Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ariadne Messalina Batista Meira lattes
Orientador(a): Ângela Maria Resende Vorcaro lattes
Banca de defesa: Marcia Maria Rosa Vieira Luchina, Suzana Faleiro Barroso
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/33009
https://orcid.org/0000-0001-8590-8824
Resumo: Para a psicanálise, a linguagem é o aparelho mediador da relação do sujeito com a realidade discursiva. O encontro da língua com o corpo deixa marcas no organismo que dependem de ser lidas para que se estabeleça uma gramática concatenada na rede do Outro e, nesse encontro, cada sujeito traça caminhos singulares. Das marcas estabelecidas no trauma do encontro com a língua, o vivo é enquadrado pela realidade discursiva imposta pelo simbólico, que lhe confere um corpo. Com os autistas, não é diferente, pois a despeito de recusar o laço com os agentes do Outro, dão testemunho desse enquadramento até nos casos mais recrudescidos. No entanto, apresentam um funcionamento psíquico que aparenta se orientar na linguagem de modo distinto do significante, levantando questões em torno dos usos específicos que fazem dessa e se esse uso circunscreve uma estrutura clínica distinta das categorias neurose, psicose e perversão. Partindo dos textos autobiográficos de três autistas, Donna Williams, Daniel Tammet e Tito Mukhopadhyay, o presente trabalho se trata de uma investigação sobre como o autista cifra o que vive e se o primado do signo pode ser considerado uma questão de estrutura. Para trilhar esse caminho, percorremos algumas produções sobre o autismo para situar a especificidade da estrutura autística, sublinhando elementos diagnósticos diferenciais e os desdobramentos da hipótese elaborada por Jean-Claude Maleval acerca da primazia da lógica do signo em detrimento daquela do significante. Buscamos localizar, então, o conceito de signo na linguística de Saussure e na semiótica de Charles Peirce, para entendermos como Jacques Lacan se apropria dos mesmos ao elaborar sua Linguisteria. Essa trajetória nos levou a localizar alguns conceitos e suas modificações ao longo do ensino de Lacan, como da fala à aparola, a partir de lalíngua, e a conjectura do escrito. Do encontro com impasses na investigação proposta, à medida que, em seus testemunhos descrevem um funcionamento que, no entanto, não deixa traço no texto, colocando a certa distância a condição autística e a narrativa, levantamos interrogações a partir do que esses testemunhos colocam, junto aos registros cartográficos de crianças autistas atendidas pelo educador francês Fernand Deligny.
id UFMG_3cc16779bbd5db0690296eccfc5587d7
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/33009
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ângela Maria Resende Vorcarohttp://lattes.cnpq.br/8320150760770693Marcia Maria Rosa Vieira LuchinaSuzana Faleiro Barrosohttp://lattes.cnpq.br/9944167542538717Ariadne Messalina Batista Meira2020-03-27T10:34:24Z2020-03-27T10:34:24Z2020-02-14http://hdl.handle.net/1843/33009https://orcid.org/0000-0001-8590-8824Para a psicanálise, a linguagem é o aparelho mediador da relação do sujeito com a realidade discursiva. O encontro da língua com o corpo deixa marcas no organismo que dependem de ser lidas para que se estabeleça uma gramática concatenada na rede do Outro e, nesse encontro, cada sujeito traça caminhos singulares. Das marcas estabelecidas no trauma do encontro com a língua, o vivo é enquadrado pela realidade discursiva imposta pelo simbólico, que lhe confere um corpo. Com os autistas, não é diferente, pois a despeito de recusar o laço com os agentes do Outro, dão testemunho desse enquadramento até nos casos mais recrudescidos. No entanto, apresentam um funcionamento psíquico que aparenta se orientar na linguagem de modo distinto do significante, levantando questões em torno dos usos específicos que fazem dessa e se esse uso circunscreve uma estrutura clínica distinta das categorias neurose, psicose e perversão. Partindo dos textos autobiográficos de três autistas, Donna Williams, Daniel Tammet e Tito Mukhopadhyay, o presente trabalho se trata de uma investigação sobre como o autista cifra o que vive e se o primado do signo pode ser considerado uma questão de estrutura. Para trilhar esse caminho, percorremos algumas produções sobre o autismo para situar a especificidade da estrutura autística, sublinhando elementos diagnósticos diferenciais e os desdobramentos da hipótese elaborada por Jean-Claude Maleval acerca da primazia da lógica do signo em detrimento daquela do significante. Buscamos localizar, então, o conceito de signo na linguística de Saussure e na semiótica de Charles Peirce, para entendermos como Jacques Lacan se apropria dos mesmos ao elaborar sua Linguisteria. Essa trajetória nos levou a localizar alguns conceitos e suas modificações ao longo do ensino de Lacan, como da fala à aparola, a partir de lalíngua, e a conjectura do escrito. Do encontro com impasses na investigação proposta, à medida que, em seus testemunhos descrevem um funcionamento que, no entanto, não deixa traço no texto, colocando a certa distância a condição autística e a narrativa, levantamos interrogações a partir do que esses testemunhos colocam, junto aos registros cartográficos de crianças autistas atendidas pelo educador francês Fernand Deligny.For the psychoanalysis, the language is the best intermediate of the relationship between the subject and the discursive reality. The encounter of the language with the body leaves marks on the organism which depends on being read to establish a grammar concatenated with the network of the Other and, in this meeting, each subject traces singular paths. From the marks established in the trauma from the encounter with the language, the living is framed by the discursive reality imposed by the symbolic, which grants it a body. With the autists, it is not different, in spite of refusing the link with the factors of the Other, they give testimony of this framing even in the most rebounded cases. However, they present a psychic behaviour which is oriented by the language in a different way the from the significant, raising questions about the specific uses of it and if this using circumscribes a distinct clinic structure from the neurosis, psychosis and perversion categories. Starting from the autobiographical texts of three autists, Donna Williams, Daniel Tammet and Tito Mukhopadhyay, the present work deals with an investigation of how the autistic figure out what lives and if the primacy of the sign can be considered a matter of structure. To follow this path, we go through some productions about autism to situate the specificity of the autistic structure, emphasizing differential diagnostic elements and the unfolding of the hypothesis elaborated by Jean-Claude Maleval about the primacy of sign logic over that of the signifier. We seek, then, to locate the concept of sign in Saussure's linguistics and Charles Peirce's semiotics, to understand how Jacques Lacan appropriates them when elaborating his Linguisteria. This trajectory led us to locate some concepts and their modifications throughout Lacan's teaching, such as from speech to apparola, from lalangue, and the conjecture of writing. From the encounter with impasses in the proposed investigation, to the extent that, in their testimonies they describe a functioning wich, however, leaves no trace in the text, putting the autistic condition and the narrative at a certain distance, we raise questions from what these testimonies put, with the cartographic records of autistic children attended by the French educator Fernand Deligny.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAAutismoTestemunhoPsicanáliseEscritaSignoUm modo de cifrar : autistas e a escrita de siinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Ariadne Meira.pdfDissertação Ariadne Meira.pdfapplication/pdf1633375https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33009/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ariadne%20Meira.pdf8b06e966875a84885b23e2062fbb5dfeMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33009/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertação Ariadne Meira.pdf.txtDissertação Ariadne Meira.pdf.txtExtracted texttext/plain326749https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33009/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ariadne%20Meira.pdf.txtcb31207f11b21efe33ec895ea236fadbMD531843/330092020-03-28 03:20:38.616oai:repositorio.ufmg.br:1843/33009TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-03-28T06:20:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
title Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
spellingShingle Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
Ariadne Messalina Batista Meira
Autismo
Testemunho
Psicanálise
Escrita
Signo
title_short Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
title_full Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
title_fullStr Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
title_full_unstemmed Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
title_sort Um modo de cifrar : autistas e a escrita de si
author Ariadne Messalina Batista Meira
author_facet Ariadne Messalina Batista Meira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ângela Maria Resende Vorcaro
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8320150760770693
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marcia Maria Rosa Vieira Luchina
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Suzana Faleiro Barroso
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9944167542538717
dc.contributor.author.fl_str_mv Ariadne Messalina Batista Meira
contributor_str_mv Ângela Maria Resende Vorcaro
Marcia Maria Rosa Vieira Luchina
Suzana Faleiro Barroso
dc.subject.por.fl_str_mv Autismo
Testemunho
Psicanálise
Escrita
Signo
topic Autismo
Testemunho
Psicanálise
Escrita
Signo
description Para a psicanálise, a linguagem é o aparelho mediador da relação do sujeito com a realidade discursiva. O encontro da língua com o corpo deixa marcas no organismo que dependem de ser lidas para que se estabeleça uma gramática concatenada na rede do Outro e, nesse encontro, cada sujeito traça caminhos singulares. Das marcas estabelecidas no trauma do encontro com a língua, o vivo é enquadrado pela realidade discursiva imposta pelo simbólico, que lhe confere um corpo. Com os autistas, não é diferente, pois a despeito de recusar o laço com os agentes do Outro, dão testemunho desse enquadramento até nos casos mais recrudescidos. No entanto, apresentam um funcionamento psíquico que aparenta se orientar na linguagem de modo distinto do significante, levantando questões em torno dos usos específicos que fazem dessa e se esse uso circunscreve uma estrutura clínica distinta das categorias neurose, psicose e perversão. Partindo dos textos autobiográficos de três autistas, Donna Williams, Daniel Tammet e Tito Mukhopadhyay, o presente trabalho se trata de uma investigação sobre como o autista cifra o que vive e se o primado do signo pode ser considerado uma questão de estrutura. Para trilhar esse caminho, percorremos algumas produções sobre o autismo para situar a especificidade da estrutura autística, sublinhando elementos diagnósticos diferenciais e os desdobramentos da hipótese elaborada por Jean-Claude Maleval acerca da primazia da lógica do signo em detrimento daquela do significante. Buscamos localizar, então, o conceito de signo na linguística de Saussure e na semiótica de Charles Peirce, para entendermos como Jacques Lacan se apropria dos mesmos ao elaborar sua Linguisteria. Essa trajetória nos levou a localizar alguns conceitos e suas modificações ao longo do ensino de Lacan, como da fala à aparola, a partir de lalíngua, e a conjectura do escrito. Do encontro com impasses na investigação proposta, à medida que, em seus testemunhos descrevem um funcionamento que, no entanto, não deixa traço no texto, colocando a certa distância a condição autística e a narrativa, levantamos interrogações a partir do que esses testemunhos colocam, junto aos registros cartográficos de crianças autistas atendidas pelo educador francês Fernand Deligny.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-03-27T10:34:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-03-27T10:34:24Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/33009
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-8590-8824
url http://hdl.handle.net/1843/33009
https://orcid.org/0000-0001-8590-8824
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33009/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ariadne%20Meira.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33009/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33009/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ariadne%20Meira.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8b06e966875a84885b23e2062fbb5dfe
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
cb31207f11b21efe33ec895ea236fadb
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890946380726272