Avaliação citológica e histopatológica de linfonodos regionais em cães portadores de mastocitomas de graus 1, 2 ou 3 e sua importância na determinação da sobrevida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Juliana Vieira Cirillo
Orientador(a): Maria Lucia Zaidan Dagli
Banca de defesa: Thais Andrade Costa Casagrande, Cristina de Oliveira Massoco Salles Gomes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Patologia Experimental e Comparada
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.10.2016.tde-05082015-152857
Resumo: Mastocitomas são neoplasias muito prevalentes em cães, e podem ser classificados em graus 1, 2 ou 3 de acordo com características morfológicas. O objetivo deste projeto foi investigar a presença de metástases de mastocitomas caninos de graus 1, 2 ou 3 em linfonodos regionais, procurando correlaciona-las ao intervalo livre de doença e à sobrevida dos animais. Para isto, avaliamos os parâmetros clínicos dos animais e das neoplasias em 57 cães portadores de mastocitoma cutâneo, registrando-se a porcentagem dos casos que apresentaram metástases, o grau histológico da neoplasia e a sobrevida dos animais. Realizou-se análise citológica dos linfonodos regionais previamente ao procedimento cirúrgico e posteriormente estes linfonodos foram excisados junto com a neoplasia primária, independentemente do resultado da citologia. Os tumores foram graduados por histopatologia e submetidos à análise imunoistoquímica com c-kit e Ki-67. Os linfonodos foram avaliados por histopatologia, por análise histoquímica e por imunoistoquímica com c-kit. Foi realizada comparação entre o diagnóstico citológico e histopatológico dos linfonodos quanto à presença de metástases e entre fatores prognósticos associados à neoplasia e a presença de metástase em linfonodo. A citologia demonstrou ser um bom exame na detecção de metástase em linfonodo de cães portadores de mastocitoma cutâneo, e foram observadas células metastáticas em 36 casos (36/46). Na análise histológica dos linfonodos, observamos um maior índice de metástase nos animais diagnosticados com mastocitomas de grau 3, segundo a graduação de Patnaik, e com mastocitomas de alto grau, segundo a graduação de Kiupel. No entanto, não encontramos uma associação significativa entre a presença de metástase em linfonodo e o grau histológico da neoplasia. O grau histológico associou-se à sobrevida independentemente da presença de metástase em linfonodo. Não houve associação entre o padrão de expressão da proteína KIT na neoplasia com a presença de metástase em linfonodo, nem a sobrevida. A utilização da imunoistoquímica em linfonodos metastáticos com c-kit foi um método eficaz, com predomínio do mesmo padrão de marcação da proteína KIT na neoplasia primária e no linfonodo. A expressão de Ki-67 na neoplasia correlacionou-se à presença de metástase em linfonodo e à uma menor sobrevida e intervalo livre de doença nos animais que apresentavam mastocitomas com índice de Ki-67 acima de 23. Na análise da sobrevida, não observamos diferença na sobrevida, nem no intervalo livre de doença, comparando-se os animais que apresentavam metástase em linfonodo e aqueles que não apresentavam, entretanto o índice de óbito e de progressão da doença neste estudo foram baixos. O intervalo livre de doença e sobrevida média não foram alcançados ao final do estudo. Os resultados sugerem que a presença de metástase em linfonodo não deve ser considerada como um fator prognóstico independente em cães diagnosticados com mastocitoma cutâneo, uma vez que outros fatores prognósticos, bem como a utilização de tratamentos adjuvantes, podem interferir de forma significativa na evolução destes pacientes.
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O objetivo deste projeto foi investigar a presença de metástases de mastocitomas caninos de graus 1, 2 ou 3 em linfonodos regionais, procurando correlaciona-las ao intervalo livre de doença e à sobrevida dos animais. Para isto, avaliamos os parâmetros clínicos dos animais e das neoplasias em 57 cães portadores de mastocitoma cutâneo, registrando-se a porcentagem dos casos que apresentaram metástases, o grau histológico da neoplasia e a sobrevida dos animais. Realizou-se análise citológica dos linfonodos regionais previamente ao procedimento cirúrgico e posteriormente estes linfonodos foram excisados junto com a neoplasia primária, independentemente do resultado da citologia. Os tumores foram graduados por histopatologia e submetidos à análise imunoistoquímica com c-kit e Ki-67. Os linfonodos foram avaliados por histopatologia, por análise histoquímica e por imunoistoquímica com c-kit. Foi realizada comparação entre o diagnóstico citológico e histopatológico dos linfonodos quanto à presença de metástases e entre fatores prognósticos associados à neoplasia e a presença de metástase em linfonodo. A citologia demonstrou ser um bom exame na detecção de metástase em linfonodo de cães portadores de mastocitoma cutâneo, e foram observadas células metastáticas em 36 casos (36/46). Na análise histológica dos linfonodos, observamos um maior índice de metástase nos animais diagnosticados com mastocitomas de grau 3, segundo a graduação de Patnaik, e com mastocitomas de alto grau, segundo a graduação de Kiupel. No entanto, não encontramos uma associação significativa entre a presença de metástase em linfonodo e o grau histológico da neoplasia. O grau histológico associou-se à sobrevida independentemente da presença de metástase em linfonodo. Não houve associação entre o padrão de expressão da proteína KIT na neoplasia com a presença de metástase em linfonodo, nem a sobrevida. A utilização da imunoistoquímica em linfonodos metastáticos com c-kit foi um método eficaz, com predomínio do mesmo padrão de marcação da proteína KIT na neoplasia primária e no linfonodo. A expressão de Ki-67 na neoplasia correlacionou-se à presença de metástase em linfonodo e à uma menor sobrevida e intervalo livre de doença nos animais que apresentavam mastocitomas com índice de Ki-67 acima de 23. Na análise da sobrevida, não observamos diferença na sobrevida, nem no intervalo livre de doença, comparando-se os animais que apresentavam metástase em linfonodo e aqueles que não apresentavam, entretanto o índice de óbito e de progressão da doença neste estudo foram baixos. O intervalo livre de doença e sobrevida média não foram alcançados ao final do estudo. Os resultados sugerem que a presença de metástase em linfonodo não deve ser considerada como um fator prognóstico independente em cães diagnosticados com mastocitoma cutâneo, uma vez que outros fatores prognósticos, bem como a utilização de tratamentos adjuvantes, podem interferir de forma significativa na evolução destes pacientes. Mast cell tumors are very prevalent in dogs, and can be classified in grades 1, 2 or 3 according to morphological characteristics.The aim of this study was to investigate the presence of metastases in regional lymph nodes of grade 1, 2 or 3 canine mast cell tumors, and correlate its presence to the disease-free interval and survival of the animals. For this, we evaluated the clinical parameters of animals and tumors in 57 dogs with cutaneous mast cell tumor, registering the percentage of cases with metastasis, histological grade of the tumor and survival of the animals. Cytological analysis of regional lymph nodes were performed prior to surgery and then these lymph nodes were excised along with the primary tumor, regardless of the result of cytology. The tumors were graded by histopathology and submitted to immunohistochemical analysis with c-kit and Ki-67. The lymph nodes were evaluated by histopathology, histochemistry and immunohistochemistry with c-kit. We compared the cytological and histopathological diagnosis of lymph nodes for the presence of metastases and compared prognostic factors associated with the primary tumor and the presence of metastasis in lymph node. Cytology proved to be a good method in detecting lymph node metastasis in dogs with cutaneous mast cell tumors and metastatic cells were observed in 36 cases (36/46). In the histological analysis of the lymph nodes, we observed a higher rate of metastasis in animals diagnosed with grade 3 mast cell tumors, according to the Patnaik grading system, and with high-grade mast cell tumors, according to the Kiupel grading system. However, we have not found a significant association between the presence of metastasis in lymph nodes and the histological grade of the tumors. Histological grade associated with survival independent of the presence of lymph node metastasis. In addition, there was no association between the pattern of KIT protein expression in the primary tumor and lymph node metastasies or survival. The use of immunohistochemistry in metastatic lymph nodes with c-kit is an effective method, with prevalence of the same KIT pattern in primary tumor and lymph node. The expression of Ki-67 in the primary tumor correlated with lymph node metastasis, survival and disease-free-time, and it was observed in animals in which mast cell tumors had a Ki-67 index higher than 23. In survival analysis, we observed no difference in survival or in disease-free interval, comparing the animals with lymph node metastasis and those who did not had, though the death rate and disease progression in this study were low. The disease-free interval and median survival were not reached at the end of the study. The results suggest that the presence of lymph node metastasis should not be considered as an independent prognostic factor in dogs diagnosed with cutaneous mast cell tumors, since other prognostic factors, as well as the establishment of adjuvant treatment, can interfere significantly with the progression of these patients. https://doi.org/10.11606/D.10.2016.tde-05082015-152857info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:16:23Zoai:teses.usp.br:tde-05082015-152857Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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