Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Carlos Sodré Soares
Orientador(a): Nesralla, Ivo Abrahao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/11508
Resumo: A doença arterial periférica (DAP) está associada com prevalência significativa de doença cardiovascular (DCV) e vários fatores de risco para o desenvolvimento da doença. 1 Estudos prospectivos usando o índice tornozelobraquial (ITB) têm demonstrado que valores baixos do índice predizem doença cardiovascular fatal e não fatal e todas as causas de mortalidade em pacientes com e sem doença cardiovascular e entre pacientes com doença arterial periférica.2 O ITB baixo também tem sido associado com acidente vascular cerebral no idoso.3 Estudos epidemiológicos freqüentemente definem com valores normais de ITB entre 0,90 e 1,50, ou se focam nos valores menores que 0,90, sem definir o limite superior de valor normal. Ao nosso conhecimento, muitos estudos têm correlacionado a relação entre valores alterados de ITB e mortalidade, mas ainda não foi demonstrada, na literatura, a relação do índice em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM).O reconhecimento da doença arterial periférica (DAP) como sensível marcador de aterosclerose sistêmica, sintomática ou não, e o aumento de cinco a seis vezes no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais tornam-se fatores decisivos para sua utilização na prática clínica. 4 O ITB torna-se importante na prática clínica pela sua facilidade de realização, permitindo aos clínicos a adoção desta ferramenta em sua prática diária. É um exame de baixo custo, não invasivo, que apresenta alta sensibilidade e especificidade em relação a exames como a arteriografia, por exemplo. A detecção de valores menores que 0.90, mesmo na ausência de outros fatores tradicionais de risco cardiovascular, determina uma condição de risco cardiovascular elevado que demanda à mudança de hábitos e adoção de medidas de prevenção secundária. Com objetivo de avaliar a relação do ITB alterado em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica e risco de morbimortalidade no pósoperatório, o presente estudo baseou-se em uma coorte histórica que envolveu 300 pacientes submetidos a CRM, no período de março de 2003 a junho de 2006, no Hospital Pompéia de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Foram coletados os fatoresde risco cardiovascular e cirúrgico para o preenchimento simultâneo do escore de risco EUROSCORE. Houve correlação dos níveis alterados do ITB com mortalidade pós-operatória e esta correlação estava diretamente aumentada de acordo com a gravidade da DAP. Não encontramos correlação do ITB com aparecimento de outras complicações pós-operatórias (infecções e acidente vascular cerebral). Verificamos que pacientes com ITB alterado (menor que 0,90) se correlacionavam com aumento nas taxas de infarto agudo do miocárdico, tanto no trans-operatório como no pós-operatório de forma não significativa estatisticamente.
id URGS_4e4a8dffe56c2346e94c9ff20d55049a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/11508
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str
spelling Santos, Carlos Sodré SoaresNesralla, Ivo Abrahao2008-01-12T05:10:28Z2006http://hdl.handle.net/10183/11508000616189A doença arterial periférica (DAP) está associada com prevalência significativa de doença cardiovascular (DCV) e vários fatores de risco para o desenvolvimento da doença. 1 Estudos prospectivos usando o índice tornozelobraquial (ITB) têm demonstrado que valores baixos do índice predizem doença cardiovascular fatal e não fatal e todas as causas de mortalidade em pacientes com e sem doença cardiovascular e entre pacientes com doença arterial periférica.2 O ITB baixo também tem sido associado com acidente vascular cerebral no idoso.3 Estudos epidemiológicos freqüentemente definem com valores normais de ITB entre 0,90 e 1,50, ou se focam nos valores menores que 0,90, sem definir o limite superior de valor normal. Ao nosso conhecimento, muitos estudos têm correlacionado a relação entre valores alterados de ITB e mortalidade, mas ainda não foi demonstrada, na literatura, a relação do índice em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM).O reconhecimento da doença arterial periférica (DAP) como sensível marcador de aterosclerose sistêmica, sintomática ou não, e o aumento de cinco a seis vezes no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais tornam-se fatores decisivos para sua utilização na prática clínica. 4 O ITB torna-se importante na prática clínica pela sua facilidade de realização, permitindo aos clínicos a adoção desta ferramenta em sua prática diária. É um exame de baixo custo, não invasivo, que apresenta alta sensibilidade e especificidade em relação a exames como a arteriografia, por exemplo. A detecção de valores menores que 0.90, mesmo na ausência de outros fatores tradicionais de risco cardiovascular, determina uma condição de risco cardiovascular elevado que demanda à mudança de hábitos e adoção de medidas de prevenção secundária. Com objetivo de avaliar a relação do ITB alterado em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica e risco de morbimortalidade no pósoperatório, o presente estudo baseou-se em uma coorte histórica que envolveu 300 pacientes submetidos a CRM, no período de março de 2003 a junho de 2006, no Hospital Pompéia de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Foram coletados os fatoresde risco cardiovascular e cirúrgico para o preenchimento simultâneo do escore de risco EUROSCORE. Houve correlação dos níveis alterados do ITB com mortalidade pós-operatória e esta correlação estava diretamente aumentada de acordo com a gravidade da DAP. Não encontramos correlação do ITB com aparecimento de outras complicações pós-operatórias (infecções e acidente vascular cerebral). Verificamos que pacientes com ITB alterado (menor que 0,90) se correlacionavam com aumento nas taxas de infarto agudo do miocárdico, tanto no trans-operatório como no pós-operatório de forma não significativa estatisticamente.Peripheral arterial disease (PAD) is associated with prevalent cardiovascular disease (CVD) and adverse CVD risk factors profile. Prospective studies using the ankle brachial index (ABI) have shown that a low ABI predicts fatal and nonfatal CHD and all-cause mortality in people with and without existing clinical coronary artery disease and among people with existing peripheral vascular disease. Low ABI has been linked with existing peripheral vascular disease. Low ABI has been linked with incident stroke in the elderly. Epidemiological studies often define the normal range of ABI as 0,90 to 1,50 or focus on persons with ABI <0,90 without defining an upper limit of normal. To our knowledge, no previous studies have evaluated the relationship between high ABI and mortality.Recognize DAP as a sensitive marker of systemic arteriosclerosis, symptomatic or not, increase risk up to 5-6 of cardiovascular fatal and non fatal events become decisive for its use in clinical practice. ABI become important in clinical practice for its facility to use, allowing to clinicians take this gun in daily use. It’s an exam with low cost, non invasive, that shows high sensibility and specificity in relation to exams like arteriography. The detection of values less than 0,90 even in the absence of others traditional markers of cardiovascular risk marks a condition of high cardiovascular risk wich demands a change in habits an adoption secondary cardiovascular prevention.application/pdfporCardiologiaÍndice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: CirurgiaPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000616189.pdf000616189.pdfTexto completoapplication/pdf2793189http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11508/1/000616189.pdf0d562268851c77846e04517f3adc1c28MD51TEXT000616189.pdf.txt000616189.pdf.txtExtracted Texttext/plain75153http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11508/2/000616189.pdf.txt82b6eadc1c09c1a83286c2966103cf28MD52THUMBNAIL000616189.pdf.jpg000616189.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1324http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11508/3/000616189.pdf.jpg4b8e9583fc45c50875daf3e0ff225eb8MD5310183/115082018-10-15 08:54:14.081oai:www.lume.ufrgs.br:10183/11508Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T11:54:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
title Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
spellingShingle Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
Santos, Carlos Sodré Soares
Cardiologia
title_short Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
title_full Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
title_fullStr Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
title_full_unstemmed Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
title_sort Índice tornozelo-braquial como preditor de risco cardiovascular nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica
author Santos, Carlos Sodré Soares
author_facet Santos, Carlos Sodré Soares
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Carlos Sodré Soares
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Nesralla, Ivo Abrahao
contributor_str_mv Nesralla, Ivo Abrahao
dc.subject.por.fl_str_mv Cardiologia
topic Cardiologia
description A doença arterial periférica (DAP) está associada com prevalência significativa de doença cardiovascular (DCV) e vários fatores de risco para o desenvolvimento da doença. 1 Estudos prospectivos usando o índice tornozelobraquial (ITB) têm demonstrado que valores baixos do índice predizem doença cardiovascular fatal e não fatal e todas as causas de mortalidade em pacientes com e sem doença cardiovascular e entre pacientes com doença arterial periférica.2 O ITB baixo também tem sido associado com acidente vascular cerebral no idoso.3 Estudos epidemiológicos freqüentemente definem com valores normais de ITB entre 0,90 e 1,50, ou se focam nos valores menores que 0,90, sem definir o limite superior de valor normal. Ao nosso conhecimento, muitos estudos têm correlacionado a relação entre valores alterados de ITB e mortalidade, mas ainda não foi demonstrada, na literatura, a relação do índice em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM).O reconhecimento da doença arterial periférica (DAP) como sensível marcador de aterosclerose sistêmica, sintomática ou não, e o aumento de cinco a seis vezes no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais tornam-se fatores decisivos para sua utilização na prática clínica. 4 O ITB torna-se importante na prática clínica pela sua facilidade de realização, permitindo aos clínicos a adoção desta ferramenta em sua prática diária. É um exame de baixo custo, não invasivo, que apresenta alta sensibilidade e especificidade em relação a exames como a arteriografia, por exemplo. A detecção de valores menores que 0.90, mesmo na ausência de outros fatores tradicionais de risco cardiovascular, determina uma condição de risco cardiovascular elevado que demanda à mudança de hábitos e adoção de medidas de prevenção secundária. Com objetivo de avaliar a relação do ITB alterado em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica e risco de morbimortalidade no pósoperatório, o presente estudo baseou-se em uma coorte histórica que envolveu 300 pacientes submetidos a CRM, no período de março de 2003 a junho de 2006, no Hospital Pompéia de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Foram coletados os fatoresde risco cardiovascular e cirúrgico para o preenchimento simultâneo do escore de risco EUROSCORE. Houve correlação dos níveis alterados do ITB com mortalidade pós-operatória e esta correlação estava diretamente aumentada de acordo com a gravidade da DAP. Não encontramos correlação do ITB com aparecimento de outras complicações pós-operatórias (infecções e acidente vascular cerebral). Verificamos que pacientes com ITB alterado (menor que 0,90) se correlacionavam com aumento nas taxas de infarto agudo do miocárdico, tanto no trans-operatório como no pós-operatório de forma não significativa estatisticamente.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2008-01-12T05:10:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/11508
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000616189
url http://hdl.handle.net/10183/11508
identifier_str_mv 000616189
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11508/1/000616189.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11508/2/000616189.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11508/3/000616189.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 0d562268851c77846e04517f3adc1c28
82b6eadc1c09c1a83286c2966103cf28
4b8e9583fc45c50875daf3e0ff225eb8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1797064904593637376