Aspectos epidemiológicos da encefalite por arbovirus na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, no período de 1975 a 1978

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Lygia Busch Iversson
Orientador(a): Oswaldo Paulo Forattini
Banca de defesa: Victorio Barbosa, José Alberto Neves Candeias, Edmundo Juarez, Paul Qualifik
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Saúde Pública
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-03082016-161956
Resumo: Foi realizado um estudo epidemiológico da epidemia de encefalite por arbovírus na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, durante o período de março de 1975 a julho de 1978. A epidemia, iniciada em 1975, atingiu o pico em 1976. A partir de 1978 a moléstia se manteve em níveis baixos sob presumível endemicidade. A letalidade nos anos epidêmicos de 1976 e 1977 variou em sentido inverso ao da morbidade, que apresentou picos nas épocas de maior temperatura e pluviosidade. Ao que parece, a epidemia teria se deslocado em onda em direção leste-oeste e leste-sudoeste tendo atingido a região litorânea vizinha. A cadeia montanhosa situada ao norte e noroeste teria atuado como barreira à propagação da moléstia. Considerou-se a hipótese que o agente etiológico, arbovírus Rocio, só recentemente deva ter começado a infectar a população humana, tendo sido veiculado ao homem a partir de reservatórios silvestres, aves e pequenos mamíferos, por culicídeos silvestres. Discutiram-se também prováveis formas de transmissão domiciliar da arbovirose ocorrida em número bem menor de casos. Verificou-se que os grupos populacionais que apresentaram as formas mais graves da doença foram os das idades extremas e os de piores condições de vida. Considerou-se que a perspectiva epidemiológica desta arbovirose é que ela persista na região, uma vez que existem condições ótimas para o desenvolvimento dO agente etiológico, de reservatórios e de vetores biológicos, além do contínuo afluxo de população suscetível, constituída por migrantes ou por turistas.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Aspectos epidemiológicos da encefalite por arbovirus na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, no período de 1975 a 1978 Epidemiological aspects of encephalitis caused by arbovirus in the Ribeira Valley region, São Paulo, Brazil, in 1975 and 1978 1979-05-18Oswaldo Paulo ForattiniVictorio BarbosaJosé Alberto Neves CandeiasEdmundo JuarezPaul QualifikLygia Busch IverssonUniversidade de São PauloSaúde PúblicaUSPBR Arbovirus Encefalite por Arbovírus Encephalitis Epidemiologia Epidemiology Foi realizado um estudo epidemiológico da epidemia de encefalite por arbovírus na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, durante o período de março de 1975 a julho de 1978. A epidemia, iniciada em 1975, atingiu o pico em 1976. A partir de 1978 a moléstia se manteve em níveis baixos sob presumível endemicidade. A letalidade nos anos epidêmicos de 1976 e 1977 variou em sentido inverso ao da morbidade, que apresentou picos nas épocas de maior temperatura e pluviosidade. Ao que parece, a epidemia teria se deslocado em onda em direção leste-oeste e leste-sudoeste tendo atingido a região litorânea vizinha. A cadeia montanhosa situada ao norte e noroeste teria atuado como barreira à propagação da moléstia. Considerou-se a hipótese que o agente etiológico, arbovírus Rocio, só recentemente deva ter começado a infectar a população humana, tendo sido veiculado ao homem a partir de reservatórios silvestres, aves e pequenos mamíferos, por culicídeos silvestres. Discutiram-se também prováveis formas de transmissão domiciliar da arbovirose ocorrida em número bem menor de casos. Verificou-se que os grupos populacionais que apresentaram as formas mais graves da doença foram os das idades extremas e os de piores condições de vida. Considerou-se que a perspectiva epidemiológica desta arbovirose é que ela persista na região, uma vez que existem condições ótimas para o desenvolvimento dO agente etiológico, de reservatórios e de vetores biológicos, além do contínuo afluxo de população suscetível, constituída por migrantes ou por turistas. An epidemiological study of the encephalitis epidemic by arbovirus was carried out in Ribeira River Valley, State of São Paulo, Brazil, from March 1975 to July 1978. The epidemic began in 1975 and reached its peak in 1976. From 1978 onwards the disease maintained low levels in a presurnable endemicity. The lethality of the disease in the epidemic years of 1976 and 1977 varied in the opposite direction of its morbility, which presented peaks when the temperature and pluvial levels were higher. It seems that the epidemic swept from east to west and from east to southwest in a wave towards the neighbouring coastland region. The mountain chain situated towards the north and northwest acted as a barrier to the spreading of the disease. The hypothesis that the etiological agent, arbovirus Rocio, must have infected the human population recently, having been veiculated to man from forest reservoirs, birds and small mammals, by wild mosquitoes, was considered. Probable forms of domiciliar transmission of the arbovirosis which ocurred in a significantly smaller number of cases were also discussed. It was verified that the population groups which presented the worst forms of the disease were those at extreme ages and those under worst living conditions. It was considered that the epidemiological perspective of the arbovirosis is that it ought to persist in the area, as it presents excellent conditions for the development of the etiological agent, reservoirs and biological vectors, besides continuously receiving susceptible people, migrants or tourists. https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-03082016-161956info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:08:30Zoai:teses.usp.br:tde-03082016-161956Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:05:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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