Perfil ocupacional e exposição a agrotóxico e nicotina de trabalhadores da área rural de Arapiraca – AL envolvidos no cultivo do tabaco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Francisca Maria Nunes da lattes
Orientador(a): Barreto, Emiliano de Oliveira lattes
Banca de defesa: Bedor, Cheila Nataly Galindo lattes, Andrade, Tiago Gomes de lattes, Miranda, Claudio Torres de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/5576
Resumo: Os agrotóxicos são substâncias químicas usadas, entre outras coisas, para o controle de pragas ou doenças das plantas e animais. Utilizados desde a Grécia clássica, esses produtos foram difundidos em vários países após a Segunda Guerra Mundial e no Brasil a partir da década de 60. Atualmente o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. O uso inadequado dos agrotóxicos tem se constituído um problema para saúde humana e ambiental. Especialmente os trabalhadores da agricultura estão expostos aos efeitos danosos desses produtos. Na fumicultura, associados aos problemas causados pela exposição aos agrotóxicos os trabalhadores rurais ainda estão expostos a intoxicação causada pela nicotina presente na folha do tabaco. Em Arapiraca, importante produtor de tabaco no cenário nacional, a fumicultura destaca-se pela excessiva utilização de agrotóxicos, fato que contribui para ocorrência de agravos à saúde dos trabalhadores, principalmente pelas condições inadequadas de trabalho e desrespeito às normas de segurança. Esse trabalho objetivou caracterizar o perfil ocupacional dos fumicultores de Arapiraca-AL e sua exposição a agrotóxico e nicotina. Trata-se de um estudo transversal, do tipo descritivo, onde 70 trabalhadores do cultivo do tabaco foram entrevistados, utilizando-se um questionário semi-estruturado para obter informações acerca do perfil ocupacional. Os resultados mostraram que, 41,4% dos trabalhadores entrevistados possuíam idade entre 30-45 anos e 55,7% tinha ensino fundamental incompleto ou eram analfabetos. Também se observou que 37,1% eram proprietários da terra e 58% tinham renda per capita até um quarto de salário mínimo. Quase metade dos agricultores (47,1%) iniciou o trabalho na fumicultura até os 8 anos de idade e 48,6% tinham entre 11-30 anos de trabalho. A maioria, 54,3%, relatou trabalhar até 8 horas/dia, sendo que 61% trabalhavam seis dias da semana. Também a maioria dos trabalhadores, (62,9%) aplicava agrotóxicos e destes 43,2% gastava entre 5-8 horas diárias na aplicação. O pulverizador costal manual era utilizado por 72,7% dos aplicadores. Dentre os agrotóxicos utilizados o Confidor foi o mais citado. Quanto ao uso de medidas de proteção durante a mistura do agrotóxico, 56,8% não usava nenhuma medida e 34,1% justificava devido ao custo elevado. A maioria lavava as mãos (93,2%) e tomava banho (79,5%) frequentemente logo após aplicar agrotóxicos. Dois terços (61,3%) dos agricultores nunca ingeriam líquido durante a aplicação do agrotóxico e 75% nunca comiam durante o mesmo procedimento. Enquanto 40,9% dos entrevistados já passaram mal após aplicar agrotóxicos, 72,7% referiram nunca ter tido intoxicação por agrotóxico. Dor de cabeça, náusea e vômito foram sinais e sintomas mais referidos. Quanto à exposição à nicotina, 84,3% dos entrevistados referiram contato da pele com a folha do tabaco e 71,5% tinham este contato sempre. O uso de luvas durante a colheita e a lavagem das mãos após a colheita foi referida por 57,1% e 85,7% dos trabalhadores, respectivamente. A maioria dos fumicultores já havia se sentido mal durante a colheita (64,3%) e os sintomas mais citados foram dor de cabeça, vômito e náusea. A maioria dos trabalhadores, 58,6%, não era fumante e 51,4% não fumavam enquanto manipulava a folha do tabaco. Concluiu-se com esse estudo que os fumicultores estão permanentemente expostos aos efeitos dos agrotóxicos e a nicotina devido à longa jornada de trabalho, baixa adesão às tecnologias de prevenção disponíveis devido às vulnerabilidades e minimização do risco.
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Utilizados desde a Grécia clássica, esses produtos foram difundidos em vários países após a Segunda Guerra Mundial e no Brasil a partir da década de 60. Atualmente o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. O uso inadequado dos agrotóxicos tem se constituído um problema para saúde humana e ambiental. Especialmente os trabalhadores da agricultura estão expostos aos efeitos danosos desses produtos. Na fumicultura, associados aos problemas causados pela exposição aos agrotóxicos os trabalhadores rurais ainda estão expostos a intoxicação causada pela nicotina presente na folha do tabaco. Em Arapiraca, importante produtor de tabaco no cenário nacional, a fumicultura destaca-se pela excessiva utilização de agrotóxicos, fato que contribui para ocorrência de agravos à saúde dos trabalhadores, principalmente pelas condições inadequadas de trabalho e desrespeito às normas de segurança. Esse trabalho objetivou caracterizar o perfil ocupacional dos fumicultores de Arapiraca-AL e sua exposição a agrotóxico e nicotina. Trata-se de um estudo transversal, do tipo descritivo, onde 70 trabalhadores do cultivo do tabaco foram entrevistados, utilizando-se um questionário semi-estruturado para obter informações acerca do perfil ocupacional. Os resultados mostraram que, 41,4% dos trabalhadores entrevistados possuíam idade entre 30-45 anos e 55,7% tinha ensino fundamental incompleto ou eram analfabetos. Também se observou que 37,1% eram proprietários da terra e 58% tinham renda per capita até um quarto de salário mínimo. Quase metade dos agricultores (47,1%) iniciou o trabalho na fumicultura até os 8 anos de idade e 48,6% tinham entre 11-30 anos de trabalho. A maioria, 54,3%, relatou trabalhar até 8 horas/dia, sendo que 61% trabalhavam seis dias da semana. Também a maioria dos trabalhadores, (62,9%) aplicava agrotóxicos e destes 43,2% gastava entre 5-8 horas diárias na aplicação. O pulverizador costal manual era utilizado por 72,7% dos aplicadores. Dentre os agrotóxicos utilizados o Confidor foi o mais citado. Quanto ao uso de medidas de proteção durante a mistura do agrotóxico, 56,8% não usava nenhuma medida e 34,1% justificava devido ao custo elevado. A maioria lavava as mãos (93,2%) e tomava banho (79,5%) frequentemente logo após aplicar agrotóxicos. Dois terços (61,3%) dos agricultores nunca ingeriam líquido durante a aplicação do agrotóxico e 75% nunca comiam durante o mesmo procedimento. Enquanto 40,9% dos entrevistados já passaram mal após aplicar agrotóxicos, 72,7% referiram nunca ter tido intoxicação por agrotóxico. Dor de cabeça, náusea e vômito foram sinais e sintomas mais referidos. Quanto à exposição à nicotina, 84,3% dos entrevistados referiram contato da pele com a folha do tabaco e 71,5% tinham este contato sempre. O uso de luvas durante a colheita e a lavagem das mãos após a colheita foi referida por 57,1% e 85,7% dos trabalhadores, respectivamente. A maioria dos fumicultores já havia se sentido mal durante a colheita (64,3%) e os sintomas mais citados foram dor de cabeça, vômito e náusea. A maioria dos trabalhadores, 58,6%, não era fumante e 51,4% não fumavam enquanto manipulava a folha do tabaco. Concluiu-se com esse estudo que os fumicultores estão permanentemente expostos aos efeitos dos agrotóxicos e a nicotina devido à longa jornada de trabalho, baixa adesão às tecnologias de prevenção disponíveis devido às vulnerabilidades e minimização do risco.The pesticides are chemical substances used to control pests or diseases of plants and animals. Used since classic Greece, these products were spread in several countries after Second World War and in Brazil starting from the decade of 60. Now Brazil is the largest pesticides consumer in the world. The inadequate use of pesticides has been a problem for human and environmental health. Especially the agricultural workers are exposed to the harmful effects of these products. In tobacco farming, in association to the problems caused by exposure to pesticides, farm workers are still exposed to the intoxication caused by nicotine in the tobacco leaf. In Arapiraca, important tobacco producer on the national scenery, the culture of tobacco stands out for excessive pesticides use, a fact that contributes to occurrence of health hazards to workers, mainly for the inappropriate working conditions and disregard for safety standards. This study aimed to characterize the occupational profile of the tobacco growers of Arapiraca, Alagoas, and their exposure to pesticide and nicotine. This is a cross-seccional descriptive study, where 70 workers of the cultivation of the tobacco were interviewed, being used a semi-structured questionnaire to obtain information concerning the occupational profile. The results showed that 41,4% of the workers interviewees ranged in age from 30-45 years and 55,7% had incomplete primary education or were illiterate. It was also observed that 37,1% were owners of the rural property and 58% an income per capita up to a quarter of minimum wage. Almost half of rural workers (47,1%) began work in the tobacco farming until the age of 8 and 48,6% were between 11-30 years of work Most, 54,3% told to work up to 8 hours/day, and 61% worked six days of the week. Also most of the workers (62,9%), applied pesticides and 43,2% of these spent between 5-8 hours a day in the application. Manual backpack pulverizer was used by 72,7% of the pesticide applicators. Among the pesticides used, Confidor was the most mentioned. Regarding the use of protection measures during the mixture of pesticides, 56,8% didn't use none measure and 34,1% justified due to high cost. Most washed hands (93,2%) and took a shower 79,5% often immediately after applying pesticide. Two-thirds of the workers (61,3%) never drank liquid during the application of pesticides and 75% never ate during the same procedure. While 40,9% of the interviewees gotten sick after the pesticides application, 72,7% reported not having pesticide poisoning. Headache, nausea and vomit were signs and symptoms more referred. Regarding exposure to nicotine, 84,3% of the respondents reported skin contact with the tobacco leaf and 71,5% had such contact ever. The use of gloves during harvesting and washing of hands after the harvest was reported by 57,1% e 85,7% of employees, respectively. Most growers (64,3%) had felt ill during the harvest and symptoms most often reported were headache, vomiting and nausea. Most workers, 58,6%, was not smoker and 51,4% didn't smoke while handling the tobacco leaf. It is concluded from this study that growers are constantly exposed to the effects of nicotine and pesticides due to long working hours, poor adherence to prevention available tecnologies due to vulnerabilities and risk minimization.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de AlagoasPrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeUFALBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDESaúde públicaFumicultores – Arapiraca (AL)Trabalhadores rurais – AlagoasAgrotóxicoNicotinaPublic healthTobbaco Growers - Arapiraca (AL)Rural Workers - AlagoasPesticidesNicotinePerfil ocupacional e exposição a agrotóxico e nicotina de trabalhadores da área rural de Arapiraca – AL envolvidos no cultivo do tabaco“Perfil ocupacional dos fumicultores da Arapiraca – AL e sua exposição a agrotóxico e nicotina”.Occupational profile of the tobacco growers of Arapiraca – AL and their exposure topesticides and nicotineinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:UFALORIGINALPerfil ocupacional e exposição a agrotóxico e nicotina de trabalhadores da área rural de Arapiraca – AL envolvidos no cultivo do tabaco.pdfPerfil ocupacional e exposição a agrotóxico e nicotina de trabalhadores da área rural de Arapiraca – AL envolvidos no cultivo do tabaco.pdfapplication/pdf2622660http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/5576/1/Perfil%20ocupacional%20e%20exposi%c3%a7%c3%a3o%20a%20agrot%c3%b3xico%20e%20nicotina%20de%20trabalhadores%20da%20%c3%a1rea%20rural%20de%20Arapiraca%20%e2%80%93%20AL%20envolvidos%20no%20cultivo%20do%20tabaco.pdf064ce8d32ea77cef3f765382abe48e6fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/5576/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52riufal/55762019-07-26 16:45:04.369oai:www.repositorio.ufal.br:riufal/5576TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufal.br/oai/requestri@sibi.ufal.bropendoar:46482019-07-26T16:45:04Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false
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