As metamorfoses da coisa: modos de apresentação do real nos escritos de Primo Levi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Luciola Freitas de Macedo
Orientador(a): Antonio Marcio Ribeiro Teixeira
Banca de defesa: Vladimir Pinheiro Safatle, Newton Bignotto de Souza, Renato de Andrade Lessa, Marcia Maria Rosa Vieira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9QHH3L
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo apresentar e elucidar, partindo da noção de Coisa tal como conceituada por Jacques Lacan, na esteira de Sigmund Freud, as diferentes maneiras através das quais, Primo Levi, químico, escritor e sobrevivente de Auschwitz, serviu-se da escrita como modo de enfrentar o que chamou de Coisa Nazi, o trauma da deportação e do confinamento, e o que desta experiência continuara a traumatizar, mesmo após a liberação dos Campos de Concentração, em janeiro de 1945. Para tanto, recorremos a um amplo exame de sua obra: relato testemunhal, poesia, conto, ensaio, artigos publicados em jornais e entrevistas dadas ao longo de sua vida. Num primeiro momento, abordou-se a Coisa e o problema da verdade através do exame dos seus contos fantásticos e da noção de zona cinzenta, eixo central sobre o qual se constitui seu livro Os afogados e os sobreviventes. Num segundo momento optou-se por situar a noção de Coisa no ensino de Jacques Lacan, para em seguida examinar como, diante da face inassimilável da Coisa e do real do trauma, o escritor lança mão do recurso à escrita poética. Ao final, procurou-se acompanhar as metamorfoses da Coisa à luz de É isto um homem?, seu primeiro testemunho publicado, por meio de um contraponto com o recurso ao oximoro, até a gênese do conceito original de zona cinzenta.
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