Movimentos de ensinar e aprender matemática em convivência
Ano de defesa: | 2019 |
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Resumo: | Esta Tese, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul, emergiu de uma experiência que teve como foco cartografar o fluir de uma professora (que também foi a pesquisadora) e seus alunos convivendo sob o enfoque teórico da Biologia do Conhecer. Esse movimento cartográfico revelou dinâmicas pedagógicas, pistas, possibilidades, entendidas como processualidades, com potencial de desencadear convivências que favoreceram a construção dos conceitos matemáticos (mais especificamente os relacionados à geometria). A opção de utilizar a Biologia do Conhecer como referencial teórico deve-se, principalmente, ao fato de acreditarmos que a mesma oferece instrumentos conceituais que podem auxiliar a repensar e propor alternativas de renovação para os processos de ensinar e aprender matemática, baseados na transformação dos sujeitos envolvidos. A escolha da Cartografia como método teve como propósito perceber, de forma mais ampla, a experiência de convivência que se desenvolveu num Nicho de Aprendizagem Matemática, buscando, assim, clarificar a dinamicidade do percurso e contemplando diferentes aspectos. O foco do estudo dessa pesquisa constituiu-se no mapeamento e na compreensão das transformações/aprendizagens que ocorreram no cotidiano de uma turma de oito (08) alunos do 8º ano do Ensino Fundamental convivendo, semanalmente, com a professora de matemática numa escola municipal de Caxias do Sul/RS, durante os meses de agosto a novembro de 2017. Essa convivência foi permeada por dinâmicas pedagógicas que emergiram da exploração do Minecraft, um software educativo que propicia o desenvolvimento da autonomia, da criticidade, da criatividade e das percepções matemáticas espaciais. O cartografar dessa experiência de convivência possibilitou evidenciar vários elementos que podem se constituir em processualidades para enriquecer a aprendizagem dos conceitos matemáticos, entre eles: a importância dos processos de ensinar e aprender matemática estarem apoiados em dinâmicas que favoreçam a cocriação pedagógica, a conversação (conversar com emoção), o conviver (estar junto com legitimidade), a escuta atenta (abrir-se para ouvir sem julgamentos ou pré-conceitos), o acoplamento, bem como o “respeito e aceitação do outro como legítimo outro”. Também foi possível evidenciar a importância do(a) professor(a) e alunos se perceberem como “parceiros de aprendizagem”, isto é, pessoas compartilhando saberes, experimentando diferentes formas de ser, de viver, de ensinar e de aprender, transformando e sendo transformados, por meio da convivência. Tratase da emergência de uma outra maneira de enxergar e de entender os processos de ensinar e aprender: a Pedagogia do Conviver. Essa proposição educativa intenciona romper com os moldes convencionais de ensino, pois parte da ideia de que não existe nada a priori que precise ser feito para que ocorra a aprendizagem; ao invés disso, pressupõe o acolhimento e a valorização de tudo o que emerge da convivência, visando a desencadear dinâmicas pedagógicas que poderão levar a complexificação do pensamento matemático. |
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Giron, Graziela RossettoValentini, Carla BeatrisRech, JaneLaurino, Débora PereiraPellanda, Nize Maria CamposSoares, Eliana Maria do Sacramento2019-11-12T11:54:30Z2019-11-12T11:54:30Z2019-11-122019-06-24https://repositorio.ucs.br/11338/5140Esta Tese, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul, emergiu de uma experiência que teve como foco cartografar o fluir de uma professora (que também foi a pesquisadora) e seus alunos convivendo sob o enfoque teórico da Biologia do Conhecer. Esse movimento cartográfico revelou dinâmicas pedagógicas, pistas, possibilidades, entendidas como processualidades, com potencial de desencadear convivências que favoreceram a construção dos conceitos matemáticos (mais especificamente os relacionados à geometria). A opção de utilizar a Biologia do Conhecer como referencial teórico deve-se, principalmente, ao fato de acreditarmos que a mesma oferece instrumentos conceituais que podem auxiliar a repensar e propor alternativas de renovação para os processos de ensinar e aprender matemática, baseados na transformação dos sujeitos envolvidos. A escolha da Cartografia como método teve como propósito perceber, de forma mais ampla, a experiência de convivência que se desenvolveu num Nicho de Aprendizagem Matemática, buscando, assim, clarificar a dinamicidade do percurso e contemplando diferentes aspectos. O foco do estudo dessa pesquisa constituiu-se no mapeamento e na compreensão das transformações/aprendizagens que ocorreram no cotidiano de uma turma de oito (08) alunos do 8º ano do Ensino Fundamental convivendo, semanalmente, com a professora de matemática numa escola municipal de Caxias do Sul/RS, durante os meses de agosto a novembro de 2017. Essa convivência foi permeada por dinâmicas pedagógicas que emergiram da exploração do Minecraft, um software educativo que propicia o desenvolvimento da autonomia, da criticidade, da criatividade e das percepções matemáticas espaciais. O cartografar dessa experiência de convivência possibilitou evidenciar vários elementos que podem se constituir em processualidades para enriquecer a aprendizagem dos conceitos matemáticos, entre eles: a importância dos processos de ensinar e aprender matemática estarem apoiados em dinâmicas que favoreçam a cocriação pedagógica, a conversação (conversar com emoção), o conviver (estar junto com legitimidade), a escuta atenta (abrir-se para ouvir sem julgamentos ou pré-conceitos), o acoplamento, bem como o “respeito e aceitação do outro como legítimo outro”. Também foi possível evidenciar a importância do(a) professor(a) e alunos se perceberem como “parceiros de aprendizagem”, isto é, pessoas compartilhando saberes, experimentando diferentes formas de ser, de viver, de ensinar e de aprender, transformando e sendo transformados, por meio da convivência. Tratase da emergência de uma outra maneira de enxergar e de entender os processos de ensinar e aprender: a Pedagogia do Conviver. Essa proposição educativa intenciona romper com os moldes convencionais de ensino, pois parte da ideia de que não existe nada a priori que precise ser feito para que ocorra a aprendizagem; ao invés disso, pressupõe o acolhimento e a valorização de tudo o que emerge da convivência, visando a desencadear dinâmicas pedagógicas que poderão levar a complexificação do pensamento matemático.This Thesis, linked to the Graduate Program in Education of the University of Caxias do Sul, emerged from an experiment that focused on mapping the flow of a teacher (who was also the researcher) and her students living under the theoretical approach of Biology of Knowing. This cartographic movement revealed pedagogical dynamics, clues, possibilities, understood as processualities, with the potential to trigger coexistences that favor the construction of mathematical concepts (more specifically those related to geometry). The option of using the Biology of Knowing as a theoretical reference is mainly due to the fact that we believe that it offers conceptual tools that can help to rethink and propose alternatives of renewal for the processes of teaching and learning mathematics, based on the transformation of subjects involved. The purpose of Cartography as a method was to understand, in a broader way, the experience of coexistence that developed in a Niche of Mathematical Learning, in order to clarify the dynamics of the course and contemplating different aspects. The focus of this study was the mapping and understanding of the transformations / learning that occurred in the daily life of a group of eight (08) students of the 8th year of Elementary School, living weekly with the mathematics teacher in a municipal school of Caxias do Sul / RS, during the months of August to November 2017. This coexistence was permeated by pedagogical dynamics that emerged from the exploration of Minecraft, an educational software that fosters the development of autonomy, criticality, creativity and spatial mathematical perceptions . The cartography of this experience of coexistence made it possible to highlight several elements that can be constituted in processualities to enrich the learning of mathematical concepts, among them: the importance of the processes of teaching and learning mathematics to be supported by dynamics that favor pedagogical co-creation, the conversation (talk with emotion), con-living (being along with legiimacy), listening attentively (open to listen without judgments or preconceptions), coupling, as well as "respect and acceptance of the other as legitimate other." It was also possible to highlight the importance of the teacher and students perceiving themselves as "learning partners", that is, people sharing knowledge, experiencing different ways of being, living, teaching and learning, transforming and being transformed, through coexistence. It is the emergence of another way of seeing and understanding the processes of teaching and learning: the Pedagogy of Conviver. This educational proposition intends to break with conventional teaching molds, since it starts from the idea that there is nothing a priori that needs to be done in order for learning to occur; rather, it presupposes the acceptance and appreciation of everything that emerges from the coexistence, aiming at unleashing pedagogical dynamics that may lead to the complexity of mathematical thinking.Matemática - Estudo e ensinoEducaçãoAutopoieseAprendizagemMath - Study & TeachingEducationAutopoiesisLearningMovimentos de ensinar e aprender matemática em convivênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UCSinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSinfo:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de Caxias do Sulhttp://lattes.cnpq.br/9570338872319188GIRON, Graziela RossettPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8510https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/5140/2/license.txt0bfdaf5679b458f1c173109e3e8d8e40MD52THUMBNAILTese Graziela Rossetto Giron.pdf.jpgTese Graziela Rossetto Giron.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1188https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/5140/4/Tese%20Graziela%20Rossetto%20Giron.pdf.jpg35d593541cf82646ebc7cb24c22236c5MD54ORIGINALTese Graziela Rossetto Giron.pdfTese Graziela Rossetto Giron.pdfapplication/pdf3654746https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/5140/1/Tese%20Graziela%20Rossetto%20Giron.pdf594f2233440f41f296eac64a5f59e8a6MD51TEXTTese Graziela Rossetto Giron.pdf.txtTese Graziela Rossetto Giron.pdf.txtExtracted texttext/plain474560https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/5140/3/Tese%20Graziela%20Rossetto%20Giron.pdf.txt71721c67757d34f611a84515f65511aaMD5311338/51402019-11-15 05:00:58.198oai:repositorio.ucs.br:11338/5140TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgZGUgQ2F4aWFzIGRvIFN1bCwgYXRyYXbDqXMgZGUKc2V1cyByZXBvc2l0w7NyaW9zLCBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUgZW0gc2V1IHdlYiBzaXRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGRlCmFjb3JkbyBjb20gYSBMZWkgbsKwIDk2MTAvOTgsIGEgcHJvZHXDp8OjbyAob3UgcGFydGUpIGRhIG9icmEgY2l0YWRhLCBjb25mb3JtZSBwZXJtaXNzw7VlcyBhc3NpbmFsYWRhcyBwYXJhIGZpbnMKZGUgbGVpdHVyYSBlL291IGltcHJlc3PDo28gcGVsYSBpbnRlcm5ldCwgYSB0w610dWxvIGRlIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGdlcmFkYSBwZWxhIFVDUywgYSBwYXJ0aXIgZGEKZGF0YSBkZSBob2plLCBzZW0gcXVhbHF1ZXIgw7RudXMgcGFyYSBhIFVDUy4KRepositório de Publicaçõeshttp://repositorio.ucs.br/oai/requestopendoar:2024-03-20T09:16:50.900445Repositório Institucional da UCS - Universidade de Caxias do Sul (UCS)false |
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