A posição dos clíticos pronominais no português sob a perspectiva dos sistemas adaptativos complexos: um estudo diacrônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Thaís Franco de Paula
Orientador(a): Sueli Maria Coelho
Banca de defesa: Emilio Gozze Pagotto, Marco Antonio de Oliveira, Cesar Nardelli Cambraia, Leandra Batista Antunes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/LETR-BBWHKA
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo diacrônico sobre a sintaxe de colocação dos clíticos pronominais na língua portuguesa, do século XVI ao XXI, a partir da análise de dados coletados em dois gêneros textuais: crônica histórica e gramática. Historiamos a normatização do emprego dos clíticos em gramáticas portuguesas do séc. XVI ao XIX, compilamos diversos trabalhos já empreendidos sobre o tema de que nos ocupamos ao longo do período delimitado para o estudo e propusemos uma explicação alternativa àquela formulada pelos tratadistas consultados. A partir de uma metodologia quantitativa e qualitativa, apoiada teoricamente na Linguística funcional centrada no uso, na Sociolinguística e nos Sistemas adaptativos complexos, buscamos verificar se a atual tendência proclítica dos clíticos pronominais no português brasileiro (PB) decorre de uma inovação linguística que se deu em terras brasileiras ou de uma retenção que aqui preservou as características do português clássico, o que implica admitir que a mudança da ordem dos clíticos pronominais teria se dado em Portugal no período moderno. A análise do tipo de oração como possível condicionador da colocação dos clíticos pronominais sinalizou a possibilidade de mudanças fonético-fonológicas ocorridas no PE terem afetado a morfologia da língua, que teria se encarregado de resolver tal problema por meio da sintaxe, reestruturando a ordem dos clíticos pronominais. Nossos resultados confirmam, assim, tanto o encaixamento da mudança quanto a hipótese da retenção da tendência proclítica do período clássico da língua portuguesa no português do Brasil.
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