Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pedro Henrique Schneider Parreiras lattes
Orientador(a): Dimitri Fazito de Almeida Rezende lattes
Banca de defesa: Silvio Segundo Salej Higgins, Jorge Alexandre Barbosa Neves, Leonardo César Souza Ramos, Javier Alberto Vadell
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/45527
https://orcid.org/0000-0003-4048-0021
Resumo: Nas últimas décadas a financeirização da economia brasileira tem avançado. A predominância do capital financeiro tem sido acompanhada por um cenário de redução nos investimentos em capital fixo, de juros exorbitantes, títulos com rendimento acima da média mundial e lucros cada vez maiores das principais instituições financeiras em atuação no país. Este processo é congruente com dinâmicas internacionais que se intensificaram a partir da virada neoliberal do final da década de 1970 e desencadearam processos sociais e políticos que passaram a atuar em variadas escalas e com variadas intensidades ao redor do mundo. Diante deste cenário, é importante compreender e descrever analiticamente a rede recente de relações da fração financeira dos capitalistas brasileiros, tendo em vista o contato de parte desta fração com processos transnacionais. Para tal, o presente estudo mobilizou a Análise de Redes Sociais de forma exploratória para compreender as redes de relações – nacionais e transnacionais - entre os diretores e entre as instituições que atuaram no sistema financeiro brasileiro entre os anos de 2010 e 2019. Esta análise é combinada com uma discussão teórica que remete tanto às teorias clássicas e contemporâneas sobre o capitalismo brasileiro, quanto às teorias de tradição gramsciana sobre os processos da transnacionalização e da formação de uma classe capitalista transnacional. Após as análises foi possível identificar uma rede coesa de relações que se organiza, principalmente em torno de associações de classe – como a FEBRABAN e a CNF – e de diretores centrais que poderiam ser entendidos como em um sentido próximo ao que Gramsci identificou como intelectuais orgânicos. Nesta rede os diretores internacionalizados ainda são periféricos, apontando para uma fração de classe financeira mais voltada para processos sociais nacionais. Apesar de não ser possível afirmar acerca de uma hegemonia da fração financeira no Brasil, esta pode ser entendida como elemento essencial no bloco histórico nacional, principalmente por sua rede de relações se estender por todo o Estado ampliado brasileiro, colocando em relação próxima setores públicos, privados e da sociedade civil.
id UFMG_eb335ecfb9005ed9d939d3d27446ca79
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/45527
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Dimitri Fazito de Almeida Rezendehttp://lattes.cnpq.br/3753130567434508Silvio Segundo Salej HigginsJorge Alexandre Barbosa NevesLeonardo César Souza RamosJavier Alberto Vadellhttp://lattes.cnpq.br/4272546071603953Pedro Henrique Schneider Parreiras2022-09-25T23:38:04Z2022-09-25T23:38:04Z2021-10-01http://hdl.handle.net/1843/45527https://orcid.org/0000-0003-4048-0021Nas últimas décadas a financeirização da economia brasileira tem avançado. A predominância do capital financeiro tem sido acompanhada por um cenário de redução nos investimentos em capital fixo, de juros exorbitantes, títulos com rendimento acima da média mundial e lucros cada vez maiores das principais instituições financeiras em atuação no país. Este processo é congruente com dinâmicas internacionais que se intensificaram a partir da virada neoliberal do final da década de 1970 e desencadearam processos sociais e políticos que passaram a atuar em variadas escalas e com variadas intensidades ao redor do mundo. Diante deste cenário, é importante compreender e descrever analiticamente a rede recente de relações da fração financeira dos capitalistas brasileiros, tendo em vista o contato de parte desta fração com processos transnacionais. Para tal, o presente estudo mobilizou a Análise de Redes Sociais de forma exploratória para compreender as redes de relações – nacionais e transnacionais - entre os diretores e entre as instituições que atuaram no sistema financeiro brasileiro entre os anos de 2010 e 2019. Esta análise é combinada com uma discussão teórica que remete tanto às teorias clássicas e contemporâneas sobre o capitalismo brasileiro, quanto às teorias de tradição gramsciana sobre os processos da transnacionalização e da formação de uma classe capitalista transnacional. Após as análises foi possível identificar uma rede coesa de relações que se organiza, principalmente em torno de associações de classe – como a FEBRABAN e a CNF – e de diretores centrais que poderiam ser entendidos como em um sentido próximo ao que Gramsci identificou como intelectuais orgânicos. Nesta rede os diretores internacionalizados ainda são periféricos, apontando para uma fração de classe financeira mais voltada para processos sociais nacionais. Apesar de não ser possível afirmar acerca de uma hegemonia da fração financeira no Brasil, esta pode ser entendida como elemento essencial no bloco histórico nacional, principalmente por sua rede de relações se estender por todo o Estado ampliado brasileiro, colocando em relação próxima setores públicos, privados e da sociedade civil.In the last decades the financialization of the Brazilian economy has advanced. The predominance of financial capital has been accompanied by a scenario of reduction in investments in fixed capital, exorbitant interest rates, securities with yields above the world average, and increasing profits of the main financial institutions operating in the country. This process is congruent with international dynamics that intensified after the neoliberal turn of the late 1970s and unleashed social and political processes that began to act on various scales and with varying intensities around the world. Given this scenario, it is important to understand and analytically describe the recent network of relations of the financial fraction of Brazilian capitalists, in view of the contact of part of this fraction with transnational processes. To this end, the present study mobilized Social Network Analysis in an exploratory way to understand the networks of relations - national and transnational - among the directors and among the institutions that operated in the Brazilian financial system between the years 2010 and 2019. This analysis is combined with a theoretical discussion that refers both to classical and contemporary theories about Brazilian capitalism, and to theories from the Gramscian tradition about the processes of transnationalization and the formation of a transnational capitalist class. After the analyses it was possible to identify a cohesive network of relations that is organized mainly around class associations - such as FEBRABAN and CNF - central directors who could be understood as in a sense close to what Gramsci identified as organic intellectuals. In this network the internationalized directors are still peripheral, pointing to a financial class fraction more focused on national social processes. Although it is not possible to affirm a hegemony of the financial fraction in Brazil, it could be understood as an essential element in the national historical bloc, mainly because its network of relations extends throughout the Brazilian extended State, putting in close relation public, private and civil society sectors.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIAFração financeira brasileiraSistema financeiro brasileiroRedesHegemoniaTransnacionalizaçãoHegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.Hegemony and transnationalization : an exploratory analysis network of relationships in the Brazilian financial system.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALHegemonia e transnacionalização - uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.pdfHegemonia e transnacionalização - uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.pdfapplication/pdf7705720https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45527/1/Hegemonia%20e%20transnacionaliza%c3%a7%c3%a3o%20-%20uma%20an%c3%a1lise%20explorat%c3%b3ria%20da%20rede%20de%20rela%c3%a7%c3%b5es%20do%20sistema%20financeiro%20brasileiro.pdf4519175ad33cea1c3df3b675fcf4f3c7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45527/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/455272022-09-25 20:38:04.776oai:repositorio.ufmg.br:1843/45527TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-25T23:38:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Hegemony and transnationalization : an exploratory analysis network of relationships in the Brazilian financial system.
title Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
spellingShingle Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
Pedro Henrique Schneider Parreiras
Fração financeira brasileira
Sistema financeiro brasileiro
Redes
Hegemonia
Transnacionalização
title_short Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
title_full Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
title_fullStr Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
title_full_unstemmed Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
title_sort Hegemonia e transnacionalização : uma análise exploratória da rede de relações do sistema financeiro brasileiro.
author Pedro Henrique Schneider Parreiras
author_facet Pedro Henrique Schneider Parreiras
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Dimitri Fazito de Almeida Rezende
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3753130567434508
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Silvio Segundo Salej Higgins
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Jorge Alexandre Barbosa Neves
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Leonardo César Souza Ramos
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Javier Alberto Vadell
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4272546071603953
dc.contributor.author.fl_str_mv Pedro Henrique Schneider Parreiras
contributor_str_mv Dimitri Fazito de Almeida Rezende
Silvio Segundo Salej Higgins
Jorge Alexandre Barbosa Neves
Leonardo César Souza Ramos
Javier Alberto Vadell
dc.subject.por.fl_str_mv Fração financeira brasileira
Sistema financeiro brasileiro
Redes
Hegemonia
Transnacionalização
topic Fração financeira brasileira
Sistema financeiro brasileiro
Redes
Hegemonia
Transnacionalização
description Nas últimas décadas a financeirização da economia brasileira tem avançado. A predominância do capital financeiro tem sido acompanhada por um cenário de redução nos investimentos em capital fixo, de juros exorbitantes, títulos com rendimento acima da média mundial e lucros cada vez maiores das principais instituições financeiras em atuação no país. Este processo é congruente com dinâmicas internacionais que se intensificaram a partir da virada neoliberal do final da década de 1970 e desencadearam processos sociais e políticos que passaram a atuar em variadas escalas e com variadas intensidades ao redor do mundo. Diante deste cenário, é importante compreender e descrever analiticamente a rede recente de relações da fração financeira dos capitalistas brasileiros, tendo em vista o contato de parte desta fração com processos transnacionais. Para tal, o presente estudo mobilizou a Análise de Redes Sociais de forma exploratória para compreender as redes de relações – nacionais e transnacionais - entre os diretores e entre as instituições que atuaram no sistema financeiro brasileiro entre os anos de 2010 e 2019. Esta análise é combinada com uma discussão teórica que remete tanto às teorias clássicas e contemporâneas sobre o capitalismo brasileiro, quanto às teorias de tradição gramsciana sobre os processos da transnacionalização e da formação de uma classe capitalista transnacional. Após as análises foi possível identificar uma rede coesa de relações que se organiza, principalmente em torno de associações de classe – como a FEBRABAN e a CNF – e de diretores centrais que poderiam ser entendidos como em um sentido próximo ao que Gramsci identificou como intelectuais orgânicos. Nesta rede os diretores internacionalizados ainda são periféricos, apontando para uma fração de classe financeira mais voltada para processos sociais nacionais. Apesar de não ser possível afirmar acerca de uma hegemonia da fração financeira no Brasil, esta pode ser entendida como elemento essencial no bloco histórico nacional, principalmente por sua rede de relações se estender por todo o Estado ampliado brasileiro, colocando em relação próxima setores públicos, privados e da sociedade civil.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-09-25T23:38:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-09-25T23:38:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/45527
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0003-4048-0021
url http://hdl.handle.net/1843/45527
https://orcid.org/0000-0003-4048-0021
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Sociologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45527/1/Hegemonia%20e%20transnacionaliza%c3%a7%c3%a3o%20-%20uma%20an%c3%a1lise%20explorat%c3%b3ria%20da%20rede%20de%20rela%c3%a7%c3%b5es%20do%20sistema%20financeiro%20brasileiro.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45527/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4519175ad33cea1c3df3b675fcf4f3c7
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973102616903680