Modelo para avaliação das forças de externalidades em Redes Interorganizacionais Aglomeradas (RIA)

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Betim, Leozenir Mendes
• Orientador(a): Resende, Luis Mauricio Martins de
• Banca de defesa: Mosconi, Elaine Paiva, Trojan, Flavio, Pontes, Joseane, Resende, Luis Mauricio Martins de, Raiher, Augusta Pelinski
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Ponta Grossa
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Externalidades (Economia); Relações interorganizacionais; Redes de negócios; Desempenho; Externalities (Economics); Interorganizational relations; Business networks; Performance
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA DE PRODUCAO
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4420

Esta tese teve como objetivo o desenvolvimento de um modelo para avaliação das forças de externalidades em Redes Interorganizacionais Aglomeradas (RIA). Para isto, realizou-se uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) com o auxílio da metodologia Methodi Ordinatio. A partir da RSL foi possível a construção do portifólio bibliográfico formado por 176 artigos, sendo esses os que embasaram os conceitos chaves para o desenvolvimento do modelo. A revisão bibliográfica permitiu constatar que os estudos tratam as externalidades em RIA como forças que atuam de duas formas: aquelas que fazem com as empresas se aglomerem e obtenham vantagens competitivas e aquelas de repulsão que tendem a desestimular ou limitar a concentração e permanência de empresas. Essas duas forças denominadas de “forças de externalidades” foram caracterizadas como (i) Forças centrípetas, representando as externalidades positivas e (ii) Forças centrífugas, representando as externalidades negativas. Considerou-se nesse estudo o desdobramento dessas forças em 6 dimensões e 29 variáveis, formando assim a base teórica do modelo. Quanto a estrutura operacional do modelo, foram estabelecidas 3 fases de execução. Na Fase 1 utilizou-se o método multicritério de apoio a decisão Analytic Hierarchy Process (AHP) para a atribuição e ponderação dos níveis de intensidade as variáveis. Com base nos valores extraídos da aplicação do método AHP, seguiu-se com a Fase 2 que possibilitou o desenvolvimento de uma ferramenta para o diagnóstico das forças de externalidades em RIA e assim tornando exequível a construção de um diagrama representativo Forças centrípetas x Forças centrífugas, do qual possibilita avaliar o posicionamento geral da RIA e em particular de cada empresa participante. Na Fase 3 utilizou-se o método Decision-Making Trial and Evaluation Laboratory (DEMATEL) para analisar a interdependência entre as variáveis em cada dimensão, dividindo-as em grupos de causa e efeito. Nesta fase é realizado um prognóstico da RIA, apontando possíveis ações estratégicas para a sua manutenção e desenvolvimento evolutivo. Como teste e validação do modelo, foi realizada a aplicação empírica em uma RIA, denominada Arranjo Produtivo Local de Utensílios Domésticos e Produtos de Alumínio do Sudoeste do Paraná. Como principais implicações, obteve-se um modelo consistente e com o diferencial de avaliar tanto as forças centrípetas, representadas por externalidades positivas, como as forças centrífugas, representadas por externalidades negativas. Ainda, o modelo forma uma estrutura flexível e adaptável as particularidades de RIA de segmentos diferentes. O modelo surge como instrumento de apoio no sentido de que as forças centrífugas se tornem um diferencial competitivo para a RIA, atraindo investimento e desenvolvimento, bem como a realização de ações emergentes que possam corrigir as causas e efeitos gerados pelas forças centrífugas.