Público escolar no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG: uma investigação acerca dessa experiência informacional

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Patricia Carla Oliveira Carneiro
• Orientador(a): Claudio Paixao Anastacio de Paula
• Banca de defesa: Emanuela Sousa Ribeiro, Carla Simone Chamon, Gleydes Gambogi Parreira, Jezulino Lucio Mendes Braga
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Palavras-chave em Português: Museus de Ciências e Museus Universitários; Abordagem Clínica da Informação; Interacionismo Simbólico; Estudo de Usuários e Estudos de Público; Experiência Informacional e Museal
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B69EYF

Essa pesquisa está inserida no campo de estudos de usuários da informação e buscou compreender a experiência informacional dos estudantes da educação básica que visitam as exposições do Museu de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (MCM/UFMG), por iniciativa de sua escola. A pesquisa tem em vista abordar a experiência informacional dos estudantes como um fenômeno que se situa entre a expectativa dos professores que propuseram a visita, as especificidades da prática educativa nos museus, e as agendas/interesses/objetivos dos profissionais de educação destas instituições. Inaugurado em 1997, o Museu de Ciências Morfológicas tem o propósito de oportunizar ao público o contato com o corpo humano e seu estudo, despertar o interesse pela busca de novos conceitos sobre a saúde e a vida humana, bem como demonstrar a importância de preservá-la com qualidade. Muitos museus de ciências buscam apresentar propostas educativas diferenciadas, com objetivos próprios com relação ao que ensinar e como ensinar os temas aos quais se dedicam. Mas, muitas vezes, as visitas a esses espaços são vistas como recurso complementar às atividades desenvolvidas em sala de aula, o que sinaliza que a relação entre o museu e a escola pode implicar em expectativas distintas de cada parte. O modelo teórico adotado nesse estudo é o Interacionismo Simbólico, associado à Abordagem Clínica da Informação; e o método de pesquisa é o estudo de caso. De natureza qualitativa, essa investigação foi desenvolvida em três etapas: 1) período exploratório, que visou proporcionar, por meio de visitas ao museu, nossa entrada no campo e a identificação de fontes de dados; 2) investigação focalizada, que consistiu na coleta sistemática de dados através de observação direta, entrevista semiestruturada e entrevista semiestruturada em grupo de foco e 3) análise e interpretação dos dados coletados e a escrita da tese de doutorado. Parte-se do pressuposto de que o significado da experiência informacional de visita ao MCM para os estudantes da educação básica não se restringe ao recebimento de informações ilustrativas dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula, abrangendo significados não previstos. Os dados dessa investigação sinalizam que essa atividade repercutiu em campos mais subjetivos, que vão além do contato objetivo com o fato científico, evidenciando a integração entre a ciência, o eu e a vida cotidiana.