Adesão aos imunossupressores em pacientes transplantados renais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brahm, Marise Marcia These
Orientador(a): Gonçalves, Luiz Felipe Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/39673
Resumo: Introdução: A não adesão aos imunossupressores no transplante renal constitui uma importante barreira à obtenção dos resultados terapêuticos e manutenção do enxerto. Estudar a não adesão indica a real extensão deste comportamento e seus fatores de risco, sendo possível planejar estratégias de intervenção. Objetivos: Avaliar a prevalência da não adesão ao tratamento imunossupressor e verificar seus fatores de risco em uma amostra de pacientes transplantados renais. Metodologia: Estudo transversal realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com pacientes transplantados renais adultos com pelo menos um ano de transplante, selecionados e incluídos entre março e novembro de 2010 durante o atendimento ambulatorial. Não adesão aos imunossupressores foi aferida utilizando os métodos autorrelato, dispensação dos imunossupressores, níveis sanguíneos dos imunossupressores e uma combinação dos métodos autorrelato e dispensação. Verificou-se a associação de não adesão com variáveis demográficas e clínicas. Análises estatísticas com Qui-Quadrado, Teste t, Mann-Whitney, Kappa e modelo linear generalizado por distribuição Normal e de Poisson. Levados à análise multivariada para cálculo da razão de prevalência (RP), variáveis com p≤0,15 na análise univariada. Consideraram-se significativos valores de p<0,05. Resultados: Estudou-se 288 pacientes com prevalência de não adesão de 61,8% no autorrelato; 58,7% na dispensação; 29% nos níveis; e 37,4% na adesão combinada. Associações significativas foram encontradas entre não adesão e paciente não branco e idade mais jovem no método autorrelato; paciente em atividade laboral, em uso de tacrolimus e níveis de imunossupressores mais baixos na dispensação; receptor de doador vivo e tempo maior de transplante nos níveis; paciente não branco, idade mais jovem e níveis de imunossupressores mais baixos na adesão combinada. Pela análise multivariada, no método autorrelato etnia branca (RP=0,81) e ano adicional de idade (RP=0,986) foram identificados como fatores de proteção para prevalência de não adesão. Na análise pelos métodos da dispensação, níveis e adesão combinada a RP para não adesão foi significativamente maior em paciente em uso de tacrolimus (RP=1,347), receptor de doador vivo (RP=1,166) e etnia não branca (RP=1,39) respectivamente. Conclusão: Encontrou-se alta prevalência de não adesão e um risco maior para comportamento não aderente aos imunossupressores em pacientes mais jovens, de etnia não branca, em uso do imunossupressor tacrolimus e receptor de doador vivo.
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Não adesão aos imunossupressores foi aferida utilizando os métodos autorrelato, dispensação dos imunossupressores, níveis sanguíneos dos imunossupressores e uma combinação dos métodos autorrelato e dispensação. Verificou-se a associação de não adesão com variáveis demográficas e clínicas. Análises estatísticas com Qui-Quadrado, Teste t, Mann-Whitney, Kappa e modelo linear generalizado por distribuição Normal e de Poisson. Levados à análise multivariada para cálculo da razão de prevalência (RP), variáveis com p≤0,15 na análise univariada. Consideraram-se significativos valores de p<0,05. Resultados: Estudou-se 288 pacientes com prevalência de não adesão de 61,8% no autorrelato; 58,7% na dispensação; 29% nos níveis; e 37,4% na adesão combinada. Associações significativas foram encontradas entre não adesão e paciente não branco e idade mais jovem no método autorrelato; paciente em atividade laboral, em uso de tacrolimus e níveis de imunossupressores mais baixos na dispensação; receptor de doador vivo e tempo maior de transplante nos níveis; paciente não branco, idade mais jovem e níveis de imunossupressores mais baixos na adesão combinada. Pela análise multivariada, no método autorrelato etnia branca (RP=0,81) e ano adicional de idade (RP=0,986) foram identificados como fatores de proteção para prevalência de não adesão. Na análise pelos métodos da dispensação, níveis e adesão combinada a RP para não adesão foi significativamente maior em paciente em uso de tacrolimus (RP=1,347), receptor de doador vivo (RP=1,166) e etnia não branca (RP=1,39) respectivamente. Conclusão: Encontrou-se alta prevalência de não adesão e um risco maior para comportamento não aderente aos imunossupressores em pacientes mais jovens, de etnia não branca, em uso do imunossupressor tacrolimus e receptor de doador vivo.Introduction: Non-adherence to immunosuppressive treatment in renal transplant is an obstacle to achieving an optimal allograft performance. The study of non-adherence may indicate the true extent of this behavior and its risk factors, to plan intervention strategies. Objective: To evaluate the prevalence and risk factors of non-adherence to immunosuppressive treatment in renal transplant recipient. Methodology: Cross-sectional study performed at Hospital de Clínicas de Porto Alegre with adult kidney transplant patients with at least one year of transplantation, selected and included between March and November 2010 on outpatient care. Non-adherence to immunosuppressants was assessed by self-report, dispensing of immunosuppressive, immunosuppressant blood levels and a combination of self-report and dispensing methods. An association of non-adherence with socio-demographic and clinical variables was verified. Statistical analysis used Chi-Square test, Student’s t-test, Mann-Whitney, Kappa, and generalized linear model for Poisson and normal distribution to calculate the Prevalence Ratio (PR). Including in multivariate analysis variables with p ≤ 0.15 in the univariate analysis. Values of p < 0.05 were considered significant. Results: We studied 288 patients with non-adherence prevalence of 61.8% in self-report, 58.7% in the dispensation; 29% in the immunosuppressant blood levels, and 37.4% in the combined method. Significant associations were found of nom-adherence and: non-white and younger (self-report); activity working, tacrolimus-treated and lower immunosuppressant levels patients (dispensation); recipients living donor transplants and higher time after transplantation (blood levels); patient non-white, younger and lower immunosuppressive levels (combined method). On multivariate analysis, in the method self-reported, white (PR = 0.81) and additional year of age (PR = 0.986) were identified as protective factors for the prevalence of non-adherence. In the methods of dispensing, blood levels and combined method the PR for non-adherence was statistically significantly higher in patients using tacrolimus (PR = 1.347), recipient of living donor transplant (PR = 1.166) and non-white (PR = 1.39) respectively. Conclusion: High prevalence of non-adhesion with higher risk in younger, non-white, and live donor recipient patients was found.application/pdfporTransplante de rimImunossupressãoAdesão à medicaçãoAdherence to treatmentImmunosuppressive drugsKidney transplantAdesão aos imunossupressores em pacientes transplantados renaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000822970.pdf000822970.pdfTexto completoapplication/pdf1174701http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/39673/1/000822970.pdf3168d7486e09b9b726037e2da3abace5MD51TEXT000822970.pdf.txt000822970.pdf.txtExtracted Texttext/plain161386http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/39673/2/000822970.pdf.txtebc261cca0a0d160dca59f8f4bb2f98dMD52THUMBNAIL000822970.pdf.jpg000822970.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/39673/3/000822970.pdf.jpgf3291c6028a47267d60c0540dab6f0d1MD5310183/396732018-10-11 08:57:21.421oai:www.lume.ufrgs.br:10183/39673Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T11:57:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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