Estudo do polimorfismo do gene defb1 em pacientes com doença inflamatória intestinal e controles no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Wilson, Timothy John
Orientador(a): Roesler, Rafael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139956
Resumo: Defensinas são peptídeos antimicrobianos produzidos na mucosa intestinal e fazem parte da imunidade inata, agindo sobre vários microrganismos luminais. Deficiência na expressão de defensinas tem sido relatada em doenças inflamatórias intestinais (DII), no entanto a contribuição de cada tipo de defensina, num cenário de polimorfismo genético, mantém alguma controversa. Βeta-defensinas humanas (HBDs) têm atividade antimicrobiana contra uma ampla variedade de fungos, bactérias e vírus e têm também, um papel na ligação entre a imunidade inata e adaptativa atuando como quimiotáticos. O gene DEFB1 (8p23), codificando a beta-defensina humana 1 (HBD-1), é expresso normalmente por células epiteliais de uma série de tecidos, mas sua expressão pode variar entre indivíduos e pode ser modificada durante processo inflamatório. Produção deficiente de defensinas parece contribuir para a patogênese de DII, e uma diminuição na expressão de HBD-1 tem sido relatada na mucosa de pacientes com doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU). Nós avaliamos a possível associação de três polimorfismos do gene DEFB1 com a suscetibilidade a DII, RCU e DC, em 149 pacientes, 79 com DC e 70 com RCU; e 200 controles saudáveis do sul do Brasil. No nosso estudo não se observou diferença estatisticamente significativa entre a distribuição das frequências alélicas para DEFB1 SNPs -52G>A. -44C>G e -20G>A entre o total de pacientes com DII e controles. Porém, quando pacientes com DC foram estratificados de acordo com a localização anatômica, o alelo -20G>A foi mais frequente em pacientes com DC colônica do que em controles (65 % VS 44 %, p=0,048). De forma similar, o genótipo A/A foi mais frequente em pacientes com DC colônica do que em controles (36 % VS 16 %), mas neste caso, a diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,07). Embora não se achou uma clara e forte associação entre os SNPs 5’-UTR DEFB1 e suscetibilidade/proteção à doença inflamatória intestinal, nossos resultados sugerem possível envolvimento do gene DEFB1 nestas enfermidades, especialmente com a localização colônica da doença de Crohn. Estudos com amostras maiores e populações diversas serão úteis para avaliar a tendência observada no nosso grupo.
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spelling Wilson, Timothy JohnRoesler, Rafael2016-04-30T02:06:15Z2015http://hdl.handle.net/10183/139956000990215Defensinas são peptídeos antimicrobianos produzidos na mucosa intestinal e fazem parte da imunidade inata, agindo sobre vários microrganismos luminais. Deficiência na expressão de defensinas tem sido relatada em doenças inflamatórias intestinais (DII), no entanto a contribuição de cada tipo de defensina, num cenário de polimorfismo genético, mantém alguma controversa. Βeta-defensinas humanas (HBDs) têm atividade antimicrobiana contra uma ampla variedade de fungos, bactérias e vírus e têm também, um papel na ligação entre a imunidade inata e adaptativa atuando como quimiotáticos. O gene DEFB1 (8p23), codificando a beta-defensina humana 1 (HBD-1), é expresso normalmente por células epiteliais de uma série de tecidos, mas sua expressão pode variar entre indivíduos e pode ser modificada durante processo inflamatório. Produção deficiente de defensinas parece contribuir para a patogênese de DII, e uma diminuição na expressão de HBD-1 tem sido relatada na mucosa de pacientes com doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU). Nós avaliamos a possível associação de três polimorfismos do gene DEFB1 com a suscetibilidade a DII, RCU e DC, em 149 pacientes, 79 com DC e 70 com RCU; e 200 controles saudáveis do sul do Brasil. No nosso estudo não se observou diferença estatisticamente significativa entre a distribuição das frequências alélicas para DEFB1 SNPs -52G>A. -44C>G e -20G>A entre o total de pacientes com DII e controles. Porém, quando pacientes com DC foram estratificados de acordo com a localização anatômica, o alelo -20G>A foi mais frequente em pacientes com DC colônica do que em controles (65 % VS 44 %, p=0,048). De forma similar, o genótipo A/A foi mais frequente em pacientes com DC colônica do que em controles (36 % VS 16 %), mas neste caso, a diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,07). Embora não se achou uma clara e forte associação entre os SNPs 5’-UTR DEFB1 e suscetibilidade/proteção à doença inflamatória intestinal, nossos resultados sugerem possível envolvimento do gene DEFB1 nestas enfermidades, especialmente com a localização colônica da doença de Crohn. Estudos com amostras maiores e populações diversas serão úteis para avaliar a tendência observada no nosso grupo.Defensins are antimicrobial peptides produced by the intestinal mucosa and are part of the innate immune system, playing a protective role against various intestinal microorganisms. Deficiency in the expression of defensins has been reported in inflammatory bowel diseases (IBD), however there is some controversy over the contribution of each type of defensine, in a setting of great genetic polymorphism. Beta-defensins (HBDs) have an antimicrobial activity against a great variety of fungi, bacteria and viruses, and also have a role in connecting the innate and the adaptive immunity, acting as a chemostatic agent. Deficient production of defensins appears to contribute to the pathogenesis of IBD, and the lower expression of HBD-1 has been reported on the mucosa of Ulcerative colitis (UC) and Crohn’s disease (CD) patients. We evaluated a possible association of three polymorphisms of gene DEFB1 with susceptibility to develop IBD, UC and CD in 149 patients, 79 with CD and 70 with UC; and 200 healthy controls from the south of Brazil. The gene DEFB1 (8p23), which codifies human beta-defensin 1 (HBD-1), is constitutivelly expressed by epithelial cells of several tissues, but its expression may vary among different individuals and may be modified by inflammation. In our study we did not find a statistically significant difference between the distribution of the allelic frequencies for DEFB1 SNPs -52G>A, -44C.G and -20G>A between the total number of patients and controls. However, when patients were stratified according to the anatomic location, the allele -20G>A was more frequent in patients with colonic CD than in contros (65% VS 44%, p=0,048). Similarly, the genotype A/A was more frequent in patients with colonic CD than in controls (36% vs 16%), however, in this case, the difference wasn’t statistically significant (p=0,07). Although we did not find a clear and strong association between the 5’-UTR DEFB1 SNP and susceptibility to IBD, our results suggest a possible involvement of the DEFB1 gene and these diseases, particularlly colonic CD. Further studies with larger samples and diverse populations will be usefull to evaluate the trend observed by our group.application/pdfporDoenças inflamatórias intestinaisMicrobiotaDefensinasImunidade inataDefensinsInflammatory Bowel diseaseInnate immunityMicrobiotaEstudo do polimorfismo do gene defb1 em pacientes com doença inflamatória intestinal e controles no sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000990215.pdf000990215.pdfTexto completoapplication/pdf3509783http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139956/1/000990215.pdfc5b2e869c8e604eb9a21f2416753f72cMD51TEXT000990215.pdf.txt000990215.pdf.txtExtracted Texttext/plain244712http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139956/2/000990215.pdf.txtde045895ab76b049dc406b903ac7a856MD52THUMBNAIL000990215.pdf.jpg000990215.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1189http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139956/3/000990215.pdf.jpg5b504372c6be717226efd1ba991c571dMD5310183/1399562018-10-25 09:21:58.427oai:www.lume.ufrgs.br:10183/139956Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-25T12:21:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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