Autonomia institucional e dimensões da internacionalização de Instituições de Ensino Superior brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Viviane Renata Franco de Oliveira
Orientador(a): Gilmar Masiero
Banca de defesa: Felipe Mendes Borini, Paulo de Tarso Artencio Muzy, Luciane Stallivieri
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Administração
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.12.2020.tde-07052020-202948
Resumo: A presente tese explora a relação entre autonomia institucional e internacionalização de Instituições de Ensino Superior (IESs) brasileiras. Assume-se que a sustentabilidade do processo de internacionalização de uma IES é influenciada pela configuração de sua autonomia. Do ponto de vista teórico, espera-se compreender as IESs dentro da teoria institucional e, em termos práticos, que gestores institucionais possam ampliar seu conhecimento acerca da estrutura institucional, do contexto ambiental e da utilização e atração de recursos. Esta tese está estruturada em três capítulos em formato de artigos, além da apresentação e conclusão. O segundo capítulo consiste em artigo teórico-empírico baseado no método de revisão sistemática de literatura, realizada nas bases ISI - Web of Knowledge e Scopus. Os resultados mostraram a existência de diversos fatores associados à autonomia institucional e à internacionalização neste contexto, com destaque para a influência de fatores ambientais externos. Foram também encontrados fatores organizacionais e estruturais. Dentre os elementos organizacionais sobre autonomia, a literatura frequentemente demonstra convergência; sobre a internacionalização, a tentativa de estabelecer processos prescritivos que apoiam a decisão é muito aparente entre os pesquisadores. Neste sentido, as IESs, tanto públicas quanto privadas, cada vez mais adequam suas estruturas para uma gestão mais mercadológica que consiga competir nesta realidade complexa e multidimensional. O terceiro capítulo apresenta um artigo teórico-empírico baseado na validação empírica de especialistas de nove IESs públicas contempladas pelo CAPES PrInt em 2018, por meio de um questionário estruturado e análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a autonomia institucional se apresenta em sua forma acadêmica, financeira e organizacional, com diversas limitações em função de condições do ambiente regulatório. Ao se relacionar a autonomia com a internacionalização, atestou-se nas IESs públicas a influência da autonomia acadêmica nas iniciativas de internacionalização. A internacionalização muitas vezes parte da iniciativa individual de docentes e pesquisadores, para que em outro momento seja formalmente incorporada pela IES. Constatou-se a necessidade de compreender as capacidades e motivações institucionais e consolidar a internacionalização, o que permitirá às IESs brasileiras o delineamento de estratégias flexíveis e sustentáveis que ampliem suas condições de competitividade. O quarto e último capítulo também é um artigo teórico-empírico que discute as inter-relações entre autonomia e dimensões da internacionalização de uma Instituição de Ensino Superior privada brasileira. Os resultados mostram nas IESs privadas a autonomia organizacional e financeira são mais expressivas para a internacionalização se comparadas à acadêmica, em função da falta de direcionamento desta para as necessidades da internacionalização. Foi constatado que a internacionalização ocorre de maneira formal, como uma ação estratégica institucional. No caso destas instituições o perfil institucional (se de pesquisa ou de mercado) determina a forma pela qual se concebe a internacionalização. Em IES voltadas ao mercado, constata-se a necessidade de inclusão de políticas e condições estruturais que ampliem a atuação docente na internacionalização, o que se reflete também na mobilidade de alunos.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Autonomia institucional e dimensões da internacionalização de Instituições de Ensino Superior brasileiras Institutional autonomy and dimensions of internationalization of brazilian Higher Education Institutions 2020-01-29Gilmar MasieroFelipe Mendes BoriniPaulo de Tarso Artencio MuzyLuciane StallivieriViviane Renata Franco de OliveiraUniversidade de São PauloAdministraçãoUSPBR Autonomia institucional Dimensions of internationalization Dimensões da internacionalização Higher Education Institutions Instituições de Ensino Superior Institutional autonomy A presente tese explora a relação entre autonomia institucional e internacionalização de Instituições de Ensino Superior (IESs) brasileiras. Assume-se que a sustentabilidade do processo de internacionalização de uma IES é influenciada pela configuração de sua autonomia. Do ponto de vista teórico, espera-se compreender as IESs dentro da teoria institucional e, em termos práticos, que gestores institucionais possam ampliar seu conhecimento acerca da estrutura institucional, do contexto ambiental e da utilização e atração de recursos. Esta tese está estruturada em três capítulos em formato de artigos, além da apresentação e conclusão. O segundo capítulo consiste em artigo teórico-empírico baseado no método de revisão sistemática de literatura, realizada nas bases ISI - Web of Knowledge e Scopus. Os resultados mostraram a existência de diversos fatores associados à autonomia institucional e à internacionalização neste contexto, com destaque para a influência de fatores ambientais externos. Foram também encontrados fatores organizacionais e estruturais. Dentre os elementos organizacionais sobre autonomia, a literatura frequentemente demonstra convergência; sobre a internacionalização, a tentativa de estabelecer processos prescritivos que apoiam a decisão é muito aparente entre os pesquisadores. Neste sentido, as IESs, tanto públicas quanto privadas, cada vez mais adequam suas estruturas para uma gestão mais mercadológica que consiga competir nesta realidade complexa e multidimensional. O terceiro capítulo apresenta um artigo teórico-empírico baseado na validação empírica de especialistas de nove IESs públicas contempladas pelo CAPES PrInt em 2018, por meio de um questionário estruturado e análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a autonomia institucional se apresenta em sua forma acadêmica, financeira e organizacional, com diversas limitações em função de condições do ambiente regulatório. Ao se relacionar a autonomia com a internacionalização, atestou-se nas IESs públicas a influência da autonomia acadêmica nas iniciativas de internacionalização. A internacionalização muitas vezes parte da iniciativa individual de docentes e pesquisadores, para que em outro momento seja formalmente incorporada pela IES. Constatou-se a necessidade de compreender as capacidades e motivações institucionais e consolidar a internacionalização, o que permitirá às IESs brasileiras o delineamento de estratégias flexíveis e sustentáveis que ampliem suas condições de competitividade. O quarto e último capítulo também é um artigo teórico-empírico que discute as inter-relações entre autonomia e dimensões da internacionalização de uma Instituição de Ensino Superior privada brasileira. Os resultados mostram nas IESs privadas a autonomia organizacional e financeira são mais expressivas para a internacionalização se comparadas à acadêmica, em função da falta de direcionamento desta para as necessidades da internacionalização. Foi constatado que a internacionalização ocorre de maneira formal, como uma ação estratégica institucional. No caso destas instituições o perfil institucional (se de pesquisa ou de mercado) determina a forma pela qual se concebe a internacionalização. Em IES voltadas ao mercado, constata-se a necessidade de inclusão de políticas e condições estruturais que ampliem a atuação docente na internacionalização, o que se reflete também na mobilidade de alunos. The present dissertation explores the relationship between institutional autonomy and the internationalization of Brazilian Higher Education Institutions (HEIs). It is assumed that the sustainability of the internationalization process of an HEI is influenced by the configuration of its autonomy. From theoretical perspective, it is expected to understand the HEIs within the institutional theory and, in management terms, that institutional managers can broaden their knowledge about the institutional structure, the environmental context and the use and attraction of resources. This dissertation contains three chapters in the format of academic papers, besides the presentation and conclusion. The second chapter consists of a theoretical-empirical article based on the systematic literature review method, carried out on the ISI - Web of Knowledge and Scopus bases. The results showed the existence of several factors associated with institutional autonomy and internationalization in this context, highlighting the influence of external environmental factors. Organizational and structural factors were also found. Among the organizational elements about autonomy, the literature converges. Regarding internationalization, the attempt to establish prescriptive processes that support manager´s decision is perceptible. In this sense, both public and private HEIs are increasingly adapting their structures to more marketable management that can compete in this complex and multidimensional reality. The third chapter presents a theoretical-empirical article based on the empirical validation of experts from nine public HEIs contemplated by CAPES PrInt in 2018, through structured questionnaire and content analysis. The results showed that institutional autonomy presents itself in its academic, financial and organizational form, with several limitations due to regulatory environment conditions. By relating autonomy to internationalization, the influence of academic autonomy on internationalization initiatives was attested in public HEIs. At first, internationalization is often part of the individual initiative of teachers and researchers to be formally incorporated by HEI. It is necessary to understand institutional capacities and motivations in order to consolidate internationalization, which will allow Brazilian HEIs to design flexible and sustainable strategies that expand their competitive conditions. The fourth and final chapter is also a theoretical-empirical article that discusses the interrelationships between autonomy and dimensions of internationalization of a private Brazilian HEI. The results show in private HEIs the organizational and financial autonomy is more expressive for internationalization compared to the academic type, due to the lack of institutional direction. It was found that internationalization occurs formally as a strategic institutional action. In the case of these institutions, the institutional profile (research or market) determines the way in which internationalization is conceived. In market-oriented HEIs, it takes the inclusion of policies and structural conditions that expand teaching performance in internationalization, which is also reflected in student mobility https://doi.org/10.11606/T.12.2020.tde-07052020-202948info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:23:31Zoai:teses.usp.br:tde-07052020-202948Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-07-03T21:15:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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