Efeitos de tarefas cognitivas no controle postural estático e dinâmico de adultas jovens e idosas caidoras e não-caidoras
Ano de defesa: | 2015 |
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Tipo de documento: | Tese |
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Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/10183/142476 |
Resumo: | O controle postural vem sendo estudado há algum tempo com o intuito de entender o complexo funcionamento do sistema de controle postural, além de servir para evitar quedas em idosos. As quedas são eventos que ocorrem em aproximadamente um terço da população idosa e podem levar a consequências muito graves, o que dá importância para o tema. A dupla-tarefa com interferência cognitivo-motora pode afetar o desempenho dos idosos na tarefa de manter o equilíbrio e aumentar o risco de quedas. Logo, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de tarefas cognitivas sobre o desempenho em tarefas de controle motor estático e dinâmico em adultas jovens (n=25) e idosas caidoras (n=20) e não-caidoras (n=21). Foram avaliados o controle postural estático em dois tipos de superfície (estável e instável) e também o desempenho na tarefa de marcha com transposição de obstáculos, durante dois tipos de tarefas cognitivas (teste de Stroop e contagem regressiva em etapas de três). ANOVAs de dois fatores foram usadas para avaliar as diferenças entre grupos e condições. O equilíbrio estático foi melhor para jovens em comparação com idosas, que não diferiram entre caidoras e não-caidoras. A tarefa de contagem regressiva piorou o equilíbrio, principalmente nas idosas. Na tarefa de ultrapassagem de obstáculos, a velocidade das idosas caidoras foi menor, mesmo sem tarefa cognitiva, sendo que a tarefa cognitiva influenciou o desempenho das idosas não-caidoras e jovens. As distâncias verticais na transposição do obstáculo foram maiores para o grupo de idosas caidoras, diferente do esperado, denotando uma segurança maior na tarefa nesses indivíduos e uma menor chance de cair nesses indivíduos. É possível que esse resultado seja relacionado ao medo de cair nesses idosas, o que levou os mesmos a realizarem uma tarefa mais cautelosa na transposição do obstáculo. Com relação às distâncias horizontais, as jovens afastaram mais o pé do obstáculo, denotando maior capacidade nessa tarefa que idosas não-caidoras e caidoras, não havendo efeito da tarefa cognitiva. Os resultados indicam que o desempenho em tarefas de controle postural estático e dinâmico é pior em idosas, sem grandes diferenças entre caidoras e não-caidoras. Na tarefa de transposição do obstáculo, as idosas optaram por uma tarefa mais cautelosa, mesmo quando nenhuma tarefa cognitiva era solicitada, ao passo que a tarefa cognitiva levou as jovens a realizar estratégia semelhante. O medo de cair que acomete o idoso pode ter levado a estratégias mais cautelosas. Conclui-se que o as tarefas cognitivas afetam o desempenho no controle postural estático em jovens e idosas e afetam o desempenho da tarefa dinâmica em jovens, principalmente. Durante a execução da tarefa de marcha com obstáculo, as idosas assumiram uma estratégia mais segura, possivelmente pelo medo de cair. Somente o teste de contagem regressiva aplicou demanda cognitiva suficiente para afetar a realização das tarefas motoras, enquanto que o teste de Stroop ajudou a tarefa motora em alguns casos. |
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Pranke, Gabriel IvanMota, Carlos Bolli2016-06-10T02:09:26Z2015http://hdl.handle.net/10183/142476000994005O controle postural vem sendo estudado há algum tempo com o intuito de entender o complexo funcionamento do sistema de controle postural, além de servir para evitar quedas em idosos. As quedas são eventos que ocorrem em aproximadamente um terço da população idosa e podem levar a consequências muito graves, o que dá importância para o tema. A dupla-tarefa com interferência cognitivo-motora pode afetar o desempenho dos idosos na tarefa de manter o equilíbrio e aumentar o risco de quedas. Logo, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de tarefas cognitivas sobre o desempenho em tarefas de controle motor estático e dinâmico em adultas jovens (n=25) e idosas caidoras (n=20) e não-caidoras (n=21). Foram avaliados o controle postural estático em dois tipos de superfície (estável e instável) e também o desempenho na tarefa de marcha com transposição de obstáculos, durante dois tipos de tarefas cognitivas (teste de Stroop e contagem regressiva em etapas de três). ANOVAs de dois fatores foram usadas para avaliar as diferenças entre grupos e condições. O equilíbrio estático foi melhor para jovens em comparação com idosas, que não diferiram entre caidoras e não-caidoras. A tarefa de contagem regressiva piorou o equilíbrio, principalmente nas idosas. Na tarefa de ultrapassagem de obstáculos, a velocidade das idosas caidoras foi menor, mesmo sem tarefa cognitiva, sendo que a tarefa cognitiva influenciou o desempenho das idosas não-caidoras e jovens. As distâncias verticais na transposição do obstáculo foram maiores para o grupo de idosas caidoras, diferente do esperado, denotando uma segurança maior na tarefa nesses indivíduos e uma menor chance de cair nesses indivíduos. É possível que esse resultado seja relacionado ao medo de cair nesses idosas, o que levou os mesmos a realizarem uma tarefa mais cautelosa na transposição do obstáculo. Com relação às distâncias horizontais, as jovens afastaram mais o pé do obstáculo, denotando maior capacidade nessa tarefa que idosas não-caidoras e caidoras, não havendo efeito da tarefa cognitiva. Os resultados indicam que o desempenho em tarefas de controle postural estático e dinâmico é pior em idosas, sem grandes diferenças entre caidoras e não-caidoras. Na tarefa de transposição do obstáculo, as idosas optaram por uma tarefa mais cautelosa, mesmo quando nenhuma tarefa cognitiva era solicitada, ao passo que a tarefa cognitiva levou as jovens a realizar estratégia semelhante. O medo de cair que acomete o idoso pode ter levado a estratégias mais cautelosas. Conclui-se que o as tarefas cognitivas afetam o desempenho no controle postural estático em jovens e idosas e afetam o desempenho da tarefa dinâmica em jovens, principalmente. Durante a execução da tarefa de marcha com obstáculo, as idosas assumiram uma estratégia mais segura, possivelmente pelo medo de cair. Somente o teste de contagem regressiva aplicou demanda cognitiva suficiente para afetar a realização das tarefas motoras, enquanto que o teste de Stroop ajudou a tarefa motora em alguns casos.Postural control has been studied in the last years to understand the hard behavior of the postural control system and to find ways to prevent falls in elderly. One third of the elderly people experiences falls during the live and falls can lead to serious consequences, being an important issue to study. Cognitive-motor interference in dual-task conditions can affect balance tasks performance on elderly and increase the risk of falls. Thus, this study aims to evaluate the effect of cognitive tasks on static and dynamic motor control tasks performances in young women (n = 25) and fallers (n = 20) and non-fallers (n = 21) older women. Static postural control in two surface conditions (stable and unstable) and obstacle negotiation task during walking were evaluated, while the subjects were performing two different cognitive tasks (Stroop task and counting backwards on steps of three) and without any cognitive task. Were performed ANOVAs with two factor to test differences between groups and conditions. Static balance was better in younger compared to old-aged, and non-fallers and fallers did not differ between themselves. Counting backward cognitive task impaired the balance especially in elderly. During obstacles negotiation tasks, the mean velocity was lower for fallers than the other groups, even without cognitive task. Cognitive tasks impaired performance of non-fallers and younger groups. Vertical distances on obstacle negotiation were higher for the fallers group, different than we expected. It means that this group performs the task safer than the others perform and has lower chance of falling. It is possible that these results are related to the elderly fear of falling, which led them to conduct a more cautious task during obstacle negotiation. Regarding to horizontal distances, young people distance more their foot from obstacle, showing increased capacity in this task than non-fallers and fallers, with no effect of cognitive task. Results indicate that static and dynamic performance on postural control tasks is worse in the elderly, without many differences between fallers and non-fallers. In obstacle negotiation task, elderly have opted for a more cautious task, even when no cognitive task was requested, while the cognitive tasks lead young people to perform similar strategy. Fear of falling that affect elderly people has led them to take more cautious strategies. We conclude that the cognitive tasks affect static postural control performances in young and old groups and affect dynamic task performance mainly in the young group. During the obstacle negotiation task, elderly have taken a safer strategy, possibly due to fear of falling in this task. Only the counting backwards task applied a sufficient cognitive demand to affect the proposed motor tasks while the Stroop task improved the performances for some variables.application/pdfporIdosoPostura corporalEquilíbrioPostural controlObstacle negotiationElderlyDual-taskCognitive-motor interferenceEfeitos de tarefas cognitivas no controle postural estático e dinâmico de adultas jovens e idosas caidoras e não-caidorasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000994005.pdf000994005.pdfTexto completoapplication/pdf1337476http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142476/1/000994005.pdfe60abaf3a46fbee4f3f7a2ea064b3777MD51TEXT000994005.pdf.txt000994005.pdf.txtExtracted Texttext/plain214719http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142476/2/000994005.pdf.txt6735be918ba7e72d0d4b4acce504f373MD52THUMBNAIL000994005.pdf.jpg000994005.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1038http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142476/3/000994005.pdf.jpg18b4c8766dec7a70c19657943e31b2c6MD5310183/1424762018-10-26 09:53:20.164oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142476Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T12:53:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O controle postural vem sendo estudado há algum tempo com o intuito de entender o complexo funcionamento do sistema de controle postural, além de servir para evitar quedas em idosos. As quedas são eventos que ocorrem em aproximadamente um terço da população idosa e podem levar a consequências muito graves, o que dá importância para o tema. A dupla-tarefa com interferência cognitivo-motora pode afetar o desempenho dos idosos na tarefa de manter o equilíbrio e aumentar o risco de quedas. Logo, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de tarefas cognitivas sobre o desempenho em tarefas de controle motor estático e dinâmico em adultas jovens (n=25) e idosas caidoras (n=20) e não-caidoras (n=21). Foram avaliados o controle postural estático em dois tipos de superfície (estável e instável) e também o desempenho na tarefa de marcha com transposição de obstáculos, durante dois tipos de tarefas cognitivas (teste de Stroop e contagem regressiva em etapas de três). ANOVAs de dois fatores foram usadas para avaliar as diferenças entre grupos e condições. O equilíbrio estático foi melhor para jovens em comparação com idosas, que não diferiram entre caidoras e não-caidoras. A tarefa de contagem regressiva piorou o equilíbrio, principalmente nas idosas. Na tarefa de ultrapassagem de obstáculos, a velocidade das idosas caidoras foi menor, mesmo sem tarefa cognitiva, sendo que a tarefa cognitiva influenciou o desempenho das idosas não-caidoras e jovens. As distâncias verticais na transposição do obstáculo foram maiores para o grupo de idosas caidoras, diferente do esperado, denotando uma segurança maior na tarefa nesses indivíduos e uma menor chance de cair nesses indivíduos. É possível que esse resultado seja relacionado ao medo de cair nesses idosas, o que levou os mesmos a realizarem uma tarefa mais cautelosa na transposição do obstáculo. Com relação às distâncias horizontais, as jovens afastaram mais o pé do obstáculo, denotando maior capacidade nessa tarefa que idosas não-caidoras e caidoras, não havendo efeito da tarefa cognitiva. Os resultados indicam que o desempenho em tarefas de controle postural estático e dinâmico é pior em idosas, sem grandes diferenças entre caidoras e não-caidoras. Na tarefa de transposição do obstáculo, as idosas optaram por uma tarefa mais cautelosa, mesmo quando nenhuma tarefa cognitiva era solicitada, ao passo que a tarefa cognitiva levou as jovens a realizar estratégia semelhante. O medo de cair que acomete o idoso pode ter levado a estratégias mais cautelosas. Conclui-se que o as tarefas cognitivas afetam o desempenho no controle postural estático em jovens e idosas e afetam o desempenho da tarefa dinâmica em jovens, principalmente. Durante a execução da tarefa de marcha com obstáculo, as idosas assumiram uma estratégia mais segura, possivelmente pelo medo de cair. Somente o teste de contagem regressiva aplicou demanda cognitiva suficiente para afetar a realização das tarefas motoras, enquanto que o teste de Stroop ajudou a tarefa motora em alguns casos. |
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