O \"entablamento\" em derrames basálticos da Bacia do Paraná: aspectos genéticos e caracterização geotécnica

• Ano de defesa: 1992
• Autor(a) principal: Nahor Neves de Souza Junior
• Orientador(a): Antenor Braga Paraguassu
• Banca de defesa: Alfredo Jose Simon Bjornberg, Nivaldo Jose Bosio, Jayme de Oliveira Campos, Osmar Sinelli
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
• Programa de Pós-Graduação: Geotecnia
• País: BR
• Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.18.1992.tde-17122021-173620

O entablamento, uma feição estrutural típica dos derrames basálticos do Grupo Rio Columbia (E.U.A.), corresponde a uma rocha seccionada por densa rede de juntas de resfriamento, com orientação subvertical predominante. Define-se, nesse caso, um modelo de gênese em que se admite a inundação de derrames de lava, por águas continentais de superfície. O resfriamento do corpo de lava, então submerso, se processa de maneira extremamente rápida, originando o intenso diaclasamento. Identifica-se o mesmo litótipo basáltico, porém em ocorrências relativamente mais raras, nos derrames da Bacia do Paraná. Procede-se então, pela primeira vez, a atividades de reconhecimento e análise de determinadas condições páleo-climáticas, eventualmente presentes por ocasião do vulcanismo Serra Geral e diretamente ligadas à formação do entablamento. Verifica-se ainda, que, em entablamentos não afetados intempérica ou tectonicamente, as juntas estreitamente espaçadas, mas fortemente seladas e/ou perfeitamente imbricadas, isolam pequenos blocos de rocha intacta de resistência mecânica muito alta. Este conjunto lito-estrutural, confere ao entablamento um comportamento geotécnico comprovadamente adequado, como civis de grande porte. Comportamento, suporte rochoso em obras igualmente apropriado ou satisfatório, verifica-se ao caracterizar-se tecnologicamente o material rochoso do entablamento, visando seu emprego como material de construção.