Análise dos fatores que atuam no aqüífero fissural: área piloto dos Estados da Paraíba e R. G. do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Waldir Duarte Costa
Orientador(a): Aldo da Cunha Reboucas
Banca de defesa: Paul Qualifik, Georg Robert Sadowski, Adelbani Braz da Silva, Maria Szikszay
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Recursos Minerais e Hidrogeologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.44.1987.tde-01072015-101619
Resumo: A região semi-árida do nordeste do Brasil sofre secularmente o angustiante problema da seca, mercê de seu clima, onde a evaporação ultrapassa a precipitação. O regime pluviométrico é torrencial, com distribuição extremamente irregular das precipitações em poucos meses do ano, o que redunda em regime fluvial com escoamento restrito aos períodos chuvosos. Esse quadro de deficiência hídrica superficial, é sobretudo acentuado nos domínios de ocorrência das rochas metamórficas e magmáticas, de idade precambriana, desprovidas de importantes mantos de alteração e cobrindo cerca de 450.000 km². As rochas sedimentares, com melhores condições aquíferas, abrangem uma área equivalente, compreendendo a bacia do Parnaiba, no Piaui (500.000 km²), a bacia do Jacaré/Salitre na Bahia (70.000 km²), bacias costeiras de Apodi, R. G. do Norte (com 20.000 km²), Pernambuco/Paraiba (13.000 km²) e Alagoas/Sergipe (12.000 km²), além das bacias intracratônicas de Recôncavo/Tucano/Jatobá (56.000 km²). Outras pequenas bacias sedimentares intracontinentais de pequans dimensões, ocorrem na região, como a Chapada do Araripe (PE/CE), Bacia do Rio do Peixe (PB), Bacias Iguatu-Icó (CE), dentre outras, que somadas chegam a casa dos 25.000 km². Além do problema apresentado pela precária infiltração e armazenamento, ocorre paralelamente um outro, que é a elevada salinização das águas subterrâneas acumuladas nas zonas aqüíferas das rochas que compõem o substrato geológico precambriano da região semi-árida do Nordeste. O comportamento hidrogeológico das rochas duras fraturadas, denominadas pelo autor, de aqüífero fissural (COSTA, 1980) é bastante complexo na região nordestina, e os poços ali perfurados, cerca de 50.000, apresentam os mais variados resultados. Destacam-se, com efeito, o elevado número de poços secos (cerca de 40%), a pequena vazão média obtida de aproximadamente 2.500 l/h e o elevado resíduo seco cuja média é de 3.000 mg/l. Não obstante, ocorrem situações muito favoráveis, as quais constituem estímulo à perfuração de poços nessa região. Esta situação decorre de muitos fatores, destacando-se as locações aleatórias, quer por ausência de técnicos qualificados nas empresas de perfuração que atuam na área, quer pela ingerência dos proprietários no processo de locação do poço, ou ainda pelas improvisações impostas pelos planos de emergência ou das tristementes famosas \"operação paliteiro\". O conhecimento da problemática do cristalino aumenta muito as chances de obtenção de bons resultados, a partir de locações tecnicamente bem conduzidas, conforme tem demonstrado a prática. No presente trabalho, buscou-se estabelecer os melhores critérios de locação de um poço, a partir da análise dos diversos fatores que atuam na hidrogeologia do aqüífero fissural. Para que pudesse ser bem entendido o problema, iniciou-se o estudo pela análise dos fatores físio-climáticos regionais, passando-se ao mecanismo de origem tectônico e lito-estrutural de geração de zonas aqüíferas. A dinâmica de fluxos da água em fraturas foi analisada, compreendendo os aspectos morfolágicos e de comportamento do fluído.
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