As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/10183/197599 |
Resumo: | Esta dissertação se refere a uma etnografia feita na comunidade quilombola Macaco Branco, localizada no município de Portão, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um conhecimento localizado, construído a partir de um lugar de pesquisadora mulher e mãe, em diálogo com as mulheres quilombolas que participaram da pesquisa. Primeiramente, é feita uma contextualização do quilombo dentro do paradigma da modernidade colonial, identificando uma ontologia distinta dentro da comunidade, que não separa natureza e cultura e mantém um modo coletivo de estar no território, que resiste ao êxodo rural. Localizam-se também os riscos que rondam a territorialidade quilombola numa sociedade racista e patriarcal, evidenciando a forma como raça e gênero constroem diferentes formas de estar no território para homens e mulheres. Sendo os corpos das mulheres negras os que mais correm risco no contexto da colonialidade, estes corpos são terreno fecundo para a produção da resistência, de modo que as mulheres orquestram formas de proteger o territórioterra e também seus territórios-corpos. A partir disso, é feita uma exposição do processo de fala e escuta que se deu com as mulheres, evidenciando os conhecimentos que formulam a partir de suas práticas e os desejos de mudança que as acompanham. Por fim, a medicina tradicional da chazeira Dona Olinda traz à tona a forma compartilhada de produção de conhecimento no território, através da criação de alianças com as plantas. O medo que ronda suas práticas a leva a uma luta por reconhecimento, que se lança à arena pública na esteira da emergência das comunidades quilombolas como sujeitos políticos no Brasil. |
id |
URGS_b486e2348fff5dd2366256dcad516d1d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197599 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Christo, Dirce Cristina deAnjos, José Carlos Gomes dos2019-08-03T02:31:39Z2018http://hdl.handle.net/10183/197599001098427Esta dissertação se refere a uma etnografia feita na comunidade quilombola Macaco Branco, localizada no município de Portão, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um conhecimento localizado, construído a partir de um lugar de pesquisadora mulher e mãe, em diálogo com as mulheres quilombolas que participaram da pesquisa. Primeiramente, é feita uma contextualização do quilombo dentro do paradigma da modernidade colonial, identificando uma ontologia distinta dentro da comunidade, que não separa natureza e cultura e mantém um modo coletivo de estar no território, que resiste ao êxodo rural. Localizam-se também os riscos que rondam a territorialidade quilombola numa sociedade racista e patriarcal, evidenciando a forma como raça e gênero constroem diferentes formas de estar no território para homens e mulheres. Sendo os corpos das mulheres negras os que mais correm risco no contexto da colonialidade, estes corpos são terreno fecundo para a produção da resistência, de modo que as mulheres orquestram formas de proteger o territórioterra e também seus territórios-corpos. A partir disso, é feita uma exposição do processo de fala e escuta que se deu com as mulheres, evidenciando os conhecimentos que formulam a partir de suas práticas e os desejos de mudança que as acompanham. Por fim, a medicina tradicional da chazeira Dona Olinda traz à tona a forma compartilhada de produção de conhecimento no território, através da criação de alianças com as plantas. O medo que ronda suas práticas a leva a uma luta por reconhecimento, que se lança à arena pública na esteira da emergência das comunidades quilombolas como sujeitos políticos no Brasil.This master thesis refers to an ethnography made in the maroon community Macaco Branco, located in the city of Portão, Rio Grande do Sul, Brazil. It is a localized knowledge, built from a place of researcher woman and mother, in dialogue with the maroon women who participated in the research. Firstly, a maroon contextualization is made within the paradigm of colonial modernity, identifying a distinct ontology within the community that does not separate nature and culture and maintains a collective way of being in the territory that resists the rural exodus. Also located are the risks that surround the maroon territoriality in a racist and patriarchal society, evidencing the way in which race and gender construct different forms of being in the territory for men and women. Since the bodies of black women are most at risk in the context of coloniality, these bodies are fertile ground for the production of resistance, so that women orchestrate ways to protect the land territory and also their territoriesbodies. From this, an exposition is made of the process of speaking and listening that has occurred with women, showing the knowledge they formulate from their practices and the desires for change that accompany them. Finally, the traditional medicine of the chazeira Dona Olinda brings to the fore the shared form of production of knowledge in the territory, through the creation of alliances with plants. The fear that surrounds its practices leads to a struggle for recognition, which launches into the public arena in the wake of the emergence of maroon communities as political subjects in Brazil.application/pdfporQuilombosEtnografiaGêneroMulheresRacismoMaroon womenGenderCareRacismDecolonization of knowledgeAs vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Brancoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento RuralPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001098427.pdf.txt001098427.pdf.txtExtracted Texttext/plain267409http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197599/2/001098427.pdf.txt35977705cd5f1fd7448c2f4336b4cc88MD52ORIGINAL001098427.pdfTexto completoapplication/pdf4521601http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197599/1/001098427.pdfe1a5af04424ee8899c688c3ca8055dcfMD5110183/1975992019-08-04 02:29:56.816882oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197599Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-08-04T05:29:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
title |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
spellingShingle |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco Christo, Dirce Cristina de Quilombos Etnografia Gênero Mulheres Racismo Maroon women Gender Care Racism Decolonization of knowledge |
title_short |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
title_full |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
title_fullStr |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
title_full_unstemmed |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
title_sort |
As vidas que as mulheres criam : caminhos de resistência e luta pelo território na comunidade quilombola Macaco Branco |
author |
Christo, Dirce Cristina de |
author_facet |
Christo, Dirce Cristina de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Christo, Dirce Cristina de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Anjos, José Carlos Gomes dos |
contributor_str_mv |
Anjos, José Carlos Gomes dos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Quilombos Etnografia Gênero Mulheres Racismo |
topic |
Quilombos Etnografia Gênero Mulheres Racismo Maroon women Gender Care Racism Decolonization of knowledge |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Maroon women Gender Care Racism Decolonization of knowledge |
description |
Esta dissertação se refere a uma etnografia feita na comunidade quilombola Macaco Branco, localizada no município de Portão, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um conhecimento localizado, construído a partir de um lugar de pesquisadora mulher e mãe, em diálogo com as mulheres quilombolas que participaram da pesquisa. Primeiramente, é feita uma contextualização do quilombo dentro do paradigma da modernidade colonial, identificando uma ontologia distinta dentro da comunidade, que não separa natureza e cultura e mantém um modo coletivo de estar no território, que resiste ao êxodo rural. Localizam-se também os riscos que rondam a territorialidade quilombola numa sociedade racista e patriarcal, evidenciando a forma como raça e gênero constroem diferentes formas de estar no território para homens e mulheres. Sendo os corpos das mulheres negras os que mais correm risco no contexto da colonialidade, estes corpos são terreno fecundo para a produção da resistência, de modo que as mulheres orquestram formas de proteger o territórioterra e também seus territórios-corpos. A partir disso, é feita uma exposição do processo de fala e escuta que se deu com as mulheres, evidenciando os conhecimentos que formulam a partir de suas práticas e os desejos de mudança que as acompanham. Por fim, a medicina tradicional da chazeira Dona Olinda traz à tona a forma compartilhada de produção de conhecimento no território, através da criação de alianças com as plantas. O medo que ronda suas práticas a leva a uma luta por reconhecimento, que se lança à arena pública na esteira da emergência das comunidades quilombolas como sujeitos políticos no Brasil. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-03T02:31:39Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/197599 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001098427 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/197599 |
identifier_str_mv |
001098427 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197599/2/001098427.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197599/1/001098427.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
35977705cd5f1fd7448c2f4336b4cc88 e1a5af04424ee8899c688c3ca8055dcf |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1797065130844880896 |