Território e memória: uma etnografia na comunidade remanescente quilombola do Muquém em União dos Palmares – Alagoas

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Ribeiro, Levy Felix
• Orientador(a): Rechenberg, Fernanda
• Banca de defesa: Martins, Sílvia Aguiar Carneiro , Santos, Pedro Henrique Simonard
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Antropologia Social
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Antropologia social; Comunidade quilombola; Muquém (União dos Palmares, AL) – Memória; Enchentes – Alagoas; Etnografia; Anthropologie sociale; Communauté de Quilombo; Mémoire; Inondations; Ethnographie
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/3173

O presente trabalho tem como objetivo compreender as narrativas de uma parcela de atores sociais da Comunidade Remanescente Quilombola do Muquém em União dos Palmares – AL, sobre a construção do território, identidade e as memórias que os moradores constroem a respeito da região, com base na experiência de acontecimentos históricos e conflitos que marcaram a coletividade. Esta comunidade quilombola é uma das 68 em Alagoas a ser certificada pela Fundação Cultural Palmares e reconhecida como remanescente de quilombos. A comunidade do Muquém passou por diversos acontecimentos, logo após sua certificação em 2005, e a enchente de junho de 2010 é um dos acontecimentos que permitiram e modificaram a organização social, cultural e política na vida dos moradores. Desse modo, surge a necessidade de repensar os sentidos e significados de identidade, território e memória existentes durantes anos e cada vez mais presentes na luta dos espaços pela terra e no sentido de pertença quilombola. Das observações em campo e das conversas realizadas com vários interlocutores até o atual momento, pude perceber a enorme riqueza das memórias que ajuda a compreender as bases sobre as quais se sustenta a reivindicação do grupo como quilombola, isto é, reconhecem-se como pertencentes a uma coletividade etnicamente diferenciada. Portanto, buscou-se aprofundar o conhecimento das histórias dessa comunidade na construção da fronteira étnica, no reconhecimento político enquanto comunidade quilombola, na organização do antigo e novo Muquém pós-enchente, na atuação dos agentes externos e internos na formação das associações e construções identitária da comunidade.