“Tomas um mate?”: uma análise da cultura de consumo do chimarrão em um contexto urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Durayski, Juliana
Orientador(a): Fonseca, Marcelo Jacques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4081
Resumo: O chimarrão tem importância cultural, social e econômica para o Rio Grande do Sul. O “mate”, como é chamado pelos gaúchos, é saboreado em diferentes contextos no estado. Na cidade de Porto Alegre, é comum ver as pessoas sorvendo a bebida em casas de família, nos parques, nos ambiente de trabalho, nas universidades, nos shopping centers, dentre outros locais. Com base nesse caráter ubíquo do chimarrão na vida de boa parte dos gaúchos, o trabalho objetiva compreender a cultura de consumo do chimarrão em um cenário urbano e contemporâneo. Para isso, exploram-se os conceitos de consumo e de cultura embasados na abordagem da CCT (Consumer Culture Theory), evidenciando um diálogo entre duas áreas: antropologia e marketing/comportamento do consumidor. O delineamento proposto é qualitativo, e o método adotado foi a etnografia, que transcorreu por 6 meses na cidade de Porto Alegre, quando se frequentou parques, empresas, casas particulares e outros locais. Nesse sentido, este trabalho foi construído numa abordagem interpretativa, com o uso de múltiplas técnicas de coletas de dados, como a observação participante, a não participante, as entrevistas autodirigidas, dados visuais (fotografias do campo, recursos midiáticos), uma rede social (Facebook) e entrevistas em profundidade. Os resultados são apresentados em quatro conjuntos de categorias, a saber: 1) Autenticidade no chimarrão, 2) Motivo edênico do chimarrão, 3) Funções do chimarrão e seus significados afetivos e 4) Chimarrão – o sagrado e o profano. Os resultados obtidos em cada uma das categorias apontam que os indivíduos usam o objeto de consumo para “autenticar atos”. Isso significa que os consumidores personalizam o chimarrão para criar uma ideia de produto único: “é o meu chimarrão”, como aponta uma das informantes. Os resultados do estudo também indicam que os consumidores tomam chimarrão com o intuito de se aproximar mais da natureza e que o hábito de consumir a bebida se liga a questões afetivas que resgatam alguns sentimentos de alegria, relaxamento, paz, tranquilidade, saudade, prazer, sociabilidade e segurança. Também se percebe que atos profanadores, como, por exemplo, mexer na bomba ou não seguir a ordem da roda do chimarrão, são questionados pelo grupo ou mesmo pelo próprio indivíduo, para manter o sentimento de sacralidade. Mesmo em um contexto urbano, os consumidores expressam um comportamento de querer voltar às tradições, de manter o sagrado. Com isso, é possível inferir que as tradições estão reinventando-se sem perder a essência. Em suma, a pesquisa refletiu sobre os significados, o mercado consumidor e o sistema simbólico que permeia esse hábito, permitindo, assim, contribuir para a compreensão do fenômeno do comportamento do consumidor.
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Para isso, exploram-se os conceitos de consumo e de cultura embasados na abordagem da CCT (Consumer Culture Theory), evidenciando um diálogo entre duas áreas: antropologia e marketing/comportamento do consumidor. O delineamento proposto é qualitativo, e o método adotado foi a etnografia, que transcorreu por 6 meses na cidade de Porto Alegre, quando se frequentou parques, empresas, casas particulares e outros locais. Nesse sentido, este trabalho foi construído numa abordagem interpretativa, com o uso de múltiplas técnicas de coletas de dados, como a observação participante, a não participante, as entrevistas autodirigidas, dados visuais (fotografias do campo, recursos midiáticos), uma rede social (Facebook) e entrevistas em profundidade. Os resultados são apresentados em quatro conjuntos de categorias, a saber: 1) Autenticidade no chimarrão, 2) Motivo edênico do chimarrão, 3) Funções do chimarrão e seus significados afetivos e 4) Chimarrão – o sagrado e o profano. Os resultados obtidos em cada uma das categorias apontam que os indivíduos usam o objeto de consumo para “autenticar atos”. Isso significa que os consumidores personalizam o chimarrão para criar uma ideia de produto único: “é o meu chimarrão”, como aponta uma das informantes. Os resultados do estudo também indicam que os consumidores tomam chimarrão com o intuito de se aproximar mais da natureza e que o hábito de consumir a bebida se liga a questões afetivas que resgatam alguns sentimentos de alegria, relaxamento, paz, tranquilidade, saudade, prazer, sociabilidade e segurança. Também se percebe que atos profanadores, como, por exemplo, mexer na bomba ou não seguir a ordem da roda do chimarrão, são questionados pelo grupo ou mesmo pelo próprio indivíduo, para manter o sentimento de sacralidade. Mesmo em um contexto urbano, os consumidores expressam um comportamento de querer voltar às tradições, de manter o sagrado. Com isso, é possível inferir que as tradições estão reinventando-se sem perder a essência. Em suma, a pesquisa refletiu sobre os significados, o mercado consumidor e o sistema simbólico que permeia esse hábito, permitindo, assim, contribuir para a compreensão do fenômeno do comportamento do consumidor.Chimarrão has cultural, social and economic importance to Rio Grande do Sul. Mate, as it is called by the gauchos, is savored in different contexts in the state. In the city of Porto Alegre, seeing people sipping this beverage at home, parks, workplaces, universities, shopping malls, among other places, is very common. Based on this ubiquous feature of chimarrão in the lives of a great part of the gauchos, this paper aims at understanding the culture of consumption of chimarrão in a contemporary and urban context . In order to achieve this goal, the concepts of consumption and culture based on the Consumer Culture Theory approach are explored, showing a dialogue between the following two areas: Anthropology and Marketing/Consumer Behavior.The proposed outline is qualitative, and the adopted method was Ethnography, which lasted six months in the city of Porto Alegre, when parks, enterprises, family houses and other places were visited.Thus, this paper was written based on an interpretive approach, resorting to multiple techniques of data collection, such as participant and non-participant observation, self-directed interviews, visual data (fieldwork pictures, media ressources), a social network (Facebook) and in-depth interviews.The results are presented in four sets of categories: 1) Authenticity in chimarrão; 2) The edenic reason of chimarrão; 3) The purposes of chimarrão and its affective meanings; 4) Chimarrão – the sacred and the profane. The obtained results in each one of theses categories indicate that individuals use consumption objects in order to “grant authenticity to their actions”. This means that consumers personalize their chimarrão intending to create an idea of an unique product: “this is my chimarrão”, as one of the informers states. The results of this study also indicates that consumers drink chimarrão in order to be closer to nature and that the habit of consumming this beverage is connected with affective issues that remind some feelings of joy, relaxation, peace, tranquility, longing for the past, pleasure, sociability and security.It was also observed that profaning acts, such as stirring the bomba or not following the right order inside the chimarrão circle, are questioned by the group or by the individual himself, with a view to maintaing the feeling of sacredness. Even in an urban setting, consumers express a wish of wanting to come back to the traditions, to keep what is sacred. Therefore, inferring that the traditions are being reinvented without losing their essence is possible. In sum, this paper reflected upon the meanings, the consumer market and the symbolic system that permeate this habit, allowing, thereby, to contribute to the comprehension of the consumer behavior phenomenon.NenhumaDurayski, Julianahttp://lattes.cnpq.br/3301366924457502http://lattes.cnpq.br/9456408287543544Fonseca, Marcelo JacquesUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUnisinosBrasilEscola de Gestão e Negócios“Tomas um mate?”: uma análise da cultura de consumo do chimarrão em um contexto urbanoACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::AdministraçãoComportamento do consumidorCulturaConsumoChimarrãoEtnografiaConsumer behaviorCultureConsumptionEthnographyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4081info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINAL56.pdf56.pdfapplication/pdf3079869http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/4081/1/56.pdf4c52b1573cdd8a742ae913f9ba4c040aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82099http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/4081/2/license.txte130fff006551e19abf270f718b7ab21MD52UNISINOS/40812015-12-21 14:47:16.036oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/4081Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUj9QUklBIExJQ0VOP0EKCkVzdGEgbGljZW4/YSBkZSBleGVtcGxvID8gZm9ybmVjaWRhIGFwZW5hcyBwYXJhIGZpbnMgaW5mb3JtYXRpdm9zLgoKTGljZW4/YSBERSBESVNUUklCVUk/P08gTj9PLUVYQ0xVU0lWQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhPz9vIGRlc3RhIGxpY2VuP2EsIHZvYz8gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlID8gClVuaXZlcnNpZGFkZSBkbyBWYWxlIGRvIFJpbyBkb3MgU2lub3MgKFVOSVNJTk9TKSBvIGRpcmVpdG8gbj9vLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgCmRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cj9uaWNvIGUgCmVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyA/dWRpbyBvdSB2P2Rlby4KClZvYz8gY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGU/ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gCnBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4KClZvYz8gdGFtYj9tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjP3BpYSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IApkaXNzZXJ0YT8/byBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbj9hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmE/P28uCgpWb2M/IGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gPyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2M/IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIApuZXN0YSBsaWNlbj9hLiBWb2M/IHRhbWI/bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcD9zaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIG4/bywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1P20uCgpDYXNvIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvYz8gbj9vIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvYz8gCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3M/byBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyID8gU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIApvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW4/YSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0PyBjbGFyYW1lbnRlIAppZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZT9kbyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFRFU0UgT1UgRElTU0VSVEE/P08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9DP05JTyBPVSAKQVBPSU8gREUgVU1BIEFHP05DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyBPUkdBTklTTU8gUVVFIE4/TyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9DPyBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVM/TyBDT01PIApUQU1CP00gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQT8/RVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCkEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSAKZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vLCBlIG4/byBmYXI/IHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYT8/bywgYWw/bSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbj9hLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2015-12-21T16:47:16Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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