Histologia comparativa das alterações medulares provocadas pela reparação da dura-máter em ratos
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Ortopedia e Traumatologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Link de acesso: | https://doi.org/10.11606/D.5.2009.tde-04082010-172034 |
Resumo: | A durotomia acidental, na cirurgia da coluna lombar, é uma das mais comuns complicações, com uma prevalência de 1 a 17%. As fraturas da coluna também podem apresentar-se com lesão dural, chegando a 19% nas fraturas tipo explosão da coluna torácica ou lombar com lesão associada da lâmina vertebral. Procurou-se avaliar as alterações medulares que ocorreram apos a reparação de lesão dural com pontos do tipo simples, com cola de fibrina e com colágeno bovino, através de análise histológica. Manteve-se um grupo controle, sem reparação. Utilizaram-se 70 ratos da raça Wistar, sendo que 34 foram excluídos por problemas anestésicos ou intra-operatórios. Mantiveram-se nove ratos por grupo. Abordaram-se os segmentos vertebrais T8 e T9, para efetuar a lesão, que foi reparada pelos três diferentes métodos avaliados. Os animais permaneceram confinados por 24 dias, sendo submetidos à eutanásia com a coleta de material para análise histológica. O Serviço de Patologia avaliou e graduou (ausente, discreto, moderado e acentuado) os casos quanto à hiperemia, degeneração medular, necrose e infiltrado celular. De forma geral, as técnicas de reparo apresentaram resultados com maior grau de alteração, principalmente em relação ao infiltrado celular, onde todas as técnicas mostraram resultados bem piores. A sutura apresentou graus mais severos de necrose, hiperemia e infiltrado celular. A membrana de colágeno apresentou resultados com graus mais elevados de alteração em relação à hiperemia, à degeneração da substância nervosa e ao infiltrado celular. A reparação com cola de fibrina apresentou piora em relação ao grau de necrose e de infiltrado celular. A presença de alterações medulares em todos os grupos, até mesmo no grupo controle, levou a cogitar algumas possíveis causas para os resultados: as alterações medulares seriam geradas pela técnica cirúrgica ocorrendo uma lesão iatrogênica medular, mas sem repercussão clinica; os materiais estudados poderiam causar alterações no tecido neural; o simples contato do tecido neural com o meio extra-dural, após a lesão, seria a causa das alterações levando à mesma cascata de alterações que ocorre nas lesões medulares traumáticas. Apesar de todos os grupos apresentarem alterações medulares, ficou evidente que as de maior intensidade ocorreram nos grupos que utilizaram materiais de fechamento dural. Os métodos de reparação dural ainda não são os ideais, mas existe o consenso que a lesão deve ser reparada sempre na forma aguda, a fim de evitar e prevenir complicações e seqüelas. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Histologia comparativa das alterações medulares provocadas pela reparação da dura-máter em ratos Comparative histological analysis of spinal cord alterations caused by dura mater repairing in Wistar rats 2009-03-30Reginaldo Perilo OliveiraElcio LandimMarcos Antonio Almeida MatosFabricio Chies BarcelosUniversidade de São PauloOrtopedia e TraumatologiaUSPBR Colágeno Collagen Dura mater Dura-máter/lesões Fibrin Fibrina Injury Reabilitação Repair Suturas Suture A durotomia acidental, na cirurgia da coluna lombar, é uma das mais comuns complicações, com uma prevalência de 1 a 17%. As fraturas da coluna também podem apresentar-se com lesão dural, chegando a 19% nas fraturas tipo explosão da coluna torácica ou lombar com lesão associada da lâmina vertebral. Procurou-se avaliar as alterações medulares que ocorreram apos a reparação de lesão dural com pontos do tipo simples, com cola de fibrina e com colágeno bovino, através de análise histológica. Manteve-se um grupo controle, sem reparação. Utilizaram-se 70 ratos da raça Wistar, sendo que 34 foram excluídos por problemas anestésicos ou intra-operatórios. Mantiveram-se nove ratos por grupo. Abordaram-se os segmentos vertebrais T8 e T9, para efetuar a lesão, que foi reparada pelos três diferentes métodos avaliados. Os animais permaneceram confinados por 24 dias, sendo submetidos à eutanásia com a coleta de material para análise histológica. O Serviço de Patologia avaliou e graduou (ausente, discreto, moderado e acentuado) os casos quanto à hiperemia, degeneração medular, necrose e infiltrado celular. De forma geral, as técnicas de reparo apresentaram resultados com maior grau de alteração, principalmente em relação ao infiltrado celular, onde todas as técnicas mostraram resultados bem piores. A sutura apresentou graus mais severos de necrose, hiperemia e infiltrado celular. A membrana de colágeno apresentou resultados com graus mais elevados de alteração em relação à hiperemia, à degeneração da substância nervosa e ao infiltrado celular. A reparação com cola de fibrina apresentou piora em relação ao grau de necrose e de infiltrado celular. A presença de alterações medulares em todos os grupos, até mesmo no grupo controle, levou a cogitar algumas possíveis causas para os resultados: as alterações medulares seriam geradas pela técnica cirúrgica ocorrendo uma lesão iatrogênica medular, mas sem repercussão clinica; os materiais estudados poderiam causar alterações no tecido neural; o simples contato do tecido neural com o meio extra-dural, após a lesão, seria a causa das alterações levando à mesma cascata de alterações que ocorre nas lesões medulares traumáticas. Apesar de todos os grupos apresentarem alterações medulares, ficou evidente que as de maior intensidade ocorreram nos grupos que utilizaram materiais de fechamento dural. Os métodos de reparação dural ainda não são os ideais, mas existe o consenso que a lesão deve ser reparada sempre na forma aguda, a fim de evitar e prevenir complicações e seqüelas. This study aimed to evaluate spinal cord alterations after dural repair with: simple interrupted suture, collagen membrane or fibrin glue using histopathogical analysis. All activities were performed in the São Paulo University Medical School General Hospital Traumatology and Orthopedic Division. Seventy Wistar rats were used, but 34 were excluded due to anesthetic or surgery problems. Animals were kept isolated for 24 days, then killed and histological samples collected. Pathology Division assessed and graduated hyperemia, spinal cord degeneration, necrosis and cellular infiltration. Repair techniques provided higher alteration, mostly in cellular infiltration. Suture showed more severe necrosis, hyperemia and cellular infiltrates graduations. Collagen membrane provided higher alterations related to hyperemia, nerve degeneration and cellular infiltrates. Fibrin glue reparation had worse results in necrosis and cellular infiltrates graduation.Spine cord alterations in all groups, including control group, made us suppose possible reasons for the results: spine cord changes would be caused by surgical technique as iatrogenic injury, without clinical meaning; studied material would cause alterations in neural tissue; contact of neural tissue with extra dural environment, after injury, leading to the same mechanisms present in spinal cord traumatic injury. Despite all groups showed spinal cord alterations it was clear a higher intensity of injury when dural closing material were used. There is no ideal choice for dural repair material and more research is warranted to find better form of repairing dura mater. https://doi.org/10.11606/D.5.2009.tde-04082010-172034info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:12:10Zoai:teses.usp.br:tde-04082010-172034Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A durotomia acidental, na cirurgia da coluna lombar, é uma das mais comuns complicações, com uma prevalência de 1 a 17%. As fraturas da coluna também podem apresentar-se com lesão dural, chegando a 19% nas fraturas tipo explosão da coluna torácica ou lombar com lesão associada da lâmina vertebral. Procurou-se avaliar as alterações medulares que ocorreram apos a reparação de lesão dural com pontos do tipo simples, com cola de fibrina e com colágeno bovino, através de análise histológica. Manteve-se um grupo controle, sem reparação. Utilizaram-se 70 ratos da raça Wistar, sendo que 34 foram excluídos por problemas anestésicos ou intra-operatórios. Mantiveram-se nove ratos por grupo. Abordaram-se os segmentos vertebrais T8 e T9, para efetuar a lesão, que foi reparada pelos três diferentes métodos avaliados. Os animais permaneceram confinados por 24 dias, sendo submetidos à eutanásia com a coleta de material para análise histológica. O Serviço de Patologia avaliou e graduou (ausente, discreto, moderado e acentuado) os casos quanto à hiperemia, degeneração medular, necrose e infiltrado celular. De forma geral, as técnicas de reparo apresentaram resultados com maior grau de alteração, principalmente em relação ao infiltrado celular, onde todas as técnicas mostraram resultados bem piores. A sutura apresentou graus mais severos de necrose, hiperemia e infiltrado celular. A membrana de colágeno apresentou resultados com graus mais elevados de alteração em relação à hiperemia, à degeneração da substância nervosa e ao infiltrado celular. A reparação com cola de fibrina apresentou piora em relação ao grau de necrose e de infiltrado celular. A presença de alterações medulares em todos os grupos, até mesmo no grupo controle, levou a cogitar algumas possíveis causas para os resultados: as alterações medulares seriam geradas pela técnica cirúrgica ocorrendo uma lesão iatrogênica medular, mas sem repercussão clinica; os materiais estudados poderiam causar alterações no tecido neural; o simples contato do tecido neural com o meio extra-dural, após a lesão, seria a causa das alterações levando à mesma cascata de alterações que ocorre nas lesões medulares traumáticas. Apesar de todos os grupos apresentarem alterações medulares, ficou evidente que as de maior intensidade ocorreram nos grupos que utilizaram materiais de fechamento dural. Os métodos de reparação dural ainda não são os ideais, mas existe o consenso que a lesão deve ser reparada sempre na forma aguda, a fim de evitar e prevenir complicações e seqüelas. |
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