Estado de saúde e adesão ao tratamento de pacientes atendidos em ambulatório especializado em anticoagulação oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fabiana Bolela
Orientador(a): Rosana Aparecida Spadoti Dantas
Banca de defesa: Ariana Rodrigues da Silva Carvalho, Camilo Molino Guidoni, Manoel Antonio dos Santos, Andre Schmidt
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Enfermagem Fundamental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.22.2013.tde-26092013-193814
Resumo: Estudo exploratório, de delineamento longitudinal, com 81 pacientes em uso de anticoagulante oral e que foram avaliados durante internação e dois meses após a alta. Os objetivos foram acompanhar a evolução quanto á terapia de anticoagulação oral e adesão ao tratamento; comparar o estado geral de saúde e a presença de sintomas de ansiedade e depressão. Foram utilizados instrumentos específicos para avaliar adesão ao tratamento medicamentoso (Medida de Adesão aos Tratamentos), estado geral de saúde (Escala Visual Analógica) e presença de sintomas de ansiedade (HADS-Ansiedade) e depressão (HADS- Depressão). As análises estatísticas realizadas foram: Teste t de Student pareado para comparar as médias do estado geral de saúde e da HADS; Modelo Linear de Efeitos Mistos para analisar a associação entre estado geral de saúde, ansiedade, depressão e tempo de avaliação no estudo. O nível de significância adotado foi 0,05. Entre os participantes, 54,3% eram mulheres, com idade média de 59,5 anos e nível médio de instrução de 5,1 anos. A principal indicação clínica para uso do medicamento foi formação de trombos (34,6%), sendo a varfarina o anticoagulante oral mais utilizado (97,5%). Dois meses após a alta, todos os pacientes foram classificados como aderentes ao tratamento e 42% mantiveram o INR na faixa terapêutica. As diferenças entre as médias do estado geral de saúde, HADS-Ansiedade e HADS-Depressão durante a internação e dois meses após a alta não foram estatisticamente significantes (p=0,78; p=0,27 e p=0,40, respectivamente). Em relação á presença de ansiedade, quando associamos as duas variáveis de forma categórica, com e sem sintomas, e o tempo de avaliação, 38 (46,9%) pacientes foram classificados como \"sem sintomas\" de ansiedade e 22 (27,1%) \"com sintomas\", sendo esta associação estatisticamente significante (p<0,001). Para depressão, a maioria (55; 67,9%) foi classificada como \"sem sintomas\" e 11 (13,6%) \"com sintomas\", sendo tal associação estatisticamente significante (p<0,001). Ao analisarmos as médias do estado geral de saúde segundo tempo e grupo de sintomas, resultados estatisticamente significantes foram obtidos apenas quando comparamos os valores entre os grupos sem sintomas de depressão (M=80,5; D.P.=23,46) e com sintomas (M=62,5; D.P.=26,07) (p=0,021), dois meses após a alta e quando comparamos as médias do grupo com sintomas de depressão, na internação (M= 75,37; D.P.=25,02) e dois meses após a alta (M=62,5; D.P.=26,07) (p=0,046). Identificar o perfil clínico de pacientes em uso de anticoagulante oral, desde a internação até dois meses de seguimento ambulatorial; conhecer sua percepção sobre estado de saúde, presença de sintomas de ansiedade e de depressão e a adesão ao tratamento são ações importantes a serem consideradas no atendimento desses pacientes. Tais resultados poderão ser utilizados para nortear mudanças na organização do ambulatório de anticoagulação oral e no planejamento da assistência de enfermagem a tais pacientes.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Estado de saúde e adesão ao tratamento de pacientes atendidos em ambulatório especializado em anticoagulação oral Health condition and treatment adherence of patients attended at a specialized oral anticoagulation outpatient clinic 2013-07-15Rosana Aparecida Spadoti DantasAriana Rodrigues da Silva CarvalhoCamilo Molino GuidoniManoel Antonio dos SantosAndre SchmidtFabiana BolelaUniversidade de São PauloEnfermagem FundamentalUSPBR Adesão ao tratamento Ansiedade Anticoagulant drugs Anticoagulantes Anxiety Depressão Depression Estado geral de saúde General health status Treatmen adherence Estudo exploratório, de delineamento longitudinal, com 81 pacientes em uso de anticoagulante oral e que foram avaliados durante internação e dois meses após a alta. Os objetivos foram acompanhar a evolução quanto á terapia de anticoagulação oral e adesão ao tratamento; comparar o estado geral de saúde e a presença de sintomas de ansiedade e depressão. Foram utilizados instrumentos específicos para avaliar adesão ao tratamento medicamentoso (Medida de Adesão aos Tratamentos), estado geral de saúde (Escala Visual Analógica) e presença de sintomas de ansiedade (HADS-Ansiedade) e depressão (HADS- Depressão). As análises estatísticas realizadas foram: Teste t de Student pareado para comparar as médias do estado geral de saúde e da HADS; Modelo Linear de Efeitos Mistos para analisar a associação entre estado geral de saúde, ansiedade, depressão e tempo de avaliação no estudo. O nível de significância adotado foi 0,05. Entre os participantes, 54,3% eram mulheres, com idade média de 59,5 anos e nível médio de instrução de 5,1 anos. A principal indicação clínica para uso do medicamento foi formação de trombos (34,6%), sendo a varfarina o anticoagulante oral mais utilizado (97,5%). Dois meses após a alta, todos os pacientes foram classificados como aderentes ao tratamento e 42% mantiveram o INR na faixa terapêutica. As diferenças entre as médias do estado geral de saúde, HADS-Ansiedade e HADS-Depressão durante a internação e dois meses após a alta não foram estatisticamente significantes (p=0,78; p=0,27 e p=0,40, respectivamente). Em relação á presença de ansiedade, quando associamos as duas variáveis de forma categórica, com e sem sintomas, e o tempo de avaliação, 38 (46,9%) pacientes foram classificados como \"sem sintomas\" de ansiedade e 22 (27,1%) \"com sintomas\", sendo esta associação estatisticamente significante (p<0,001). Para depressão, a maioria (55; 67,9%) foi classificada como \"sem sintomas\" e 11 (13,6%) \"com sintomas\", sendo tal associação estatisticamente significante (p<0,001). Ao analisarmos as médias do estado geral de saúde segundo tempo e grupo de sintomas, resultados estatisticamente significantes foram obtidos apenas quando comparamos os valores entre os grupos sem sintomas de depressão (M=80,5; D.P.=23,46) e com sintomas (M=62,5; D.P.=26,07) (p=0,021), dois meses após a alta e quando comparamos as médias do grupo com sintomas de depressão, na internação (M= 75,37; D.P.=25,02) e dois meses após a alta (M=62,5; D.P.=26,07) (p=0,046). Identificar o perfil clínico de pacientes em uso de anticoagulante oral, desde a internação até dois meses de seguimento ambulatorial; conhecer sua percepção sobre estado de saúde, presença de sintomas de ansiedade e de depressão e a adesão ao tratamento são ações importantes a serem consideradas no atendimento desses pacientes. Tais resultados poderão ser utilizados para nortear mudanças na organização do ambulatório de anticoagulação oral e no planejamento da assistência de enfermagem a tais pacientes. This exploratory and longitudinal research involved 81 patients under oral anticoagulation treatment, who were evaluated during hospitalization and two months after discharge. The objectives were to follow the patients\' clinical evolution, considering the oral anticoagulation therapy and treatment adherence; and to compare the general health condition and the presence of anxiety and depression symptoms. Specific instruments were used to assess adherence to medication treatment (Treatment Adherence Measure), general health condition (visual analogue scale) and the presence of anxiety (HADS-Anxiety) and depression symptoms (HADS-depression). For the sake of statistical analysis, the following were applied: Student\'s paired t-test to compare the mean scores for the general health condition and HADS scores; the Linear Fixed Effects Model to analyze the association between general health condition, anxiety, depression and research moment. Significance was set at 0.05. Among the participants, 54.3% were women, with a mean age of 59.5 years and a mean education time of 5.1 years. The main clinical indication for medication use was the formation of thrombi (34.6%), with warfarin as the most used oral anticoagulant drug (97.5%). AT two months after discharge, all patients were classified as adherent to the treatment and 42% maintained their INR within the therapeutic range. The differences between the mean general health, HADS-Anxiety and HADS-Depression scores during hospitalization and two months after discharge were not statistically significant (p=0.78; p=0.27 and p=0.40, respectively). As regards the presence of anxiety, when the two variables are associated categorically, with and without symptoms, and the research moment, 38 (46.9%) patients were classified as \"without symptoms\" of anxiety and 22 (27.1%) \"with symptoms\", with a statistically significant association (p<0.001). As for depression, the majority (55; 67.9%) was classified as \"without symptoms\" and 11 (13.6%) \"with symptoms\", a statistically significant association (p<0.001). The analysis of the mean general health condition scores according to the research moment and group of symptoms only revealed statistically significant results when comparing the groups without (M=80.5; S.D.=23.46) and with symptoms (M=62.5; S.D.=26.07) (p=0.021) two months after the discharge and when comparing the mean scores for the group with depression symptoms during hospitalization (M= 75.37; S.D.=25.02) and two months after the discharge (M=62.5; S.D.=26.07) (p=0.046). Identifying the clinical profile of patients under oral anticoagulant therapy since hospitalization and after two months of outpatient monitoring and getting to know their perceived health condition, presence of anxiety and depression symptoms and treatment adherence are important actions for consideration in care delivery to these patients. These results can be used to guide changes in the organization of the oral anticoagulation outpatient clinic and in nursing care planning for these patients. https://doi.org/10.11606/T.22.2013.tde-26092013-193814info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T20:14:03Zoai:teses.usp.br:tde-26092013-193814Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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