Qualidade espacial para pessoas com deficiência intelectual: investigando modos de obter a opinião de crianças pequenas com Sí­ndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Virginia Magliano Queiroz
Orientador(a): Sheila Walbe Ornstein
Banca de defesa: Doris Catharine Cornelie Knatz Kowaltowski, Maria Elisabete Lopes, Rosaria Ono
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.16.2019.tde-23072019-143737
Resumo: As crianças pequenas, com idade entre 4 e 7 anos, ainda são pouco reconhecidas como protagonistas dos estudos acadêmicos, notadamente em Arquitetura e Urbanismo, embora desde a década de 1970 essa inquietação esteja presente na literatura. No Brasil é relativamente recente a preocupação em considerá-las interlocutoras competentes para fornecerem informações sobre si mesmas (as primeiras teses nesse campo datam do início dos anos 2000), participação notada sobretudo em estudos que utilizaram observação participante, nos quais ocasionalmente as crianças foram contatadas. Essa situação está se modificando, mas a passos lentos, pois ouvir crianças pequenas não é tarefa fácil, em especial aquelas com deficiência intelectual. A psicologia, a educação e a sociologia, por vezes, consideram a opinião de crianças pequenas com deficiência, apesar de poucos estudos abrirem espaço para a voz daquelas com deficiência intelectual. Os pesquisadores em campos de Arquitetura e Urbanismo se aventuraram ainda menos nessa área, logo, pouco se sabe sobre a opinião dessas crianças sobre o ambiente, principalmente em relação à percepção e à qualificação espacial. Ao investigar tal questão, esta tese objetiva adaptar e aplicar à Arquitetura e Urbanismo instrumentos de coleta de dados provenientes de psicologia, educação e sociologia, direcionados a crianças pequenas com deficiência intelectual. A tese é resultado de pesquisa de caráter qualitativo, exploratório e interdisciplinar, por meio de revisão bibliográfica e estudos de caso em quatro instituições especializadas no atendimento de pessoas com deficiência intelectual. A elaboração e a aplicação dos instrumentos de pesquisa especialmente preparados para interlocução com crianças pequenas com Síndrome de Down têm ancoragem nas entrevistas com profissionais e nos grupos focais com pais de crianças atendidas pelos mesmos. Os dados coletados permitem a elaboração de diretrizes específicas para o aperfeiçoamento do material técnico desenvolvido e indica modos para facilitar o planejamento e a realização de pesquisas voltadas para esse público-alvo. Espera-se, assim, contribuir para futuras pesquisas que considerem a opinião destes usuários no que tange à qualidade espacial dos ambientes em que se inserem e, ao mesmo tempo, apoiar arquitetos e urbanistas no exercício profissional voltado a este perfil de usuários.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Qualidade espacial para pessoas com deficiência intelectual: investigando modos de obter a opinião de crianças pequenas com Sí­ndrome de Down Spatial quality for people with intellectual disabilities: investigating ways to obtain the opinion of young children with Down\'s Syndrome 2019-04-08Sheila Walbe OrnsteinGleice Virginia Medeiros de Azambuja ElaliDoris Catharine Cornelie Knatz KowaltowskiMaria Elisabete LopesRosaria OnoVirginia Magliano QueirozUniversidade de São PauloArquitetura e UrbanismoUSPBR Children with intellectual disability Crianças com deficiência intelectual Down Syndrome Instrumentos metodológicos Methodological tools Qualidade espacial Síndrome de Down Spatial quality As crianças pequenas, com idade entre 4 e 7 anos, ainda são pouco reconhecidas como protagonistas dos estudos acadêmicos, notadamente em Arquitetura e Urbanismo, embora desde a década de 1970 essa inquietação esteja presente na literatura. No Brasil é relativamente recente a preocupação em considerá-las interlocutoras competentes para fornecerem informações sobre si mesmas (as primeiras teses nesse campo datam do início dos anos 2000), participação notada sobretudo em estudos que utilizaram observação participante, nos quais ocasionalmente as crianças foram contatadas. Essa situação está se modificando, mas a passos lentos, pois ouvir crianças pequenas não é tarefa fácil, em especial aquelas com deficiência intelectual. A psicologia, a educação e a sociologia, por vezes, consideram a opinião de crianças pequenas com deficiência, apesar de poucos estudos abrirem espaço para a voz daquelas com deficiência intelectual. Os pesquisadores em campos de Arquitetura e Urbanismo se aventuraram ainda menos nessa área, logo, pouco se sabe sobre a opinião dessas crianças sobre o ambiente, principalmente em relação à percepção e à qualificação espacial. Ao investigar tal questão, esta tese objetiva adaptar e aplicar à Arquitetura e Urbanismo instrumentos de coleta de dados provenientes de psicologia, educação e sociologia, direcionados a crianças pequenas com deficiência intelectual. A tese é resultado de pesquisa de caráter qualitativo, exploratório e interdisciplinar, por meio de revisão bibliográfica e estudos de caso em quatro instituições especializadas no atendimento de pessoas com deficiência intelectual. A elaboração e a aplicação dos instrumentos de pesquisa especialmente preparados para interlocução com crianças pequenas com Síndrome de Down têm ancoragem nas entrevistas com profissionais e nos grupos focais com pais de crianças atendidas pelos mesmos. Os dados coletados permitem a elaboração de diretrizes específicas para o aperfeiçoamento do material técnico desenvolvido e indica modos para facilitar o planejamento e a realização de pesquisas voltadas para esse público-alvo. Espera-se, assim, contribuir para futuras pesquisas que considerem a opinião destes usuários no que tange à qualidade espacial dos ambientes em que se inserem e, ao mesmo tempo, apoiar arquitetos e urbanistas no exercício profissional voltado a este perfil de usuários. Young children, ages 4 to 7, are still little recognized as protagonists of academic studies, notably in Architecture and Urbanism, even though since the 1970s this concern is already present on literature. In Brazil, the preoccupation in considering young children as competent interlocutors to provide information on themselves are relatively recent (first dissertations on this field are from the early 2000s). Such participation is noted mainly in studies that utilized participant observation, in which children were occasionally contacted. This situation is changing, however gradually, because listening to young children is no easy task, especially those with intellectual disability. Psychology, Education and Sociology often consider young children with disability\'s opinion, although few studies open space for those with intellectual disability. The researchers on the fields of Architecture and Urbanism venture even less on that particular field, thus, little is known about those children\'s opinion on the environment, mainly related to the perception and spatial qualification. Investigating such question, this thesis aims to adapt and apply to Architecture and Urbanism tools for data collection coming from Psychology, Education and Sociology, directed to Young children with intellectual disability. Assuming the qualitative, exploratory and interdisciplinary characters of the thesis, an extensive bibliographical review supports the realization of case studies in four institutions that are specialized on taking care for people with intellectual disability. At an early stage, we developed specialist panels (interviews with professional and focal groups with parents of those children), which aided on elaboration and application of research tools specially prepared for interlocution with young children with Down Syndrome. The collected data allowed elaboration of specific guidelines to the improvement of the technical material developed indicating methods to facilitate planning and realization of researches to that target audience. It is expected, then, to contribute to future researches that consider the opinion of these users on what\'s relative to the spatial quality of the environments in which they are inserted, and at the same time, support architects and urbanists on exercising their profession referent to this user profile. https://doi.org/10.11606/T.16.2019.tde-23072019-143737info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:58:49Zoai:teses.usp.br:tde-23072019-143737Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-20T23:21:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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