Entre cartas e conversas: por uma política de pesquisa feminista e contra-colonial para a Psicologia Social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Battistelli, Bruna Moraes
Orientador(a): Costa, Luciano Bedin da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264316
Resumo: O que acolhe uma Política de Pesquisa Feminista e contra-colonial? Acolhe muitas histórias, narrativas vindas de muitos mundos e modos de andar pela Terra, assim como, insiste que é precisamos que discutamos nossa implicação com a formação e com a sala de aula. Não há pesquisa que não envolva aprendizagem e desta forma, a partir da composição com interlocutoras/es de muitos lugares do Brasil, Portugal e Moçambique, cinco cartas-ensaios foram escritas. Cartas-ensaios são coleções de cartas (escritas pela autora da tese ou ofertadas a ela por parceiras/os de pesquisa) e com elas foi possível discutir o erótico como força motriz para a pesquisa em Psicologia Social, bem como tratar as ofertas dadas como pedrinhas miudinhas que devem ser cuidadas para que o encanto seja a força que movimenta o fazer pesquisa, que por aqui acontece por meio de cartas e conversas. Desta forma, funcionando como uma máquina do tempo, que movimenta passado, futuro e presente, os diálogos que compõem as muitas cartas escritas e trocadas, as conversas endereçadas e sonhadas tratam de temas que são chaves importantes para o trabalho com a pesquisa em Psicologia Social: a aprendizagem de modos de andar no mundo, a celebração do que aprendemos com quem vem antes de nós, o enfrentamento às políticas de opressão e dominação (de raça, classe, gênero). Esse é um trabalho escrito a partir da pactuação com a politização do eu, ou seja, enquanto acompanha o percurso de pesquisa da autora, acompanha como foi viver em uma pandemia e envolta em um cenário político ultraconservador. Uma tese que sonha florir um mundo amoroso por meio de ações de pesquisa, ensino e extensão que sustentem o conflito e permitam que habitemos a universidade em nossas diferenças, e que no enfrentamento aos sistemas de dominação, consigamos sustentar que florir e amar são verbos que dialogam com o conflito, com a luta, com a raiva e com o desejo de transformação social.