Análise morfológica da propriedade de compostos vegetais na conservação de tecidos cadavéricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rafael Cisne de Paula
Orientador(a): Paula de Carvalho Papa
Banca de defesa: Márcio Antônio Babinski, Silvana Lima Gorniak, Marco Aurélio Pereira Sampaio, Liza Margareth Medeiros de Carvalho Sousa
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.10.2014.tde-11092014-145542
Resumo: A solução fixadora a partir do formaldeído permanece ate os dias de hoje como o composto fixador \"padrão ouro\" para trabalho de rotina. Porém, este é classificado como cancerígeno para os seres humanos e , portanto, representa um risco para qualquer pessoa manusear. Assim, a busca por substitutos tem sido motivada, e, mais recentemente, surgiram algumas soluções alternativas com potencial para substituí-lo. A maioria destas soluções alternativas são à base de álcool , e a maior parte delas são apenas para amostras microscópicas. A partir do conhecimento de ácido tânico para estabilizar a elastina e o colágeno, diluído em glutaraldeído, para microscopia eletrônica, bem como para próteses biológicas, emerge a ideia de uma nova solução fixadora alcoólica, contendo ácido tânico como componente principal. Em análises microscópicas coração, cérebro, intestino e rins foram coletados e preservados sendo armazenados em diferentes soluções fixadoras (10 % de formalina v/v, 70 % de álcool e solução alcoólica de ácido tânico), e preparado para procedimentos histológicos de rotina. Adicionalmente, ratos wistar inteiros foram fixados com a solução alcoólica de ácido tânico ou formalina e estudantes de medicina que praticam dissecção há pelo menos 2 anos ou mais, dissecaram estes espécimes durante o curso de dissecação, como uma alternativa para adquirir habilidades básicas de cirurgia e responderam a um questionário detalhado que inferia sobre a qualidade da peça a ser dissecada. A toxicidade do composto foi analisada por ensaio \"in silico\" para o sistema respiratório e a cutis. A análise microscópica mostrou que solução à base de ácido tânico pode ser melhor que os outros fixadores comuns testados diversos parâmetros, e houve diferença entre os tecidos analisados. Entretanto, o resultado microscópico mais importante foi que esta nova solução possui forte capacidade de preservar e estabilizar a elastina e o colágeno, demonstrando resultados melhores em relação aos outros fixadores. Os resultados macroscópicos revelaram também uma superioridade da solução de ácido tânico em diversos parâmetros analisados, como odor, textura e flexibilidade durante dissecção. A toxicidade da solução de ácido tânico para cútis e sistema respiratório foi considerada moderada em relação à formalina que é considerada altamente tóxica. Concluímos que a solução fixadora de ácido tânico é eficaz para macro e para microscopia, é menos tóxica do que o formaldeído e inodora. Portanto, pode ser uma alternativa real para a evitar a utilização de formol, diminuindo os fatores de risco durante a manipulação de cadáveres e tecidos fixados.
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Assim, a busca por substitutos tem sido motivada, e, mais recentemente, surgiram algumas soluções alternativas com potencial para substituí-lo. A maioria destas soluções alternativas são à base de álcool , e a maior parte delas são apenas para amostras microscópicas. A partir do conhecimento de ácido tânico para estabilizar a elastina e o colágeno, diluído em glutaraldeído, para microscopia eletrônica, bem como para próteses biológicas, emerge a ideia de uma nova solução fixadora alcoólica, contendo ácido tânico como componente principal. Em análises microscópicas coração, cérebro, intestino e rins foram coletados e preservados sendo armazenados em diferentes soluções fixadoras (10 % de formalina v/v, 70 % de álcool e solução alcoólica de ácido tânico), e preparado para procedimentos histológicos de rotina. Adicionalmente, ratos wistar inteiros foram fixados com a solução alcoólica de ácido tânico ou formalina e estudantes de medicina que praticam dissecção há pelo menos 2 anos ou mais, dissecaram estes espécimes durante o curso de dissecação, como uma alternativa para adquirir habilidades básicas de cirurgia e responderam a um questionário detalhado que inferia sobre a qualidade da peça a ser dissecada. A toxicidade do composto foi analisada por ensaio \"in silico\" para o sistema respiratório e a cutis. A análise microscópica mostrou que solução à base de ácido tânico pode ser melhor que os outros fixadores comuns testados diversos parâmetros, e houve diferença entre os tecidos analisados. Entretanto, o resultado microscópico mais importante foi que esta nova solução possui forte capacidade de preservar e estabilizar a elastina e o colágeno, demonstrando resultados melhores em relação aos outros fixadores. Os resultados macroscópicos revelaram também uma superioridade da solução de ácido tânico em diversos parâmetros analisados, como odor, textura e flexibilidade durante dissecção. A toxicidade da solução de ácido tânico para cútis e sistema respiratório foi considerada moderada em relação à formalina que é considerada altamente tóxica. Concluímos que a solução fixadora de ácido tânico é eficaz para macro e para microscopia, é menos tóxica do que o formaldeído e inodora. Portanto, pode ser uma alternativa real para a evitar a utilização de formol, diminuindo os fatores de risco durante a manipulação de cadáveres e tecidos fixados. The fixative solution from the formaldehyde remains until nowadays as the \"gold standard\" for routine work fixative compounds. Nevertheless, it is classified as carcinogenic to humans and, therefore, represents a risk to anyone handling the solution. Thus, the search for formaldehyde substitutes has been motivated, and more recently, some alternative solutions with potential to replace it have appeared. Most of these alternative solutions are alcohol-based, and most of them are only for microscopic specimens. From the knowledge that tannic acid diluted in glutaraldehyde can stabilize elastin and collagen for electron microscopy as well as for bioprotheses, emerge the idea for a new alcoholic fixative solution, containing tanic acid as the main component. For microscopical analyses heart, brain, intestine and kidneys were collected and preserved in different fixative solutions (10% v/v regular formalin, 70% alcohol and tannic acid alcoholic solution), and prepared for routine histology procedures. Additionally, whole wistar rats were fixed in the tanic acid alcohol-based solution or formalin and medicine students, who practice dissection for at least 2 or more years, dissected the rats during the dissection course, as an alternative to acquire basic surgery skills and answered a detailed questionnaire about the quality of dissected specimen. The toxicity of the compound was analyzed by in silico tests for cutais and respiratory system. The microscopial analysis showed that tannic acid based solution could be better than others common fixatives as tested in several parameters, and there are differences among tissues. Moreover, the most important microscopic result was that this new solution showed a strong capability to preserve and stabilize elastin and collagen, shppwing better results in relation to other analysed fixatives. The macroscopial analyses also showed better results of tannic acid solution for several parameters, as odor, texture and flexibility during dissection. The toxicity of tannic acid solution for skin and respiratory system was considered moderate in relation to formaldehyde, which is considered highly toxic. We conclude that tanic acid solution is efficient to preserve tissues for macroand microscopical studies, is less toxic than formaldehyde and odorless. Therefore, it could be a real alternative to avoid the regular use of formalin, decreasing risk factors to the ones manipulating fixed corpses and tissues. https://doi.org/10.11606/T.10.2014.tde-11092014-145542info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:43:18Zoai:teses.usp.br:tde-11092014-145542Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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