextos sociais. A delicadeza/leveza do gesto e o andar suave e ereto são padrões de movimentos promovidos por discursos trazidos pela primazia da dança clássica e diluída nos diferentes espaços. O hip-hop, entendido como um espaço de trocas e aprendizagens múltiplas na produção de identidades juvenis, produz posições de sujeito ‘confortáveis’ e/ou ‘seguras’ para os meninos dançarinos, apresentando-se como um terreno masculino no universo das danças competitivas. Para isso, analisei as narrativas trazidas por dez jovens dançarinos de hip-hop que transitam em um terreno comum: o hip-hop espetacularizado na cidade de Canoas. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas, permitindo, assim, a recorrência de determinados relatos no qual procuro analisar ao longo dos capítulos dessa pesquisa.This piece of work, using a qualitative approach, is situated in the field of Cultural and Gender Studies in Education based on the post-structuralism theoretical contributions of Michel Foucault. I propose to reflect the masculinity pedagogies that are set up within the practice of hip-hop, printing hegemonic ways of living the masculinity on the body, in the scenario of contemporary dances. My central questions are about how to structure the negotiations and strategies used by the male dancers on the production, creation and maintenance of masculinity representations. What are the pedagogies that are set up within this practice operating as a male body producer in the context of dance? How do gender and sexuality issues get through the production of these representations? This study addresses the body, gender and sexuality issues within a particular field of corporal culture: the hip-hop dance. Understanding dance as a body practice produced by/in the culture, which marks the bodies and tells different forms of the subject constitution, it is constituted by gender relations and sexuality. In our western culture, dance is marked by the feminine universe, that is, it is meant as a female body practice in social contexts. The gracefulness/smoothness of gesture, the upright and smooth walking are outline movements promoted by speeches brought from the primacy of classical dance and diluted in different spaces. The hip-hop, understood as an exchange and multiple-learning space in the production of juvenile identities, produces ‘comfortable’ and ‘secure’ subject positions for male dancers, being as a male environment in the world of competitive dances. To goal it, I analyzed the narratives brought by ten young dancers of hip-hop living in a common environment: the spectacled hip-hop in the city of Canoas. The interviews were recorded and later transcribed, allowing, thus, the return of certain accounts in which I try to analyze throughout the chapters of this research.application/pdfporDançaCorpoMasculinidadeSexualidadePós-estruturalismoDanceBodyMasculinitySexualityPost-structuralismUm jeito masculino de dançar : pensando a produção das masculinidades de dançarinos de hip-hopinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000738797.pdf000738797.pdfTexto completoapplication/pdf718708http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21854/1/000738797.pdf85adba6f66bcdf45f41029fa5af30a92MD51TEXT000738797.pdf.txt000738797.pdf.txtExtracted Texttext/plain307607http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21854/2/000738797.pdf.txt3f4261332a1753b72962b14483f17e3eMD52THUMBNAIL000738797.pdf.jpg000738797.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1249http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21854/3/000738797.pdf.jpg841ae8fc985df728ce055b43117013d8MD5310183/218542023-01-29 05:59:08.28218oai:www.lume.ufrgs.br:10183/21854Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-01-29T07:59:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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