Análise do processo de criação de startups e de formação de suas equipes fundadoras em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Ricardo Fernandes da
Orientador(a): Closs, Lisiane Quadrado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212146
Resumo: A crescente importância das startups na economia global (CUKIER; KON; KRUEGER, 2015) somada à alta taxa de mortalidade das startups no Brasil – pelo menos 25% morrem em até um ano e 50% em até quatro anos (ARRUDA et al., 2014) – e ao reconhecimento de que a formação das equipes influencia significativamente a própria equipe e seus resultados (KLOTZ et al., 2014) motivaram esta pesquisa. A partir disso, estabeleceu-se como objetivo compreender o processo de criação das startups e de formação de suas equipes fundadoras na cidade de Porto Alegre/RS, com vistas a auxiliar na compreensão desse processo e servir também de referência para a constituição de novas startups, de forma que as intervenções geradas pelo ecossistema empreendedor sejam ainda mais assertivas. Para isso, realizou-se uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa, conduzindo-se entrevistas semiestruturadas com sócios fundadores de startups. Através da análise de conteúdo, foi possível identificar a maneira como foram formadas as startups e suas equipes, os mecanismos de formação utilizados, as principais atividades das startups, desde a ideação até a implementação, e os fatores que mais influenciaram sua constituição. Por fim, foi elaborado um quadro modelo para criação de startups e formação de suas equipes. Entre os principais resultados destacam-se: a) a busca de pessoas para compor a equipe se deu em razão de uma necessidade por recursos técnicos, financeiros ou por uma relação social anterior, mas não houve evidência de preocupação com o melhor perfil de sócio ou da equipe durante a formação das equipes fundadoras nesta pesquisa; b) nove das dez empresas entrevistadas seguiram a lógica causal de formação de equipes, ou seja, a sequência de ações ocorreu em razão dos recursos necessários à viabilidade da oportunidade e ao atingimento dos objetivos definidos pela startup; c) as equipes que iniciaram pelo mecanismo de homofilia optaram pelo mecanismo estratégico quando tiveram de realizar a substituição de um sócio e as empresas que iniciaram com o mecanismo estratégico, ao substituírem um sócio, mantiveram este mesmo mecanismo; d) como forma de atrair pessoas qualificadas para compor as equipes e superar a insuficiência de recursos financeiros, as empresas ofereceram uma proposta de participação societária, sendo ainda preciso convencer os novos membros a acreditar na ideia da startup, no modelo de negócio e no retorno futuro que poderão ter; e) a importância da experiência profissional anterior dos sócios, trazendo para a empresa habilidades já desenvolvidas, assim como a experiência empreendedora se mostraram favoráveis ao processo de constituição das startups; f) seis das dez startups surgiram em consequência das iniciativas do ecossistema de startups, sendo também responsáveis pelo suporte a quase todas as startups em algum momento do seu desenvolvimento, auxiliando nos processos de planejamento, operação e busca de investimentos. Outras instituições de apoio às startups foram citadas por suas iniciativas, como incubadoras, aceleradoras e o Sebrae. As atuais iniciativas do ecossistema de startups de Porto Alegre, que contemplam diversos propósitos de apoio, desde a apresentação e iniciação ao empreendedorismo até a aproximação com editais de financiamento e com médios e grandes investidores, foram e são fundamentais para o surgimento de novas startups. Porém neste estudo não foram encontradas evidências que comprovem existir uma preocupação com o momento da seleção dos membros para formação das equipes, nem com o desenvolvimento das pessoas e das equipes. Os mecanismos de formação de equipes descritos neste estudo retratam a forma como as equipes foram formadas, servindo apenas para caracterizar como ocorreu essa dinâmica, cabendo destacar que as equipes não utilizaram qualquer instrumento ou mecanismo para melhor formarem suas equipes.
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Para isso, realizou-se uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa, conduzindo-se entrevistas semiestruturadas com sócios fundadores de startups. Através da análise de conteúdo, foi possível identificar a maneira como foram formadas as startups e suas equipes, os mecanismos de formação utilizados, as principais atividades das startups, desde a ideação até a implementação, e os fatores que mais influenciaram sua constituição. Por fim, foi elaborado um quadro modelo para criação de startups e formação de suas equipes. Entre os principais resultados destacam-se: a) a busca de pessoas para compor a equipe se deu em razão de uma necessidade por recursos técnicos, financeiros ou por uma relação social anterior, mas não houve evidência de preocupação com o melhor perfil de sócio ou da equipe durante a formação das equipes fundadoras nesta pesquisa; b) nove das dez empresas entrevistadas seguiram a lógica causal de formação de equipes, ou seja, a sequência de ações ocorreu em razão dos recursos necessários à viabilidade da oportunidade e ao atingimento dos objetivos definidos pela startup; c) as equipes que iniciaram pelo mecanismo de homofilia optaram pelo mecanismo estratégico quando tiveram de realizar a substituição de um sócio e as empresas que iniciaram com o mecanismo estratégico, ao substituírem um sócio, mantiveram este mesmo mecanismo; d) como forma de atrair pessoas qualificadas para compor as equipes e superar a insuficiência de recursos financeiros, as empresas ofereceram uma proposta de participação societária, sendo ainda preciso convencer os novos membros a acreditar na ideia da startup, no modelo de negócio e no retorno futuro que poderão ter; e) a importância da experiência profissional anterior dos sócios, trazendo para a empresa habilidades já desenvolvidas, assim como a experiência empreendedora se mostraram favoráveis ao processo de constituição das startups; f) seis das dez startups surgiram em consequência das iniciativas do ecossistema de startups, sendo também responsáveis pelo suporte a quase todas as startups em algum momento do seu desenvolvimento, auxiliando nos processos de planejamento, operação e busca de investimentos. 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