Estudo de marcadores de monócitos/macrófagos em pacientes com esclerose sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Schneider, Laiana
Orientador(a): Chakr, Rafael Mendonça da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196656
Resumo: Base teórica: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune progressiva e caracterizada por vasculopatia e fibrose, que pode ser subclassificada em subtipo cutâneo difuso e cutâneo limitado. Sua apresentação clínica é altamente heterogênea, com acometimento da pele e órgãos internos em variado grau de gravidade e extensão e apresenta a maior taxa de letalidade entre as doenças do tecido conjuntivo. Embora a ativação do sistema imune tenha sido reconhecida há muito tempo, os mecanismos responsáveis pelo início da autoimunidade e o papel dos monócitos e macrófagos nas vias efetoras imunes da patogênese da ES permanecem pouco compreendidos. Objetivo: avaliar subpopulações de monócitos (clássicos, intermediários e não-clássicos) circulantes no sangue de pacientes com ES e possível associação destas subpopulações com manifestações da doença. Métodos: cinquenta pacientes consecutivos preenchendo os critérios de classificação ACR / EULAR de 2013 para ES foram incluídos em estudo transversal. Subpopulações de monócitos foram identificadas com base na expressão de CD64, CD14 e CD16, avaliadas por citometria de fluxo, e correlacionadas com as características clínicas dos pacientes; ainda, foram estudadas as expressões de HLA-DR, CD163, CD169 e CD206, nos monócitos. Trinta e oito indivíduos saudáveis pareados por idade e sexo foram recrutados como grupo controle. Resultados: Os pacientes com ES tiveram um aumento no número de monócitos do sangue periférico circulantes em comparação com indivíduos saudáveis. Contagens absolutas de subpopulações CD16+ de monócitos (intermediários e não-clássicos) foram maiores em pacientes com ES. Não houve associação entre subpopulações de monócitos e qualquer manifestação clínica avaliada. Pacientes com ES difusa apresentaram maior expressão de CD169. Conclusão: pacientes com ES apresentam maior contagem de todas as subpopulações de monócitos, em relação ao grupo controle, com perfil fenotípico ativado. Não houve associação entre subpopulações de monócitos e as manifestações fibróticas avaliadas. CD169 se demonstrou mais representativo na ES difusa, sendo um marcador promissor para diferenciar os subtipos da doença.
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Métodos: cinquenta pacientes consecutivos preenchendo os critérios de classificação ACR / EULAR de 2013 para ES foram incluídos em estudo transversal. Subpopulações de monócitos foram identificadas com base na expressão de CD64, CD14 e CD16, avaliadas por citometria de fluxo, e correlacionadas com as características clínicas dos pacientes; ainda, foram estudadas as expressões de HLA-DR, CD163, CD169 e CD206, nos monócitos. Trinta e oito indivíduos saudáveis pareados por idade e sexo foram recrutados como grupo controle. Resultados: Os pacientes com ES tiveram um aumento no número de monócitos do sangue periférico circulantes em comparação com indivíduos saudáveis. Contagens absolutas de subpopulações CD16+ de monócitos (intermediários e não-clássicos) foram maiores em pacientes com ES. Não houve associação entre subpopulações de monócitos e qualquer manifestação clínica avaliada. Pacientes com ES difusa apresentaram maior expressão de CD169. Conclusão: pacientes com ES apresentam maior contagem de todas as subpopulações de monócitos, em relação ao grupo controle, com perfil fenotípico ativado. Não houve associação entre subpopulações de monócitos e as manifestações fibróticas avaliadas. CD169 se demonstrou mais representativo na ES difusa, sendo um marcador promissor para diferenciar os subtipos da doença.Background: Systemic sclerosis (SSc) is a progressive autoimmune disease characterized by vasculopathy and fibrosis which can be subclassified into diffuse cutaneous (dSSc) and limited cutaneous (lSSc) subtypes. The clinical presentation is highly heterogeneous, with involvement of the skin and internal organs in varying degrees of severity and extent and has the highest rate of lethality among connective tissue diseases. Although activation of the immune system has long been recognized, the mechanisms responsible for the onset of autoimmunity and the role of monocytes and macrophages in the immune effector pathways of ES pathogenesis remain poorly understood. Objective: evaluate circulating blood monocyte subpopulations (classical, intermediate and non-classical) and their possible association with disease manifestations. Methods: fifty consecutive patients fulfilling the 2013 ACR/EULAR classification criteria for SSc were included in a cross-sectional study. subpopulations of monocytes were identified based on the expression of CD64, CD14 and CD16, evaluated by flow cytometry, correlated with the clinical characteristics of the patients; furthermore, the expression of HLA-DR, CD163, CD169 and CD206 in the monocytes was studied. Monocyte subpopulations were identified based on their CD14 and CD16 surface expression, evaluated with flow cytometry, and were correlated with patients' clinical characteristics. Thirty-eight age- and sex-matched healthy individuals were recruited as a control group. Results: SSc patients had an increased number of circulating peripheral blood monocytes compared to healthy subjects. Absolute counts of CD16+ (intermediary and non-classical) monocyte subpopulations were higher in SSc patients. lSSc subjects showed greater forced vital capacity than dSSc patients. There was no association between monocyte subpopulations and any clinical manifestation. Conclusion: we identified higher counts of all monocyte subpopulations in SSc patients, with an activated phenotypic profile as compared to control group. There was no association between monocyte subpopulations and major fibrotic manifestations. CD169 was shown to be more representative in diffuse ES, being a promising marker for differentiating subtypes of the disease.application/pdfporEscleroderma sistêmicoMonocitosMacrófagosBiomarcadoresReceptores de IgGCitometria de fluxoEstudos transversaisSystemic sclerosisCell markersMonocytesMacrophagesPathogenesisFlow cytometryEstudo de marcadores de monócitos/macrófagos em pacientes com esclerose sistêmicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001091635.pdf.txt001091635.pdf.txtExtracted Texttext/plain140019http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196656/2/001091635.pdf.txt8167ec3fbb37b39b1d9870d389e461caMD52ORIGINAL001091635.pdfTexto completoapplication/pdf2349735http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196656/1/001091635.pdfec661db7f84559cbc3766e03ff945423MD5110183/1966562022-07-29 04:49:12.85463oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196656Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-07-29T07:49:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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