Cultivo in vitro, diversidade genética e análise bibliométrica de mandioquinha-salsa

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Candido, Danieli Ferneda
• Orientador(a): Finatto, Taciane
• Banca de defesa: Farias, Daniel da Rosa , Pelegrini, Luciana Luiza , Oliveira, Marisa de Cacia , Stefanello, Suzana , Finatto, Taciane
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Pato Branco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Biotecnologia; Melhoramento genético; Genética vegetal; Marcadores genéticos; Biotechnology; Breeding; Plant genetics; Genetic markers
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29845

A mandioquinha-salsa é uma hortaliça tuberosa cultivada em diversos países, sendo o Brasil o maior produtor. A espécie é propagada vegetativamente e o plantio é limitado a poucas cultivares. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento in vitro e a diversidade genética de cultivares de mandioquinha-salsa e, por meio de uma análise bibliométrica, mensurar o estado da arte das publicações, e pesquisas com a cultura. Para os estudos de propagação in vitro conduziram-se três experimentos. No primeiro foi avaliado o efeito do fotoperíodo (10, 12 e 14 h) em diferentes cultivares (Amarela de Senador Amaral, BRS Catarina 64 e BRS Rubia 41). No segundo, foi avaliada a resposta in vitro das cultivares e no terceiro experimento, foi avaliada a resposta das cultivares em diferentes combinações de GA3 e AIB. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado e comparados pelo teste de Tukey a 5%. Para o estudo da diversidade genética, 11 genótipos foram analisados utilizando-se 10 iniciadores SSR. A similaridade genética foi analisada pelo coeficiente de Dice e o dendrograma foi construído pelo método de agrupamento UPGMA. O estado da arte foi mensurado por meio de uma análise bibliométrica, que consistiu em uma pesquisa na base Web of Science, utilizando-se os termos “Arracacia xanthorrhiza”, “arracacha”, “peruvian carrot” e “mandioquinha-salsa”. O intervalo de tempo utilizado foi entre os anos 1967 e 2021 e o arquivo gerado foi analisado no pacote bibliometrix, utilizando-se a extensão biblioshiny. Em todos os genótipos houve abundante regeneração in vitro. Não se observou efeito do fotoperíodo no desenvolvimento das cultivares e a resposta in vitro foi distinta de acordo com as cultivares. As cultivares que melhor responderam à proliferação de brotos foram BRS Catarina 64 e BRS Rubia 41. BRS Catarina 64 apresentou melhores respostas para número de brotos e folhas em meio com GA3 e AIB. A análise da diversidade genética resultou na formação de quatro grupos. Dos 11 genótipos estudados, oito pertencem ao mesmo grupo e a similaridade média foi de 0,76, enfatizando a baixa variabilidade genética existente na cultura. O genótipo que apresentou menor similaridade com os demais foi BRS Acarijó 56. A análise bibliométrica demonstrou que a mandioquinha-salsa é pouco explorada pela comunidade científica e os estudos são direcionados principalmente às propriedades físico-químicas do amido, sendo o Brasil o país de maior destaque nas pesquisas. Novos estudos envolvendo pesquisas com mandioquinha-salsa são importantes, tanto para subsidiar seu cultivo pelos agricultores, quanto para ampliar a variabilidade genética existente na cultura.