EPC Pilar S/A: a história de uma holding popular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Xavier, Thiago dos Santos
Orientador(a): França Filho, Genauto Carvalho de
Banca de defesa: França Filho, Genauto Carvalho de, Vasconcelos, Nilton, Nunes, Débora
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21684
Resumo: A Empresa de Participação Comunitária - EPC é um empreendimento estabelecido sob a forma jurídica de Sociedade Anônima de capital fechado (ou autorizado). Ela é formada a partir de um grupo de pessoas, que contribuem mensalmente para um fundo de investimento, durante um determinado período. Este recurso é utilizado para se criar empresas (limitadas) que geram emprego e renda à comunidade que esta está inserida. Com características peculiares que misturam uma estrutura empresarial e gestão compartilhada, a EPC surgiu no Brasil como uma alternativa econômica às comunidades e municípios com baixos índices de desenvolvimento. A sua origem é no estado do Paraná no início dos anos 80, mas o sucesso de seus empreendimentos fez com que a experiência se espalhasse para outros estados do país, em especial aos demais da região Sul e São Paulo. Na Bahia, foram formadas 3 EPCs, dentre elas a EPC Pilar S/A, criada em novembro de 1996. Localizada no distrito de Pilar, município de Jaguarari. A empresa é formada por 1.307 sócios, em sua maioria, são trabalhadores e ex-trabalhadores da Mineração Caraíba S/A. A EPC Pilar surgiu a partir do Acordo Coletivo de Privatização da Mineração Caraíba assinado por seus funcionários em 1994. Este acordo previa a transferência de ativos da Mineração para os trabalhadores (que podem chegar a US$ 0,5 bilhão, sendo a maior parte após o fim da lavra do cobre), que deveriam formar uma entidade associativa para geri-los, de forma a contribuir com o desenvolvimento do distrito de Pilar e a sua perenização, uma vez que, existe a previsão de exaustão da mina e conseqüente desativação da Mineração Caraíba, que é responsável por boa parte da mão de obra ocupada do distrito. O objetivo deste trabalho é compreender o que vem a ser esta modalidade de organização (EPC) e as especificidades da EPC Pilar. Desta forma, buscou-se descrever como se deu o processo histórico da EPC Pilar, a sua estrutura organizacional, modelo de gestão, o perfil dos seus gestores e seus conflitos. O trabalho, que é um estudo de caso, pretende contribuir para a formação teórica sobre o tema, ainda muito incipiente. Para isto, optou-se como referência metodológica a pesquisa empírica exploratória de cunho qualitativo e interpretativo. A pesquisa demonstrou que do ponto de vista teórico, ainda precisa ser feito novos esforços investigativos sobre a EPC. De início, verificou-se que as EPCs já demonstram, na realidade, diferentes formatos e princípios, a exemplo do modelo paranaense, que pode ser considerado um empreendimento da socioeconomia solidária, e do paulista, que se aproxima da empresa mercantil tradicional. Sobre a EPC Pilar, os aspectos históricos da sua formação contribuíram para uma relação conflituosa entre os seus sócios, centrada entre os dois grupos divergentes: o sindicato e a Mineração Caraíba, que somada à incapacidade gerencial de seus administradores conduziram a empresa a uma situação de pré-falência, mesmo com toda a disponibilidade financeira e patrimonial. O caso EPC Pilar apresenta elementos não tradicionais para uma rica discussão sobre a gestão de organizações comunitária. E, o seu insucesso acaba trazendo exemplos e lições importantes para estes empreendimentos.
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A sua origem é no estado do Paraná no início dos anos 80, mas o sucesso de seus empreendimentos fez com que a experiência se espalhasse para outros estados do país, em especial aos demais da região Sul e São Paulo. Na Bahia, foram formadas 3 EPCs, dentre elas a EPC Pilar S/A, criada em novembro de 1996. Localizada no distrito de Pilar, município de Jaguarari. A empresa é formada por 1.307 sócios, em sua maioria, são trabalhadores e ex-trabalhadores da Mineração Caraíba S/A. A EPC Pilar surgiu a partir do Acordo Coletivo de Privatização da Mineração Caraíba assinado por seus funcionários em 1994. Este acordo previa a transferência de ativos da Mineração para os trabalhadores (que podem chegar a US$ 0,5 bilhão, sendo a maior parte após o fim da lavra do cobre), que deveriam formar uma entidade associativa para geri-los, de forma a contribuir com o desenvolvimento do distrito de Pilar e a sua perenização, uma vez que, existe a previsão de exaustão da mina e conseqüente desativação da Mineração Caraíba, que é responsável por boa parte da mão de obra ocupada do distrito. O objetivo deste trabalho é compreender o que vem a ser esta modalidade de organização (EPC) e as especificidades da EPC Pilar. Desta forma, buscou-se descrever como se deu o processo histórico da EPC Pilar, a sua estrutura organizacional, modelo de gestão, o perfil dos seus gestores e seus conflitos. O trabalho, que é um estudo de caso, pretende contribuir para a formação teórica sobre o tema, ainda muito incipiente. Para isto, optou-se como referência metodológica a pesquisa empírica exploratória de cunho qualitativo e interpretativo. A pesquisa demonstrou que do ponto de vista teórico, ainda precisa ser feito novos esforços investigativos sobre a EPC. De início, verificou-se que as EPCs já demonstram, na realidade, diferentes formatos e princípios, a exemplo do modelo paranaense, que pode ser considerado um empreendimento da socioeconomia solidária, e do paulista, que se aproxima da empresa mercantil tradicional. Sobre a EPC Pilar, os aspectos históricos da sua formação contribuíram para uma relação conflituosa entre os seus sócios, centrada entre os dois grupos divergentes: o sindicato e a Mineração Caraíba, que somada à incapacidade gerencial de seus administradores conduziram a empresa a uma situação de pré-falência, mesmo com toda a disponibilidade financeira e patrimonial. O caso EPC Pilar apresenta elementos não tradicionais para uma rica discussão sobre a gestão de organizações comunitária. E, o seu insucesso acaba trazendo exemplos e lições importantes para estes empreendimentos.The EPC (Company of Comunity Participation) is a corporation composed of a group of people that contributes mensaly to a investment fund during sometime. This financial recourses is apllied to the development of others companies that orginate jobs and incomes in their comunities. With peculiar characteristcs that mix a business structure and cooperative manangement, the EPC appeared in Brazil as an economic alternative way to the underdevelopted comunities and towns. It origin is on state of Paraná, in the begining of eighty’s, but the successful of the companies disseminated the experience to others states of the country, specially São Paulo, and other on the southern part. On Bahia were created three EPCs and one of them is the EPC Pilar S/A, that was created in November 1996. Located at Pilar’s district, on Jaguarari Town, this company is composed of 1.307 shareholders, most part of them are workers and ex-workers of MINERAÇÃO CARAÌBA S/A. The EPC Pilar S/A came from the Collective Privatization Agreement of the MINERAÇÃO CARAÍBA S/A, signed by it workers in 1994. This Agreement disposes about the transfer of assets from MINERAÇÃO CARAÍBA S/A (around US$ 0,5 billions) to the workers, that to manange it, they should have create an institution like a cooperative, in order to develop the district of Pilar and preserve it. Because the imminent end of the copper mine and the desativation of the MINERAÇÃO CARAÍBA S/A can mean the evacuation of the district. The goal of this dissertation is to comprehend this way of organization (EPC) and the specificities of EPC Pilar. Therefore it searched describe how was the historic process of EPC Pilar, it organizational structure, management model, the business administrators profiles and theirs conflicts. This case intend to contribute the theory of this theme, that is still incipient. For that, it opts as a methodological reference a qualitative and interpretative exploratory empiric research. The research shows that the EPC theory has to be more developed. First, it verified that the EPCs already show different forms and principles, as the example of Parana’s model, that can be considerated a solidary undertaking, and the São Paulo’s model, that is closer to a traditional enterprise. About EPC Pilar, the historic aspects of it creation contributed to a conflicting relationship between its stakeholders, concentrated in two divergent groups: the union and the Mineração Caraíba direction. This situation added to the management incapacity launched the enterprise to a bankruptcy situation, even with good financial and patrimonial availability. The EPC Pilar case show not traditional elements to a rich discussion about communitarian organization management. And it failure introduce important examples and lessons to these undertaken.Submitted by Tatiana Lima (tatianasl@ufba.br) on 2016-10-11T20:43:30Z No. of bitstreams: 1 Xavier, Thiago dos Santos.pdf: 1292275 bytes, checksum: 097c53b92c12a6509577ee6599fe6108 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Angela Dortas (dortas@ufba.br) on 2017-03-14T19:14:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Xavier, Thiago dos Santos.pdf: 1292275 bytes, checksum: 097c53b92c12a6509577ee6599fe6108 (MD5)Made available in DSpace on 2017-03-14T19:14:05Z (GMT). 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